A humanidade tem vivido um século, isto é, desde o final da Primeira Guerra Mundial até a epidemia de Covid 19, muitas catástrofes e tragédias humanas no início das duas guerras e dos genocídios, ameaçando o verde e seco, matando mais de 160 milhões de pessoas, caracterizando "o século do sangue" (1914 - 2014: Essa guerra deixou um impacto no mundo, aproximadamente 12 milhões de árabes e muçulmanos perderam a vida, segundo Al-Mahdi al-Manjurah no seu livro, ´o problema dos valores, p. 14), somente as fomes mataram entre 70 a 100 milhões de pessoas, as mais perigosas da história moderna, com base no site do fóssil, além das epidemias virais e mortais, como a gripe espanhola (1918_1919), ela matou 50 milhão de pessoas no mundo, a gripe de Hong Kong (1968_1970), um milhão de pessoas, a maioria delas nos Estados Unidos da América, além da gripe suína (2009-2010) ...

 Outras epidemias internacionais ou continentais deixaram  a humanidade preocupada e sem defesa, resultado da ação do "humano", com o seu meio ambiente, devido ao desperdício do sólido e do líquido, consequência do consumo excessivo de recursos naturais, causa dos terríveis desequilíbrios naturais, dos problemas sanitárias, da  desproporcionalidade das riquezas nacionais e internacionais, segundo os Relatórios da ONU, revelando  que "mais de 800 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza; 90 milhões de crianças com menos de cinco anos sofrem de desnutrição, de baixo peso; 300 milhões de trabalhadores vivem com menos de 1,25 dólares por dia; e cerca de 795 milhões de pessoas continuam subnutridas; 2,4 bilhões de pessoas permanecem sem moradias sanitárias e adequadas, cujos 946 milhões de pessoas urinam e defecam no seu lar ou lado de seu ambiente livre, um verdadeiro catástrofe humanitária, ameaçando um bilhão de pessoas, sem condições humanas para sobreviver. !

Apesar desses paradoxos chocantes e das terríveis tragédias conhecidas pela humanidade no século XXI, o home ficou influenciado pela filosofia do prazer, do gozo, de consumo, da diversão e do jogo ilimitado, conforme uma estrutura da "modernidade material líquida e abrangente", enganosa, sem princípio, e sem espírito, preocupado apenas com a forma humana e sua aparência externa. A "pessoa universal" definida pela globalização na base da aparência e da "prosperidade geral", embutido numa "felicidade avassaladora", divulgado nos festivais de arte e de grandes competições esportivas, cuja generosidade das empresas intercontinentais desperdicem bilhões de dólares e euros ...

Essa filosofia de ver o mundo se vê  caído na trivialidade 1 (La médiocratie ), Tornando este padrão novo e atraente de produção liberal, de escalão intelectual, social e política, seja na Europa ou na América,  fortemente divulgado em todas as partes do mundo, através da Internet e por meio da tecnologia digital avançada ..

 Um dos aspectos deste modelo, são as pessoas mesquinhas na mídia, apresentando como as sociedades humanas, símbolos de seguir o exemplo do "sucesso", da "paz", do "amor", da "tolerância" , ou de outras grandes e ressonantes palavras construídas, mas sem sentido. !!

 Tendo como o exemplo a mercantilização do corpo humano, apresentado como um bem de consumo, sem valores humanos, ou seja um produto susceptível de negociar, compra e venda, suas formas de exploração e de obtenção de lucros são imaginárias e atribuídas a um mundo de finanças, de negócios e de "belezas"!

Diante dessas tragédias, os pensadores da humanidade, estudiosos religiosos, filósofos, sábios, pesquisadores sociais, antropólogos, especialistas em economia, futuristas e os homólogos naturalistas e humanistas, concordam sobre todos os riscos e paradoxos, aqueles que ameaçam a existência física, natural e do princípio do homem, resultado da ruína, da morte ou do fim da vida, diante dessas medidas e políticas seguidas e globais do domínio, da discriminação e da violência excessiva, espírito de ódio entre povos e indivíduos, das lacunas e vazios entre as pessoas e países, desapropriados e empobrecido ...

A utilização da ciência e do conhecimento para prejudicar o homem, através da produção excessiva de meios de destruição em massa de armas nucleares, biológicas, bacteriológicas e tecnológicas, constitui um sinal de alerta para o planeta terra que o seu futuro é próximo, difícil e árduo, devido às políticas econômicas de consumo globalizado, sobretudo as mais dependentes dos "lucros líquidos", dessas políticas desumanas !!

Por fim tudo isso mostra claramente até que ponto toda a humanidade deve compreender a crise desta Corona, cujo perigo denunciado pelos cientistas não distingue nem imune nenhum a pessoa nem lugar no mundo, como o fator da globalização revelou o hambúrguer, sushi, shawarma, cuscuz e tudo que possa a afetar a saúde e a psicologia social das pessoas ... interrogando se é possível globalizar o vírus, as epidemias e as dores, as que ameaçam a existência da humanidade ou, em outras palavras, globalizar o bem com facilidade, mas    globalizar o mal, foi sempre, com mais facilidade e rapidez !!!

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Rabat - Marrocos

1 - Médiocracia / Mediocracia: termo que apareceu nos dicionários ocidentais por volta de 1825, significando o sistema social em que a classe dominante é a camada de pessoas frívolas, onde se recompensa a a frivolidade e a negligência em vez de seriedade e qualidade. (Mashael Abdul-Aziz Al-Hajri, tradutor do livro: La médiocratie) pelo filósofo canadense Alain Denault, p. 14).