Durmo...

Abro os olhos e não enxergo nada só à escuridão da noite e a sensação de medo, solidão e angustia que me assombram. Meu coração dispara. Tento me acalmar.

_Onde estou? Com a visão nebulosa observo o quarto enquanto me levanto o corredor parece longo e sombrio sigo por ele e o medo me domina e a minha respiração fica lenta e escassa.

_ Preciso seguir em frente. Sigo em frente guiando-me com as mãos pele parede.

Vejo uma porta e percebo que não estou sozinha quero falar, contudo o som da minha voz não sai, tento ver além da porta, mas as imagens são turvas como sombras medonhas que me fazem recuar, contudo a vontade de voltar para o minha casa me dão forças para ir além da minha vontade e coragem.

Olho ao redor e vejo sombras de outras pessoas.

Concentro-me para enxergar além da palma de minha mão e os vejo assistindo a televisão. Eles olham para mim falam, mas eu não consigo ouvi-los com atos involuntários pareço entender e até respondo sem me ouvir falando.

Sinto-me como se estivesse fora do meu corpo assistindo a tudo onde ninguém realmente se da conta de minha presença como se eu fosse um fantasma. Uma casa e vida diferente.

_O que eu estou fazendo aqui afinal? Que lugar e esse?_Não consigo achar a saída. O que eu faço agora? Sigo em direção à porta e me preparo para sair, mas me seguram dentro da casa. Por que lá fora existe uma fera selvagem pronta para devorar o primeiro que atravessa-la.

Ajudem-me a sair daqui... Grito no desespero, mas nenhuma palavra ecoa. Revisto todos os cantos dessa casa.

_Estou com medo com muito medo e a noite densa que dificulta a visão é uma escuridão repleta de dor, tristeza e desespero não consigo iluminar o lugar nenhuma luz que tento produzir lâmpada ou vela o clareia.

_Preciso sair daqui esta tristeza esta consumindo minha alma. Finalmente encontro uma porta com uma luz fraca que me traz esperança e a atravesso um homem e duas crianças me seguem. _Que lugar e esse? Observo ao redor é todo escuro frio cheio de feras prontas para nós devorar não era uma saída à luz desapareceu só uma entrada para um lugar pior que o anterior, pessoas famintas prontas para nós atacarem.

Corremos sem um destino ao certo por uma rua tão escura que não dava para ver onde se pisava.

_Meu coração está disparado, sinto tanta vontade de chorar, mas as lágrimas não saem a minha respiração fica pesada e fraca quando perco a esperança encontro um quarto apertado muito bem fechado com uma janela. Entramos e fechamos sua porta. Observo pela janela.

Vejo um lugar lindo! Com um jardim florido e uma piscina com agua limpa ao toque dos raios solares fica reluzente; olho para o céu azul com algumas nuvens bem branquinhas passo minha mão pela grade e sinto o calor do sol, a dor, o medo e a desespero por um estante desaparece.

Viro o pescoço com bastante esforço para observar melhor e vejo uma família feliz é um casal e dois filhos estão sentados juntos no banco do jardim conversando e rindo. Eu quero ir para esse lugar e me sentir segura e feliz.

Agarrei a grade da janela tirei sua proteção com fúria ansiando estar do outro lado ajudei quem estava comigo a atravessar e em seguida atravessei, no entanto ao pisar do outro lado o cenário mudou ficou tudo escuro e destruído a sensação de frio, dor, angustia e o desespero me seguiu tentei voltar, mas não havia volta.

A família feliz outrora agora se assombra com o mal que nos seguiu. Quis protege-los, mas foi em vão à filha do casal foi seduzida a entrar em um furgão cheio de crianças e antes que eu pudesse alcançá-la e salva-la ela entrou e o carro saiu desaparendo na estrada.

O desespero o medo tomou conta do meu coração. E agora o que eu vou fazer? Estamos perdidos andando de um lado ao outro com muito medo tentando encontrar um abrigo para nos proteger dos monstros que nos persegue.

Acordo... Abro os olhos...