DOCE ASFIXIA
Publicado em 19 de setembro de 2013 por Joaquim Francisco Van-Dúnem Dias
Embebedou-me com o álcool da paixão Com o seu sorriso, levou-me a viajar em sonhos lindos de felicidade, fazendo reviver o meu semi-morto coração. Suas palavras doces acalmaram o meu medo profundo: ”não mais voltar a ser feliz”. Seu olhar enfeitiçou-me sem piedade, brilhando como um feixe de luz ténue no escuro misterioso. Divorciou-me da solidão, Afastou-me da tristeza e, lançou-me nas profundezas da doçura, onde: Amar é uma cultura, beijar é uma religião e, “fazer amor” é uma promessa muda, feita entre um casal coberto de paixão. Sua pele macia era sumaúma, refletia a sua incomparável beleza e, sua boca, semi-aberta, convidava-me a beijá-la. Aproveitando este clima ímpar e suave, ela asfixiou-me com o travesseiro da ternura. Hoje, vivo morto de paixão, mas feliz estou, e luzente está o meu coração.
Calú Dias: Rio de Janeiro, 2008.