DO PRECONCEITO À EXCLUSÃO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA- UMA ESCOLA PARA TODOS

            Sabemos que a educação é um direito de todos. Houve tempos em que a escola era acessível apenas para os filhos de famílias nobres ficando assim a maior parte da população composta por analfabetos que às vezes nem eram tratados como seres humanos e sim como objetos que poderiam ser vendidos ou negociados a qualquer preço. Com o passar do tempo, foram surgindo novas leis criadas por pessoas que se preocupavam com o crescimento sócio-econômico da populaçãoe começou a surgir a idéia de que um país analfabeto seria um país subdesenvolvido. Com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo III, ficou assegurado a educação como um direito de todos, sendo reforçada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei 6.394/96, afirmando o que rege a Constituição que concede o direito à "igualdade de condições para o acesso e permanência na escola" (art. 3º inciso I CF). daí a educação  ganha  um novo patamar, buscando inserir todo cidadão na escola, através de programas do  governo.

            De acordo com a disciplina de Educação Inclusiva, a partir da idade média a educação passou por várias mudanças, pessoas começaram a se especializar no intuito de transmitir saberes e foram reservados espaços específicos para atividades escolares.

            O paradigma da educação inclusiva, é um novo referencial que rompe com os paradigmas existentes, uma vez que procura despertar o que cada pessoa tem de melhor, e dá espaço para que usemos a imaginação e a criatividade na busca de diferentes soluções para os problemas que se apresentam no dia a dia na sala de aula, tendo como base as compreensões a respeito da natureza e do homem. Isso porque quando nos referimos a educação inclusiva, não remete apenas à pessoas com portadoras de necessidade especiais e sim inclui todos aqueles que em outros tempos tinham sei direitos violados, por preconceitos raciais ou étnicos. Conforme citado no texto, Bueno (1997:159) afirma que

(...) em todas as épocas o meio social se identificou por algum critério, indivíduos que possuíam algumas características que não faziam parte daqueles que se encontravam entre a maior parte dos membros desse meio(...).

            A sociedade é vista hoje como um todo indivisível e dinâmico, que constitui todo o ser humanos, cada um com suas diferenças e individualidades considerando as condições que cada um tem para ser e existir. Nos processos de exclusão vividos desde sempre pela sociedade, ocorre uma grande transformação, no momento em que a pessoa que sofre a exclusão passa a fazer parte desta sociedade, quando a mesma é olhada no contexto totalizador, onde seu direito de relacionar-se com o mundo e com o outro estiver implícito pela sua própria existência.

Na década de 90, para reforçar a educação inclusiva, houve a Conferência Mundial sobre a Educação para Todos em Jomitein na Tainlândia. Isso se deu devido a grande preocupação por causa da exclusão de milhares de alunos, o índice de analfabetismo, repetências, desistência de alunos e a desigualdade social que era considerável.

As ações inclusivas tem por finalidade inserir as crianças com deficiência ou necessidades especiais no convívio social, bem como igualdade social para todos, sendo de extrema importância que a mesma frequente e escola, pois deste forma ela terá a oportunidade de desenvolver seu potencial e intelectual e de conviver e se relacionar com outras pessoas. A família tem um papel fundamental no sentido de contribuir para a adaptação da criança no contexto escolar, fornecendo as informações necessárias para que o plano de ação pedagógico seja traçado, de acordo com a realidade da criança.

Concluindo pode-se afirmar que a educação vem sofrendo inúmeras transformações e a inclusão faz parte desta transformação, pois temos um histórico em que as pessoas consideradas “diferentes” não tinham espaço na sociedade mas felizmente pode-se dizer que houve consideráveis avanços nas políticas de inclusão, e espera-se que as políticas públicas, não fiquem apenas na teoria, e sim que possa ser desenvolvido na prática, para que juntos possamos construir um mundo melhor, onde todos possam se sentir  não como ser passivo, e sim ativo deste convívio social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Constituição -1.98

CARVALHO, Sandra Pavoeiro Tavares. Educação Inclusiva./ Sandra Pavoeiro Tavares Carvalho. Cuiabá:UAB/UFMT,2011.

Lei 9.394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação//LDB de 20 de dezembro de 1996.