Resumo

Nos últimos tempos, o mundo está com pálpebras viradas para o capitalismo e isso faz com que, vários teóricos encarem o capitalismo de forma cada vez mais céptica. Diante disso, surgem vários apelidos dados ao capitalismo, embora seja em função dos apetites de cada teórico. No entanto, embora sejam vários apelidos dados ao capitalismo, o melhor que traduz a minha inquietação neste artigo é portanto, astucioso. Trata-se na verdade, de um sistema económico baseado não mais na exploração da terra (feudalismo) senão no dinheiro com habilidades e ferramentas necessárias para enganar os seus seguidores. Partindo do pressuposto exposto acima, pretendo neste artigo, analisar filosoficamente o caminho percorrido pelo capitalismo até se chegar ao momento da ecranização da mente contemporânea. Estou consciente de que, perseguir objectivo como esse, não é uma tarefa fácil, por isso, me alicerço em Bauman com o seu capitalismo parasitário e em Lipovetsky com o seu capitalismo artista, pelo facto de serem os claros denunciadores desse sistema económico baseado na lógica mercantil exploratória. Portanto, pretendo defender a tese segundo a qual, o capitalismo astucioso resultante do helenismo do capital parasita com o capital artista ecranizou a mente do homem hodierno transformando-o em simples servo do ecrã, reduzindo-lhe assim a um nível pré-lógico.

Palavras-chave: o capitalismo astucioso, ecranização da mente, alienação e ideologia do ecrã digital.

 

1. Introdução

 No século XXI, o mundo tornado em uma pequena aldeia pela globalização do ecrã digital como demonstro num estudo sobre: "A sociedade contemporânea e a globalização: a questão do ecrã digital", vive-se os mesmos dias vividos na Idade Média. Explico porque.

Na Idade Média, a lógica sustentadora da vida humana era em função da exploração da terra pelas forças físicas. Assim, mediante essa lógica, a sociedade estava dividida em servos – os explorados e senhores feudais – aqueles que possuíam uma quantidade de feudos (terras). Nessa sociedade, porque, os servos não possuíam a menor porção de feudos, hipotecavam a sua liberdade colocando-a na mão dos possuidores de feudos e devido a isso, os senhores feudais possuíam mais feudos e os servos tornavam-se cada vez mais servos dos senhores feudais. Esse cenário que parece triste para os nascidos na geração Z, precipitou a transição do antigo regime ao regime da burguesia, visto que, a situação precária da vida dos servos permitiu a aquisição de mais feudos por parte dos senhores feudais.

De forma sensível, equaciono de seguinte modo o meu raciocínio: imagine que, meu caro amigo que esta lendo este artigo, possua uma parcela de terra. Antes de fazer o uso dessa parcela de terra, venha alguém e peça por emprestado a você a parcela de terra e você aceita o pedido com a condição de ser reembolsado assim que houver a receita. Depois de algum tempo em função do reembolso você compra mais terras e aquele continua a explorar a aquela sua parcela de terra. Vem mais alguém a pedir por emprestado uma parcela de terra e você cede-lhe sob aquela condição aplicada ao primeiro. O valor que você adquire deste e daquele, dá-lhe a possibilidade de comprar mais e mais terras. Quem enriquece nessa jogada? Obviamente será você que somente se preocupou em possuir terras e não aqueles que gastaram suas forças em terras alheias. 

Esse cenário precipitou a criação de uma pequena classe rica que historicamente passou a ser chamada de classe burguesa. Foi essa classe que activou por sua vez a revolução francesa e industrial, ambas na Europa. Assim, a lógica baseada na exploração continuou porém sob alicerce de novos meios para tal efeito. No feudalismo explorava-se o camponês por meio da terra e no capitalismo explora-se o indivíduo por meio de dinheiro.

O capitalismo foi quem pela primeira vez que, transformou o ser humano em simples indivíduo tornando-o por conseguinte, em um qualquer consumista como demonstrado em Baudriallard.

Portanto, o capitalismo astucioso é o helenismo do capital parasita de Bauman com o capital artista de Lipovetsky. As suas armas são as novas tecnologias do ecrã digital.

 A sua autêntica teleologia é alienar o indivíduo contemporâneo pelo ecrã digital e o seu campo de actuação não é mais o corpo (embora o corpo seja a parte mais visível nessa jogada) senão a mente.

2. O Capitalismo: Um Astuto Artista Parasita

As minhas reflexões partem das optimistas análises de Gilles Lipovetsky (filósofo francês), pois, dos vários filósofos actuais que diagnosticam o estilo contemporâneo, este movido pela sua sagacidade nos oferece nas suas análises uma abordagem que se enquadra naquilo que os filósofos costumam chamar de dialéctica.

Assim, segundo ele, três são as realidades que nos dão conta que, o estilo contemporâneo já não é mais pós-moderno como havia anunciado Jean François Lyotard em 1979, mas sim, um tempo hiper-moderno como Lipovetsky defende em Os tempos hiper-modernos (2004) que são: a cultura individualista, a lógica do mercado e a hiper confiança no poder da tecno-ciência. Quando traduzido esse raciocínio de maneira mais simplória, assegura-se que, hoje tudo voltou-se para o indivíduo (aquilo que considero de tese) indivíduo esse que se move com a teleologia de se auto afirmar no mercado (aquilo que chamo de antítese) em busca de fundamentos que dignifiquem a semântica da sua existência (síntese). Logo, uma pura dialéctica nascente em Lipovetsky.

O mesmo pensamento dialéctico de Lipovetsky disfarçado em sociologia é visível quando o teórico diagnostica a globalização, onde entende que, três são os instrumentos que aceleraram a formação de uma cultura mundo que unificou o planeta terra em uma pequena aldeia, que são: o cinema (tese), a televisão (antítese) e o ecrã digital (síntese), síntese essa que, não é para mim um bem em si como em Lipovetsky, senão um aparelho que está ao serviço do capitalismo astucioso, que leva o indivíduo contemporâneo a alienação, tirando-lhe portanto, o seu dinheiro. 

Em a Estetizacão do Mundo, Lipovetsky começa as suas análises afirmando que, o capitalismo não goza da melhor das imagens. Mas então, porque? Segundo ele, o capitalismo não goza da melhor das estéticas (imagens) porque estetizou o mundo. Quer dizer, o capitalismo tornou o mundo mais belo e menos bom. (quem hoje se preocupa em ser verdadeiro?) É por isso que, todos os indivíduos que vivem o estilo contemporâneo querem ser belos. Todos querem comprar pomadas, cremes (aqueles cosméticos resultantes dos embriões descartados nos laboratórios) para maquiar o seu corpo.

Assim, as minhas reflexões embora tenham o pano de fundo às análises de Lipovetsky, são uma espécie de superação às de Lipovetsky. Dado isso, em substituição da Estetizacão do mundo, eu proponho a Ecranização da mente e ao invés de viver a era do capitalismo artista, sugiro que seja, viver a era do capitalismo astucioso, até porque, para o capitalismo estetizar o mundo precisa de ecranizar a mente do indivíduo hodierno e isso, leva o indivíduo a viver uma era não do capitalismo artista senão do capitalismo astucioso visto que, se fosse o capitalismo um simples artista como pensa Lipovetsky, confesso que não conseguiria estetizar o mundo. Para tal, precisa de ser um astuto a ecranizar a mente. Porque, para estetizar o mundo o capitalismo necessita à prior, aliciar a mente dos indivíduos enchendo-lhes ideologias de um mundo melhor, embora Pondé e eu sejamos contra um mundo melhor.

Portanto, para estetizar o mundo, não basta que, o capitalismo seja artista como pensa Lipovetsky. Porque, vários são os artistas que temos. Mas, poucos são os que conseguem ganhar notoriedade além fronteiras. Imagine estetizar o mundo? Tarefa impossível. Talvez que seja um artista astuto. Aí sim.

O capitalismo é um artista que usando a sua astúcia, não só estetizou o mundo, como também ecranizou a mente do indivíduo contemporâneo. Enquanto, o feudalismo se baseava na exploração em função do corpo sugando a força física do pobre camponês, o capitalismo astucioso explora a mente, gerando assim, como diz Byung Han (2014), emoções aparentemente livres de coação e coerção, precipitando assim, a formação de uma sociedade do cansaço como lamenta Byung Han (2015). É o mesmo capitalismo astucioso que esteve por detrás do lançamento recente da música do artista moçambicano Twenty Finger, intitulada: "Tava Quase". Pense comigo meu caro amigo. Em Língua portuguesa, há palavras parasinteticas, aquelas que, retirando um dos seus afixos não se usam em português. E, o verbo estar é uma dessas palavras parasinteticas. Mas então, porque o capitalismo astucioso aceitou publicar essa música? Porque, ele, não se preocupa com o seu nível académico e muito menos com a coerência da sua letra, senão o seu talento. A teleologia é a mesma: desviar a sociedade das grandes questões que o capitalismo astucioso provoca. Mas que astucioso é esse capitalismo!

O chamo de capitalismo astucioso porque ele está repleto de falcatruas, conduzindo os seus correligionários em arapucas sem saídas, com o fim de colocar o indivíduo a viver uma vida líquida como escreve Bauman (2007). Porque, tem a capacidade de fazer acreditar ao indivíduo que, quanto mais se tem o dinheiro, mais se tem a liberdade. No fundo, uma liberdade do próprio capitalismo e não do indivíduo. Porque, nos faz acreditar que, se é contemporâneo quando se tem mais vida para o consumo. O capitalismo é astucioso, porque, exige instantaneidade e é contra o silêncio, faz o indivíduo pensar que, a vida é redutível ao simples clique no ecrã digital, o que não passa de uma simples ideologia, pois, a vida é mais que o digital.

É astucioso o capitalismo, porque, diante da sua criação, ou seja, ecrã digital, o indivíduo contemporâneo reduz-se a simples camelô nietzscheano, dado que, enquanto o ecrã digital proporcionar ao indivíduo o mundo infinito, aquele será o objecto de adoração e glorificação deste, o autêntico merecedor de vénias. Porque, foi também, o mesmo capitalismo astucioso, que transformou a sociedade contemporânea em simples palco de espectáculo, como demonstrado por Debord (2003). Graças ao capitalismo astucioso, tudo hoje pode ser exposto livremente, como escreve Castiano (2018).

O capitalismo astucioso é parasita e artista porque, os seus derivados, isto é, o cinema, a televisão e o ecrã digital, sobrevivem de enérgia para o seu funcionamento, embora, o segundo necessite de uma antena ligada ao um televisor e o terceiro necessite de megabytes e acima de tudo, do dedo para o seu funcionamento.

É portanto parasita porque o capitalismo astucioso, ninguém o consome, mas ele consume a todos. Eis a sua genialidade: de aplicativos à aplicativos até ao infinito! De megabytes à megabytes até ao txuna crédito da Vodacom ou txeneca da Movitel!

Contudo, devido a astúcia do capitalismo parasita - artista foi possível ecranizar a mente do indivíduo contemporâneo, efectivando-se assim, a sociedade contemporânea consumista, dado que, graças ao capitalismo astucioso consome-se o ecrã digital no ecrã, com ecrã e para o ecrã digital. Sabe porque? Porque, o ecrã digital tem luminosidade mágica.

Meu caro amigo já que está lendo este artigo, me responda: estará lendo este artigos sem auxílio do ecrã? Duvido muito. Porque, do ecrã você está lendo este artigo. Sua mente ecranizada! Não se pode ler, comer, viajar, fazer sexo sem um ecrã digital na mão ou no bolso. O ecrã digital parece ser a condition sin qua non do estilo contemporâneo. O mundo do ecrã digital que nos fornece o mundo virtual é melhor do que, o mundo actual, pois enquanto aquele é controlável, esse não é.

3. Da Ideologia do Ecrã Digital à Liberdade Paradoxal

É falsa a ideia de que, a vida hodierna tornou-se melhor quando através do ecrã digital, o mundo passou a ser medido pela palma da mão, porque, o ecrã digital, fornece na sua palma da mão, o mundo em função do seu capital. Quem tem Huawei, tem o ecrã mais informado. Logo, tem um mundo Huawei. Quem tem smartkika da Vodacom tem um mundo kika. A vida tornou-se melhor assim?

A ideia da ecranização da mente hodierna é antecipada pela falsa ideia da minimização de abate das árvores com vista a maximização do papel, logo, a eliminação da parte contemplativa do homem, dado que, ecrã digital, não cheira, não tem aquele aroma que tem um livro físico empoeirado.

Portanto, é falsa a ideia de que, o ecrã digital nos fornece tudo sem nenhuma condição da nossa parte, porque, a enérgia que precipita a luminosidade mágica do ecrã digital, os megabytes que activamos para nos conectar ao mundo mais do que, gestos reais que concorrem para a nossa pobreza.

3.1. O Aroma do Livro Físico

Desde os começos da humanidade, os homens perceberam que eles eram os únicos seres susceptíveis a educação, pois para a preservação do núcleo duro dos valores, deve-se transmitir às gerações mais jovens. Assim, movidos por esse intento, os homens edificaram teorias que lhes permitiria salvaguardar os valores humanos às gerações vindouras. Foi nesse contexto que, com a invenção da imprensa por Gutemberg, o homem sentiu a necessidade de não só escrever, como também, multiplicar os escritos para um público universal.

Nos princípios da modernidade sólida, grande parte dos homens escreveu sob vários quadrantes, tudo o que circundava que lhe circundava e aí as escolas como a materialização da educação formal, viam-se recheadas de livros físicos. O livro físico desde cedo, foi concebido por excelência como o lugar para extracção dos conteúdos que traduziam um conjunto de valores que deviam ser transmitidos para os alunos.

No entanto, tudo começa a mudar com a divulgação dos primeiros ecrãs digitais, na sua versão de Smartphones. Assim, com a revitalização da internet, com a possibilidade de scaneamento dos livros físicos para um público virtual, verifica-se que o livro passou a viver no ecrã digital que cada vez mais está personificado no bolso do homem.

Numa relação marcada por homem - ecrãs, o livro físico, deixa de ser necessário, facto que leva os nascidos na geração smartphone a não sentir o aroma do livro. Assim como o tempo tem um aroma, dependendo da fixação do sol, também, o livro físico tem um cheiro, um aroma dependendo de página por página. Por exemplo: assim como quando o sol nasce, o tempo tem um aroma específico e que será diferente do aroma do tempo quando o sol estiver ao expoente, também, quando se lê uma introdução de um livro físico, aí aparece um aroma específico que será diferente quando se estiver a ler a tese e os argumentos defendidos pelo autor do livro físico.

Havia um tempo em que para se folhar um livro físico, o homem precisava de molhar o dedo com a saliva. Se o dedo, nos princípios da modernidade sólida, desempenhava facilitava o homem ao folhar o livro, nesta modernidade líquida totalmente ecranizada, o dedo desempenha o papel de digitar, clicar o ecrã digital para abrir um livro que está em PDF.

Portanto, passou o tempo em que para folhar um livro se deparava com poeira dentro do livro, e entramos num tempo em que precisamos o dedo para manipular o ecrã.

 

4. Da Liberdade Paradoxal à Ideologia da Sociedade Hiper-Activa

Se quando se tem dinheiro se é livre e quando não se tem? Não se é livre? É a liberdade do dinheiro ou do indivíduo? Eis aí o paradoxo da liberdade.

Na verdade, trata-se de um cenário que conduziu o estilo contemporâneo a uma sociedade hiper-activa. O hiper da hiper-actividade é o corolário de uma exacerbação, de um exagero. Assim, a ideia de que a vida faz maior sentido quando conectada a um ecrã digital é ideologia, porque, por detrás dela se esconde a ideia de vigilância virtual.

Assim, Estar ligado sempre, envolve vários elementos que dentre os quais, o mais precioso é o tempo. O tempo sim, porque tudo faz-se com o tempo. E, o capitalismo astucioso ciente disso, criou aparelhos electrónicos cujo funcionamento requer a intervenção do dedo. Porque, esse aparelho electrónico (ecrã digital) possui uma luminosidade mágica conseguiu tirar o tempo do indivíduo. Quando estamos no Banco, Hospital, na sala de aulas, Igrejas, estamos sempre conectados a um mundo sem actualidade.

Mas então, qual é o perigo disso? E como superá-lo? Eis a necessidade de filósofos neste tempo atrapalhado dado que, os filósofos são capazes de problematizar o seu tempo reduzindo-o em um conceito.

O perigo que se corremos diante da ecranização da mente, é de nos tornar indivíduos alienados ao ecrã digital que se deixam ser vigiados em nome de uma vida digital, por um lado e, por outro lado, de nos tornar indivíduos genéricos, sempre hiper-activos, simples servos e camelôs do capitalismo astucioso.

Acima de tudo, corremos o perigo de tornar o nosso cérebro inactivo, pois sempre dependemos de um ecrã para fazer tudo. As pesquisas recentes publicadas em sites credíveis, salientam que, o ser humano apenas usa 10% do cérebro humano. Com isso significa que, 90% do nosso cérebro ainda não está explorado. Então, como exploraremos os 90% do nosso cérebro quando dependemos necessariamente do ecrã digital? Que triste cenário!

Como superar esses perigos?

É só voltaremos para a vida contemplativa, aquela voltada à formação de homens que intentem escapar a astúcia do capitalismo por um lado, e da luminosidade do ecrã digital por outro lado.

Será fácil assim? Não há garantias. Lamento dizer!

E se continuarmos assim?

Teremos formado um mundo digital, e como resultado disso, teremos que viver uma vida a mercê do colectivo. Porque, tudo, voltará para o umbigo do indivíduo. Nesse tempo, serei eu e o meu ecrã digital. Os meus semelhantes que se danem.

A vida hiper-activa (com dados ligados) não é o fim último da existência humana; o homem é mais que um ser genérico, ele é composto não só de corpo como também de alma. A vida ligada somente alimenta a parte sensível do homem e não a sua parte contemplativa reservada a alma humana. Aristóteles entendia que, toda a acção humana tende a ser feita em função de um fim. E, esse fim é um bem. E, esse bem é soberano. E, esse bem soberano é a felicidade. Portanto, segundo o estagirista, a felicidade é o fim último para o qual o homem foi criado. No entanto, embora a felicidade seja o filamium da existência, ela não pode ser alcançada fora da convivência social, dado que, o homem só é homem quando inserido na sociedade. E, viver na sociedade implica compartilhar a vida com os semelhantes. Compartilhar a vida com o semelhante significa enfrentar o rosto do outro, aquele de Sartre. Portanto, isso parece ser desafiado pelo contexto digital actual, onde a vida compartilhada no facebook é a digna de ser vivida. O perigo é o mesmo: formarmos indivíduos sem a capacidade contemplativa.

Portanto, o capitalismo astucioso artista parasitário é génio, porque, concretizou o seu sonho de livre circulação do seu filho, isto é, o dinheiro; alienou o indivíduo hodierno ao ecrã digital o que por conseguinte culminou com ecranização da mente, tornando-a cada vez mais, hiper-activa, genérica e sem a capacidade contemplativa.

6. Bibliografia

1. BAUMAN, Zygmunt & MAY, Tim. Capitalismo Parasitário.           Tradução: Eliana Aguiar. Jorge Zahar ed., 2010.

2._____. Vida líquida. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Jorge Zahar Ed., Rio de Janeiro: 2007.

3. CASTIANO, P. José. A liberdade do Neoliberalismo: leituras críticas, educar/CEMEC- Modernizando as Tradições, 2018.

4. DEBORD, Guy. A Sociedade do Espectáculo. Tradução em português: www.terravista. Fonte Editora Base, Brasil, 2003.

5. HAN, Byung-Chul. A Pscicopolitica: Neoliberalismo e Novas Técnicas de Poder. Tradução de Alfredo Borges, Herder, 2014.

6._____. Sociedade do Cansaço, tradução de Enio Paulo Giachini, Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

7. LIPOVETSKY, Gilles. A Estetizacão do Mundo: viver na era do capitalismo artista. Tradução de E. Brandão. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

8. _____. Os Tempos Hipermodernos. Tradução de M. Vilela São Paulo: Barcarola, 2004.

9. PONDÉ, Luiz Filipe. Contra um Mundo Melhor: Ensaios do Afecto. Textos editores. Lda, são Paulo, 2010.