Recentemente, a morte de duas jovens, vítimas de anorexia, chamou a atenção do país para o sério problema da obsessiva busca pela beleza. A modelo Ana Carolina Reston pesava apenas 40 kg, distribuídos em mais de 1,70m de altura. Mas, infelizmente, as duas mortes não foram casos isolados. Cada vez mais jovens vêem na magreza excessiva um modelo de beleza.

A proliferação de informações que mídia exibe diariamente, onde as pessoas são belas (e magras) é vista como principal causa que desencadeia doenças como a anorexia e a bulimia. A anorexia se caracteriza pela visão distorcida do corpo, pois por mais magras que estejam, as pessoas anoréxicas sempre se enxergam com muitos quilos a mais. Já a bulimia tem como principais sintomas o consumo de grandes quantidades de comida, seguida de vômitos para expelir todas as calorias ingeridas.

Apesar do que as famílias e os médicos falam, as vítimas de anorexia continuam acreditando que serão mais felizes sendo magras, ainda que prejudiquem a própria saúde. Essas garotas consideram a anorexia e a bulimia como suas grandes amigas, dando inclusive apelidos carinhosos a elas, Ana e Mia.

Hoje em dia, principalmente em um país com a diversidade cultural do Brasil, é muito difícil determinar o que é beleza. Cada pessoa é única e pode se aceitar e se considerar bonita do jeito que é, ainda que não tenha a magreza excessiva da maioria das modelos, ou as curvas e formas acentuadas de muitas atrizes famosas. Ser bonito é cultivar sentimentos bons, ter uma vida saudável acima de qualquer coisa, e ser feliz como o que a vida nos proporcionou. O culto ao corpo deixou de ser uma coisa positiva para se tornar uma obsessão, como se ser magro fosse mais importante do que ser saudável. Não devemos nos preocupar em excesso com os quilinhos que a balança teima em mostrar, mas com os momentos simples que deixam de ser vividos quando a busca pela beleza põe em risco a nossa saúde.