DISSERTAÇÃO RELACIONADA AO DOCUMENTÁRIO “A HISTÓRIA DAS COISAS”, O ARTIGO DE LIVIA FIRTH E MONIQUE VILLA E O TEXTO DE SANDRO TONSO “A COMUNICAÇÃO E A QUESTÃO SOCIOAMBIENTAL”. O que há por trás da degradação ambiental.

Estamos no século XXI e é evidente que hoje, um dos maiores problemas mundiais é a degradação ambiental, que consiste em ser todos os processos que influenciam no desequilíbrio do ecossistema de determinado hábitat, impossibilitando a sustentação da vida, seja na fauna ou na flora e apesar de ser um dos assuntos mais comentados nos meios de comunicação, nunca estivemos em uma situação tão precária quanto ao mesmo. 

Podendo ser motivada por causas naturais como, mudanças climáticas e invasões de espécies que sejam nocivas ao ambiente, a degradação ambiental se potencializa por influência humana. Alguns exemplos de ações antrópicas são os desmatamentos das florestas, o derretimento das geleiras que esta diretamente ligado a emissão descontrolada de gases poluentes, a contaminação das águas doce/salgada, a degradação do solo e a poluição do ar. 

Após assistir ao documentário “A história das coisas” e analisar os artigos “Por que você deve pensar bem antes de comprar uma roupa irrealisticamente barata?” de Livia Firth e Monique Villa e “A comunicação e a questão socioambiental” de Sandro Tonso, é possível ter uma visão do quão problemático é o assunto sobre meio ambiente, e se fosse apenas isso, ironicamente falando estaria tudo bem, mas existe uma série de assolações por trás, que não vem à público: mais de 45,8 milhões de pessoas trabalham de forma escrava no mundo, sendo que 58% do total são apenas de cinco países, sendo eles a Índia, a China, o Paquistão, Bangladesh e o Uzbequistão, pelo menos três deles são grandes exportadores no setor de vestuário, já sabemos também que grande parte dos trabalhadores dessa área são submetidos a condições desumanas. A conclusão que chegamos é que, quando compramos um vestido supostamente barato, além de contribuir para a degradação

ambiental que acontece nas diferentes partes do processo até chegar de fato na produção, estamos contribuindo para a escravidão de pessoas que ganham centavos por hora e trabalham mais de 12 horas por dia sem descanso, sem diretos trabalhistas, sem segurança, sem apoio à saúde e muitas vezes essas pessoas acabam desenvolvendo doenças graves ou até mesmo morrendo como no caso de 2013 em Bangladesh, onde o prédio Rana Plaza de oito andares desabou, matando 1.133 pessoas, o mesmo abrigava cinco fábricas de confecções de roupas e empregava mais de 2 mil trabalhadores que produziam itens para empresas como Walmart e Primark, o salário mensal era de aproximadamente R$ 360,00, com jornadas de trabalho de 10 horas durante seis dias da semana.

Os meios de comunicação tem grande parcela de culpa nisso, somos bombardeados todos os dias com comerciais, campanhas publicitárias, dizendo que estamos por fora da moda, que os nossos cabelos não são legais, que nosso corpo não é bonito, são eles quem ditam as regras e impõe os padrões, não nos damos conta disso pois são eles também os responsáveis por divulgar essas atrocidades com o meio ambiente e as pessoas, mas não os fazem e quando faz é de forma rasa. Isso acontece porque atrás das mídias estão os governantes que, em primeiro lugar não querem que tais informações sejam noticiadas pois teriam prejuízos na economia e em segundo lugar, na maioria das ocasiões eles estão envolvidos com a degradação ambiental e social e em terceiro lugar, atrás deles estão as multinacionais e as transnacionais, que por sua vez ajudam à superfaturar obras, proporcionando mais dinheiro ao governo e também estão envolvidas em casos como no rompimento da barreira em Mariana que além de destruir a cidade e deixar alguns mortos, contaminou as águas do rio Doce, matando também a fauna e a flora da região atingida.

 Com tudo isso temos a impressão de que, quem comanda tudo é o governo, mas na verdade é o mundo industrial. A realidade é que vivemos e somos parte de uma “cadeia alimentar” prestes a se extinguir, onde nós e a natureza são as presas e o governo junto com o mundo industrial são os predadores, sem alimento os predadores não sobrevivem.

REFERÊNCIAS:

 

TONSO, Sandro. “A comunicação e a questão socioambiental”. Postado em 2011. Disponível em: . Acesso: 12 set. 2017 14:27:00

REIS, Thiago. “Quase 46 milhões vivem regime de escravidão no mundo, diz relatório”. Postado em 2016. Disponível em: . Acesso: 14 set. 2017 13:14:00

TANJI, Thiago. “Escravos da moda: os bastidores nada bonitos da indústria fashion”. Postado em 2016. Disponível em: . Acesso: 14 set. 2017 14:49:00