DISLEXIA COMO FATOR PREPONDERANTE NA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM

Paulo de Tarso Lima[1]

Jakeline Santos de Andrade Sá Barreto[2]

Emerson Ferreira Bezerra [3]

 

RESUMO

Dentro do processo educacional de uma criança, um dos fatores que mais traz a insegurança e dificuldade na aprendizagem, principalmente nos primeiros anos de alfabetização sem sombra de dúvidas é a dislexia. Problema este que mostra dificuldades principalmente em situações principais da atividade como na fala, escrita na leitura. Enfim, em todo o processo. Tendo por base está ideologia, este artigo visa mostrar estas dificuldades de alunos que apresentam a dislexia, e como nos dias atuais as instituições escolares têm feito para lidar com estes problemas.

Palavras-Chave: Dislexia, Alfabetização, inclusão social

 

INTRODUÇÃO

Nos dias atuais um dos grandes problemas enfrentados pelas instituições escolares no que tange a questão da aprendizagem é o problema de alunos que trazem consigo a dislexia, um ato que dificulta consideravelmente na formação educacional da criança, levando a mesma á uma dificuldade em todos os aspectos tanto na escrita, leitura, interpretação. Ellis (1995) faz entender que a dislexia é apenas mais um problema entre os muitos que abrangem a os distúrbios de aprendizagem, e este problema traz como uma das consequências a decodificação das mais simples palavras, trazendo assim uma dificuldade no processo da fala.

Diante desta situação, é dever da instituição escolar saber ou ter um conhecimento nem que seja prévio dos problemas que podem afetar a aprendizagem do aluno e assim poder realizar um acompanhamento, mostrando que assim a escola esta acompanhando e dando todo respaldo e mostrado seu auxilio na superação desta dificuldades.

È nítido que uma criança com dislexia tem a autoestima baixa, portanto é necessário o auxílio de profissionais para ajudá-lo a superar seus obstáculos ou então ele será mais um na estatística da evasão escolar, nisso tanto a escola quanto o professor precisam saber qual o grau de dislexia do aluno. Se a escola não trabalha esta situação, por si só traz uma certa insegurança para com o aluno, e o aluno com dislexia, precisa se sentir acolhido para então poder superar seus medos e que possa ter uma aprendizagem se não igualitária, uma aprendizagem significativa diante de suas dificuldades, afim de que tenha bom êxito nos estudos.

A criança com dislexia tem várias dificuldades de aprendizagem na escola e está dificuldade esta relacionada a palavras mesmo estas sendo o mais simples. Diante dessa realidade, o espaço educacional necessita primeiramente de um diálogo para entender o problema da criança e tentar diagnosticar da melhor maneira para que mesmo com os problemas possa ter avanços no processo de aprendizagem, mas tudo no seu tempo.

Morais (1997) deixa claro.

 

A Escola torna um ambiente aversivo e gerador de ansiedade, pois é nesse local que a criança se depara frente a frente com seus problemas e com as exigências de ter uma boa produção para poder passar de ano

 

Dentro do contexto de sala de aula, passam- se despercebido alunos com dificuldades, somente aqueles que realmente tenha problemas visíveis, diante disso fica claro que cada vez mais a aprendizagem precisa ser fragmentada, e faz com que o problema se agrave ainda mais a partir do momento das novas dificuldades que vão se encontrando dentro da instituição escolar.  Em muitos momentos a própria instituição escolar não sabe lidar com o problema, pensando que o seu diagnóstico venha somente de profissionais que atuam nas clínicas.

No contexto da sala de aula dificilmente não há alunos que não tenham dificuldades de aprendizagem ou que não apresentem distúrbios de aprendizagem, pois cada vez mais múltiplos fatores têm influenciado na aprendizagem dos alunos e a fragmentação do conhecimento produzida na escola, é algo que apenas vai se agravando ao passar do tempo no sistema educacional.

Os profissionais que atuam dentro dos órgãos educacionais precisam uma postura diante dos alunos que apresentam dificuldade no ensino que tem como problema a dislexia. A postura destes profissionais é avaliar o processo de aprendizagem e diagnosticar a evolução ou (não) na aprendizagem do aluno, assim elaborar atividades próprias voltadas para a dificuldade apresentada pelo aluno.

O professor sem sombra de dúvidas tem papel importante na construção do conhecimento do aluno com o problema de dislexia, pois o mesmo tem a capacidade de avaliar as dificuldades e acompanhar também a evolução na aprendizagem do mesmo, e

diante disso também a função de quando preciso dar um diagnóstico de acompanhamento para que o mesmo seja realizado com eficiência. Por isso, que o professor, não é apenas um expectador deste processo, mas sim o profissional que pode ser o diferencial no tocante de realizar intervenções e diagnosticar sobre a dislexia.

A escola exerce um papel de suma importância no processo de ensino aprendizagem, nas quais as crianças que apresentam dificuldades nesse processo sejam especialmente atendidas com a utilização de métodos e materiais compatíveis a cada necessidade particular.

 Diante do exposto, neste artigo tem-se como objetivo abordar os principais conceitos relativos à dislexia, sua identificação e algumas possibilidades de intervenção.

 

1- A INTERFERÊNCIA DA DISLEXIA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

O termo dislexia é um termo recente usado primeiro no final dos anos 80, e diante disso tentar buscar explicações para estes problemas é algo muito difícilHennigh (2003) define a dislexia como “dificuldade, perturbação” e o elemento grego de composição “lexia” remete a “ler”.

No espaço escolar se encontram presentes diversas dificuldades de aprendizagem, no entanto, ainda existem muitas dúvidas por parte dos profissionais da educação, de como lidar com a criança com dislexia. A escola como espaço de ensino-aprendizagem de fato necessita estar preparada com ações pedagógicas para atender todas as crianças nas suas especificidades. Contudo o espaço escolar deve oferecer condições, ferramentas, recursos pedagógicos e formação continuada aos educadores para que os mesmos possam mediar com os alunos uma aprendizagem significativa.

O fato de não saber ler ou escrever não é o fato de que uma criança tenha dislexia, pois existem outros fatores que podem comprovar este problema. Segundo estudos, a dislexia é comprovada como uma dificuldade em absolver os conteúdos e a inversão de letras e números.

A criança com dislexia apresenta uma inteligência média, ou um pouco acima da média dos outros, a dificuldade da aprendizagem não é a causa de fato da dislexia, mas sim consequência desse fato. Uma criança com dislexia tem que ser acompanhado por um profissional para que possa ter um bom desenvolvimento escolar apesar do grau de dificuldade quando grave, não quer dizer que com o tratamento dela irá se extinguir para sempre, mas melhorará sua vida como um todo escolar e social. O tratamento deve começar o quanto antes para que o fracasso escolar possa ir aos poucos diminuindo e que suas dificuldades sejam superadas gradativamente podendo assim o disléxico melhorar a cada dia.

Morais (1997) ainda completa.

o disléxico além da dificuldade para ler e, consequentemente para escrever também apresenta dificuldade em alguns fatores, como por exemplo: Memória auditiva e/ ou visual , sequencias auditiva e/ou visuais, orientação espacial (conceitos esquerdo/ direito, orientação temporal e ritmo , imagem corporal , escrita e soletração , distúrbios topográficos, distúrbios no padrão motor

 

Todas estas ações também precisa ter a colaboração de instituição escolar, mas, sempre existe algum extravio de informações em relação a este procedimento e nem sempre o acompanhamento para com a criança com dislexia é feito de forma adequada.

Primeiro que os profissionais não são especialistas para lidar com este problemas, e outra que não há uma diferenciação entre dificuldade de distúrbios de aprendizagem ou simplesmente dificuldade na aprendizagem, sem esquecer o fator família, que em muitos casos, não tem o conhecimento sobre o problema.

Com o intuito de tentar entender sobre a dislexia, e como as crianças apresentam diversas dificuldades, várias questões foram elaboradas para de fato tentar encontrar causas para a dislexia. Para Carvalhais (2007) [4]entre as várias teorias explicativas das causas da dislexia de desenvolvimento apontam-se teorias cognitivas, de base neurobiológica, teorias genéticas e hereditárias e teorias que se apoiam em fatores ambientais.

Um outro fator que pode ser o diferencial é o desempenho do professor dentro de sala de aula, pois a partir do momento que o profissional tenha o conhecimento deste problema é necessário uma atividade diferenciada, para que dentro de suas limitações possa ser atendido. A escola não pode se esconder diante destes problemas, mas sim, apresentar resultados de uma aprendizagem onde fique visível também a para a comunidade escolar. As atividades educacionais não podem ultrapassar aquilo que a escola prepara para o aluno com dislexia. Portanto, a escola vendo que o processo de aprendizagem desta criança não está sendo satisfatório, é preciso rever as ações de aprendizagem que a escola está trabalhando. A junção no trabalho entre família, professores podem aparecer novas ações pedagógicas que vão auxiliar e muito o aluno com dislexia.

Diante de análises feitas por especialistas no assunto, a dislexia pode ser classificada em 3 partes: disfonéticos, deisedeticos e os mistos. Segundo Morais (2006), os disléxicos disfonéticos conseguem fazer uma boa leitura das palavras que já conhecem, pois, memoriza-as visualmente. Porém não consegue ler e nem escrever palavras que apresentam a eles pela primeira vez, utilizam o método da adivinhação de acordo com o contexto em que se está incluída a palavra, ocorrendo desta forma muitos erros e troca de semântica. Já os disléxicos deisedéticosapresentam uma leitura mais lenta, porém corretas, possuem facilidade em fazer leitura de palavras conhecidas e desconhecidas demonstrando apenas dificuldades nas palavras irregulares, que são aquelas que não possuem uma regra para escrever. E os disléxicos mistos é o mais grave do grupo da dislexia, pois esses possuem as dificuldades dos tipos citados anteriormente e também apresentam confusões espaciais, sendo necessário que um grupo de especialista na área possa estudar o caso.

Os tipos de classificações de dislexia apresentados acima, claro que são diferentes um dos outros, mas se perceber bem estão entrelaçados. No primeiro caso, a criança consegue manter uma leitura, mas sua escrita é defasada, já no segundo caso, a leitura é lenta, mas consegue aglomerar as letras para formar as palavras, já  a terceira situação já é bem mais complicado, pois é uma junção de todos os casos anteriores, e ainda necessita do auxílio de profissionais para ajudá-lo.

Tendo por base que a dislexia é um transtorno linguístico, e que os primeiros sintomas se dão ainda na infância, mas é possível notar estas alterações na vida adulta, e é importante ressaltar que a presença destes problemas ainda na educação infantil acompanha a criança, mas pode ser observado e tratado. Outro sintoma que faz a dislexia segundo Prado (2010) [5]é a fala tardia; a dificuldade de pronunciar alguns fonemas; a falta de vocabulário demorando a inserir novas palavras; a dificuldade para aprender cores, as formas, os números e escrita do nome; as dificuldades para entender regras e a rotina; apresenta falta de habilidade motora fina; dificuldades em recontar uma história e manter sua sequência

Rotta (2006) apresenta ainda alguns resultados

Muitas vezes o aluno começa a apresentar dificuldades desde o primeiro ano escolar, mas se a escola não entender essas dificuldades como algo a se preocupar, somente após o terceiro ano escolar é que estas dificuldades começarão a ser notada, já que é neste período que inicia-se maiores cobranças em relação ao desempenho escolar.

A família tem um papel primordial nessas situações. A ajuda e a sua interferência nesta situação só trazem uma maior tranquilidade para a criança, pois como foi mencionado, a criança tem o problema de dislexia tende uma grande possibilidade de obter uma autoestima baixíssima diante das situações que podem enfrentar no dia-a-dia. Sendo assim, a família e a escola só tendem a melhorar a convivência do aluno com os demais colegas, cabe escola neste caso buscar soluções.

 

2- A FAMÍLIA E ESCOLA COM PAPEL DE DESTAQUE NA APRENDIZAGEM COM UM ALUNO COM DISLEXIA.

 

O primeiro passo que os pais devem tomar é não passar para a criança com dislexia, desespero e angustias que eles encontraram diante das dificuldades que eles iram passar, e sempre deixar claro sobre suas limitações, e que isso não interferirá na convivência com os demais. Os pais tendem não deixar a criança constrangida, fazendo se sentirem impotente diante das situações. O elogio é o melhor remédio para a criança dislexia conseguir obter sucesso nas atividades que realizará.

Profissionais, pais, escola, tem total obrigação de ajudar uma criança com dislexia a ultrapassar barreiras, pois não devemos confundir que a dislexia está ligada a problemas metais, pois nem toda criança que tem dificuldade na aprendizagem são consideradas dislexias. É preciso uma aprendizagem diferenciada para os alunos com casos de dislexia, mas este aprendizado diferenciado não pode ser entendido como exclusão, mas atividades propostas a partir da realidade do aluno e que seja respeitada o ritmo de aprendizagem da criança em que se evite a aprendizagem pelo erro, mas que a partir deles seja feitas mudanças para melhorar o conhecimento. Há pequenas alterações fáceis de superar, mas também há dificuldades que se podem manter por toda a vida.  A dislexia impõe um diagnóstico diferencial, feito por especialistas nesta área, até porque há problemas de leitura e escrita que nada têm a ver com dislexia.

Tendo em vista que cada indivíduo aprende de forma diferente, dentro de suas especificidades, é necessário lembrar que a criança que apresenta dificuldade de aprendizagem/distúrbios de aprendizagem, necessita de um trabalho em conjunto escola/família para o bom desempenho do seu processo de aprendizagem.

De imediato, não existe uma solução mágica para resolver os problemas relacionados a essa realidade, porém é necessário que se trabalhe dentro do contexto escolar a inclusão e a diversidade, pois diante de cada realidade vista, novas formas terão que ser adotadas, diante da realidade de aprendizagem de cada um. Frank (2003) afirma que [6]todos nós temos questões pessoais e profissionais a quais precisamos trabalhar e melhorar, ao longo de nossa existência. Muitos talvez tenham algum aspecto da vida que tende a se queixar, e para se conquistar o que se quer na vida, é preciso correr riscos e enfrentar desafios. Lidar com a dislexia não é diferente, com tudo o mais, é preciso muito empenho, comprometimento, criatividade e tempo para desenvolver maneiras melhores.

A família é a junção neste processo, tendo em vista que como a criança é tratada dentro de casa pode afetar de forma significativa na convivência da criança, tanto positiva ou negativamente. Um grave problema que é revelado, que muitos pais não aceitam a dificuldade de aprendizagem que os filhos têm, e que terão dificuldades enormes no que tange a aprendizagem. Diante disso, a própria criança com a convivência mostra o contrário, pois tem toda a capacidade de aprendizagem, claro que no seu tempo, por isso que o trabalho destas instituições é importante.

Cada um tem sua responsabilidade no processo aprendizado de um aluno com dislexia. Vygotsky (2001) explica.

O sujeito necessita de alguém que seja mais experiente e também capaz de desenvolver uma determinada tarefa, de modo que o outro seja beneficiado e produza seu conhecimento, ou seja, a zona de desenvolvimento proximal de um conceito considerado em extensão, que busca criar um vinculo de modo a oferecer e beneficiar atitudes de confiança e vinculo de cooperação mútua. Esse conceito precisa ser conhecido por professores e pais de crianças que tem a dislexia.

 

 O aluno disléxico deve ser tratado com naturalidade como qualquer outro, mas o diagnóstico não deve ser usado para contribuir para a discriminação. O professor deve evitar situações que expõe o fato do aluno ser disléxico, mas contribuir para que o aluno seja aceito no grupo em sala de aula. É preciso evitar pedir para que o aluno com esse distúrbio faça coisas, na frente dos colegas, que o deixe constrangido, envergonhado. Em vez disso, deve-se primar pela estimulação da aprendizagem fazendo uso de certos instrumentos auxiliadores, tais como o aparelho gravador de voz, o método da tabuada, calculadoras eletrônicas, e outros recursos tecnológicos que estimulam o aluno pelo manuseio de determinados equipamentos ou pela aplicação de outros métodos.

Mas não é só papel do professor. Como já foi mencionado anteriormente a ajuda da família é fundamental para o desenvolvimento escolar do aluno com dislexia, visando melhorar a autoestima. Para tanto, é necessário oferecer carinho, segurança e compreensão; também é sempre bom elogiar os acertos da criança e valorizar suas habilidades. A criança deve estar envolvida e esclarecida no seu tratamento, fazendo sentir-se uma colaboradora em seu próprio desenvolvimento e sucesso.

Não dá para fugir, nem negar as responsabilidades que temos, tanto pais, como educadores, pois essa tarefa é de todos, pois a base de tudo é a aprendizagem, e essa

aprendizagem necessita ser acompanhada pelos pais e professores, efetivando assim, uma aprendizagem de forma digna e respeitosa, com novos moldes de ensino, que venham de encontro com a inclusão da criança na aprendizagem, e isso é função exclusiva do educador. Rogeres (1988) afirma que [7]o professor deverá estabelecer com os alunos uma relação de auxílio sempre atento para atitudes e para a percepção de que será ajudado.

Um outro fator importante é sobre o trabalho com o aluno dislexo seja algo que não fique restrito somente a um grupo mas a uma maior realidade de convivência, pois cada criança com este tipo de problema, apresenta caracterizas diferentes no seu processo de ensino aprendizagem, e ficando fechado em somente um grupo pode haver um desligamento deste processo, mas uma vez, o papel do professor nesta situação também se faz importante, pois é através do diálogo com este aluno que o professor pode conseguir assimilar quais as necessidades reais que a criança tem, e a partir daí uma nova forma de trabalhar com esta criança.

Sabemos que é uma fase delicada tanto para família como para os educadores, e é neste sentido que a instituição escolar deve aturar juntamente com o aluno em suas dificuldades, encorajando, respeitando suas capacidades e diferenças e deixando tanto professor como os pais sempre a par do que acontece com o aluno dentro da instituição escolar.

Também, deve-se enfatizar que a ajuda da equipe de profissionais especializados, bem como da família, é indispensável nesse processo. Somente assim o aluno disléxico conseguirá superar as barreiras que surgem no decorrer da vida, em casa, na escola ou em qualquer outro ambiente social.

Diante disso quando se deparar com crianças saudáveis, inteligentes, espertas, mas que ao ler apresentam dificuldade para entender o que leu, são aconselháveis uma investigação na família da criança para saber se há casos de dislexia na família. Quando diagnosticada será preciso um trabalho diferenciado com atividades adequadas à criança disléxica que garanta seu desenvolvimento. Outro setor que apresenta importância neste procedimento é o ambiente, a escola também exerce um papel de suma importância no processo de ensino aprendizagem, nas quais as crianças que apresentam dificuldades.

 

3- CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Neste trabalho, uma coisa que foi procurado ser tratado foi a dificuldade que algumas instituições escolares têm em lidar com estes problemas. As vezes fica uma pergunta como poder auxiliar professores, pais, profissionais que todos os dias lidam com este problema da dislexia principalmente dentro das escolas. De fato, a dislexia é um problema que preocupa no que tange a aprendizagem da criança, mas não é só este problema que afeta a aprendizagem do aluno.

Como foi apresentado no trabalho, não existem formas prontas para se tratar de uma criança com dislexia, pois cada caso é diferente um do outro, no entanto alguns pontos são de fundamental importância neste trabalho como: a linguagem, raciocínio, concentração, percepção, esquema corporal, orientações em relação a aprendizagem. Cabe também a escola adequar-se criando sala de reforço, materiais diferenciados e metodologias que atenda ao aluno com dislexia, dando a ele a melhor forma para que seu aprendizado seja amplo e significativo.

Contudo sempre devemos ter a certeza que estamos mesmo com um aluno disléxico, lembrando que não cabe ao professor esse diagnóstico, mas cabe a ele perceber e requisitar ajuda. Assim que for notado que este aluno tem dificuldade de aprendizagem, a família deve ser informada sobre cada passo a ser dado, para assim tê-la, sempre ao lado tendo a certeza que ambos estão buscando o mesmo objetivo ajudar e orientar o aluno com dislexia para um melhor aprendizado dentro e fora da sua vida escolar.

É preciso que a escola faça um trabalho com aluno de deixa-lo consciente de que o problema existe, mas que pode bem ser amenizado ou superado com o auxílio da escola e família, mostrando a ele que o problema é existente, mas a capacidade de supera-lo é muito grande com o tratamento e ajuda da equipe pedagógica, e que unidos conseguiram superar todos os obstáculos que porventura vão surgir no processo de ensino aprendizado da criança.

Visando o papel da instituição escolar Valett (1989) deixa claro que [8]a única organização escolar sensata é aquela que atende as necessidades múltiplas das crianças de forma que elas sejam ensinadas naquilo que necessitam saber e que sejam premiadas por fazerem progressos contínuos.

Um fator importante e positivo que se observar dentro da escola quando aparece situações assim é a forma como a escola elabora um plano de auxilio entre família, comunidade e aluno, tendo um tratamento afetivo e respeitoso para com o mesmo. Essa deficiência de certa forma pode ser diagnosticada bem cedo e com isso não interferir tanto na aprendizagem da criança no seu processo de ensino aprendizagem, mas o que acontece que algumas escolas ainda não estão preparadas para lidar com estes certos tipos de problemas, onde muitas vezes não tem pautado instrumentos didáticos voltados para estes alunos

Cada vez mais se sente a necessidade de que os professores se aperfeiçoem em seu trabalho, o que é fundamental para se diagnosticar dificuldades de aprendizagem em seus alunos e para adotar estratégias eficazes para trabalhar com os disléxicos. Este estudo esclareceu com objetividade que o distúrbio de dislexia não se trata de um problema que pode ser superado em curto prazo, mas que é necessário um trabalho conjunto por parte da família, da escola e de profissionais específicos, sendo adotadas diferentes estratégias de trabalho, de modo a proporcionar que o aluno disléxico sinta-se acolhido e parte integrante do processo ensino-aprendizagem.

O respeito ao ritmo individual, as avaliações – diferenciadas ou orais –, a aceitação das dificuldades, atitudes positivas e motivadoras por parte do professor são condições importantes para que o disléxico vença suas dificuldades. Atendendo ao aspecto legal da inclusão, os disléxicos, adaptados à nova visão de escola e aprendizagem, serão indivíduos felizes e compromissados com o aprendizado, tornando-se profissionais comprometidos com o trabalho que vierem a escolher e cidadãos conscientes na sua plenitude.

Por fim, é preciso que fique claro, que apesar de ter problemas que pode afetar a aprendizagem, a dislexia não pode ser algo que deixará a criança esquecida, no canto, menosprezada e com o auxílio de pessoas envolvidas o problema pode ser resolvido com atividades apropriadas e diferenciadas, fazendo com qual o aluno não se sinta excluído dos demais, mas se sinta mais um no meio da turma.

4- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÀFICAS

 

CARVALHAIS, L. Consequências sociais e emocionais da dislexia de desenvolvimento: um estudo de caso. Pró-Fono Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), v.11, n. 1, p. 21-29, jan./jun. 2007. Acesso em: 30-08-18

 

COELHO, M. T. et al Problemas de Aprendizagem. São Paulo: Ática Editora, 2000.

 

DAVIS, R. O dom da dislexia. São Paulo: Rocco, 2004

 

ELLIS, A. W. Leitura, escrita e dislexia: uma analise cognitiva. 2ª ED. Porto Alegre, Artes Médicas, 1995.

 

FRANK, Robert. A vida secreta da criança com dislexia. São Paulo: Editora M. Books do Brasil, 2003.

 

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996

 

HENNIG, K. A..Compreender a dislexia um guia para os pais e professores. Porto Editora, 2003.

 

Morais, A. M.P. A relação entra consciência fonológica e dificuldades de leitura. São Paulo, Vetor, 1997

 

MORAIS, Antônio Manoel Pamplona. Distúrbios de aprendizagem: uma abordagem psicopedagógico. 12. ed. São Paulo: EDICON, 2006.

 

NUNES Terezinha. Dificuldade na Aprendizagem da Leitura. Teoria e Pratica. Editora: Cortez, 1992

 

PRADO, Z. Ap. A importância das atividades lúdicas no processo de ensino aprendizagem na dislexia. 2010. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Estadual Paulista, São Vicente, 2010. Acesso em 01-09-18

 

ROGERES. Carl. R Liberdade para aprender. Belo Horizonte. Ed. Inter livros, 1998

 

ROTTA, N. T. Transtornos da linguagem escrita-dislexia. Transtornos de aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Artmed, 2006.

 

16

VALETT. Robert. E. Dislexia: uma abordagem neuropsicológica para educação de crianças com graves desordens de leitura. S.P 1989

 

VIGOTSKY, L. S. Psicologia da Arte.  Martins Fontes 2001

 

 

[1]Graduação: Licenciatura em pedagogia- Instituto de ensino superior do Amapá IESAP

Especializações: Alfabetização e letramento, Educação infantil e anos iniciais, Educação Especial e inclusiva, Psicopedagogia Clínica e Educação Especial; [email protected]

[2]Graduação: Curso de Pedagogia Licenciatura Plena- Universidade Estadual Vale do Acaraú Especialização: Supervisão e orientação Educacional- CINTEP Centro Integrado de tecnologia e pesquisa; Educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental - Faculdade de educação e tecnologia da região missioneira FETREMIS;Alfabetização e Letramento- Faculdade do Vale Elvira Dayrell. [email protected] 

[3]Graduação: Licenciado em História, Licenciatura em Educação Física; [email protected]

 

CARVALHAIS, L. Consequências sociais e emocionais da dislexia de desenvolvimento: um estudo de caso. Pró-Fono Revista Semestral da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional (ABRAPEE), v.11, n. 1, p. 21-29, jan./jun. 2007. Acesso em: 29-08-18

 

PRADO, Z. Ap. A importância das atividades lúdicas no processo de ensino aprendizagem na dislexia. 2010. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Estadual Paulista, São Vicente, 2010. Acesso em 29-08-18

[6]FRANK, Robert. A vida secreta da criança com dislexia. São Paulo: Editora M. Books do Brasil, 2003.

[7]ROGERES. Carl. R Liberdade para aprender. Belo Horizonte. Ed. Inter livros, 1998

[8]VALETT. Robert. E. Dislexia: uma abordagem neuropsicológica para educação de crianças com graves desordens de leitura. S.P 1989