O maior erro que um político pode cometer é subestimar a capacidade de seus inimigos, e neste caso a arte da prudência é o remédio mais indicado. Mas como identificar o inimigo, uma vez que sabiamente muitos deles, senão os mais perigosos, estão tão próximos que sequer consegue-se notá-los?

 

            Tenho percebido que vários são os tipos de inimigos que mais colocam em risco o bom andamento dos trabalhos de um gestor público, o que passamos a discorrer para tornar este nosso artigo útil, lembrando que boas opiniões não são gratuitas, mas, no entanto, quem avisa amigo é, e uma mão lava a outra...

 

            Na equipe de trabalho, sempre há os cargos de maior influência, o secretariado e os postos tidos estratégicos em uma administração. São nestes postos onde podem estar os maiores inimigos de um gestor público, e a escolha deve ser criteriosa sob risco que ruir o projeto administrativo objetivado.

 

            O velho ditado “diga com quem andas que direi que tu és”, tem muita valia na hora de destacar os colaboradores mais valorosos. Se em seu convívio pessoal, o candidato andar com pessoas competentes – e aqui deve-se tomar cuidado, pois as aparências podem enganar – já pode-se computar-lhe um ponto positivo a mais. Isso é porque as ações de uma pessoa são seguidas de formas diferentes: há aquelas que seguem o seu próprio discernimento; há aquelas que sabem discernir o que as outras pensam e por fim, o tipo mais perigoso e nefasto para um cargo de confiança, que são aquelas que tomam ações pelo que os outros pensam e sequer sabem discernir e ajuizar aquilo que provem de outras pessoas.

 

            Uma forma que também pode ser eficaz para a escolha do perfil ideal para assumir postos de confiança em uma administração, é observar se a pessoa pensa mais em sí próprio do que em seu líder, se em suas ações ele vem procurando tirar proveito pessoal. Isso porque as pessoas que ocupam cargo público não podem, nunca, pensar mais em sí próprio do que na coisa pública.

 

            É lógico que só o cuidado com a escolha não basta, o governante tem que dar a contrapartida necessária para manter o grupo comprometido com sua administração. Quando em uma equipe surge o descontentamento de alguns, pode ter certeza, normalmente se tornam espiões em potenciais, uma outra classe de inimigos, que vamos discorrer a respeito em um outro artigo.