JANIKE HAMARYLIS DOS SANTOS DA SILVA[1]

Resumo

Este artigo vem abordando a dificuldade de aprendizagem no processo de aprendizagem com os alunos de series iniciais. Tendo como objetivo de levar à reflexão possíveis causas e práticas pedagógicas que podem ser adotadas para solucionar essa complexidade. Concluiremos este artigo, ressaltando o cumprimento de seus objetivos no que diz respeito a dificuldade de aprendizagem no primeiro ciclo do ensino fundamental.

Palavras-Chave: Metodologias – realidade do aluno – prática pedagógica – fracasso escolar – leitura e escrita

Objetivo Geral: Levar à reflexão possíveis causas e práticas pedagógicas que podem ser adotadas para solucionar essa complexidade.

Objetivos Específicos

  • Informar as abundantes causas para que ocorra o impedimento de aprendizagem.
  • Identificar os bloqueios  no processo em sala de aula.
  • Criar situações de aprendizagem que ajude aquele aluno com dificuldade.
  • Identificar e ter a veracidade que aquele aluno possui alguma dificuldade por meio do diagnóstico realizando no início do processo.

Problemática da Pesquisa:

Como podemos entender e encontrar caminhos para direcionar as dificuldades dos discentes, possibilitando aulas mais prazerosas e com bons resultados?

  • Introdução

Muito se discute sobre o processo de aprendizagem, para buscar entender a causa dos fracassos escolares que só tem aumentando durante todos os anos, e entre os motivos está a dificuldade de aprendizagem.

Segundo Sisto (2002), ”o baixo rendimento escolar é uma das manifestações mais evidentes das dificuldades de aprendizagem. Se uma criança apresenta um bom desempenho escolar, mesmo que tenha dificuldade para aprender e com muito esforço a esteja superando, esta criança passará despercebida, da mesma forma que crianças que não estudam por falta por falta de interesse ou preguiça correm o risco de serem classificadas como crianças com dificuldade de aprendizagem. As generalizações excessivas podem, por vezes, levar a confusões conceituais sérias em que pouco ou quase nada ajudam no diagnóstico das possíveis causas dos problemas de aprendizagem para as crianças que de fato apresentam dificuldades de aprendizagem”.

Ainda convém lembrar, que a dificuldade de aprendizagem tem diversos princípios geradores dessa complexidade, entre eles podemos ressaltar os contextos social, cultural e psicopedagógico.

A dificuldade de aprendizagem esta correlacionada à: escrita, leitura e matemática.

O indivíduo que mostra dificuldade de aprendizagem não possui restrições médicas, aquele que tem laudo possuí distúrbios/transtornos de aprendizagem. Quando ocorre o equívoco entre esses dois aspectos, pode ocorrer uma complexidade para solucionar o caso, portanto a investigação a aquele aluno deve ser efetuada com cautela para reconheça de fato o que aquele aluno necessita.

Em face de essa realidade apresentada, profissionais da educação tende-se adequar sua prática pedagógica a este aluno, fazendo que o mesmo venha se desenvolver intelectualmente, desta forma suprindo sua auto realização.

Atualmente, observa-se que existem dúvidas que por sinal são pertinentes sobre a dificuldade de aprendizagem.

Para que isso ocorra o esclarecimento e posteriormente tenha uma analise sobre o que deve ser realizado. Tem que entender o que é de fato a dificuldade de aprendizagem.

Portanto, dificuldade de aprendizagem é desordem no processo de aprendizagem, e o mesmo é resultante de ordens naturais ou secundárias.

Naturais, são aptos a mudança através de recursos de adequação. Mas, as de ordem secundária estão ligadas as alterações estruturais, mentais, emocionais, que se apresenta em todo processo de aquisição, construção e desenvolvimento intelectual do indivíduo.

Existe um equívoco entre distúrbio e dificuldade.

  • Distúrbio: Sugere a existência de comprometimento neurológico, que precisa de acompanhamento clínico, de profissionais especializados e de utilização de medicamentos.
  • Dificuldade de aprendizagem: Relacionada a problemas de ordem psicopedagógica/sócio-culturais, ou seja, a barreira que pode dar origem a dificuldade é tanto de âmbito escolar, pedagógico quanto social e cultural.

As dificuldades de Aprendizagem estão relacionadas às seguintes áreas: leitura, escrita e matemática.

  • Dificuldade na leitura: Oral, silenciosa e de compreensão (ler e não compreender)
  • Escrita: Disgrafia e/ou disortografia
  • Discalculia: Dificuldade de aprender a base matemática, fundamentos simples e básicos, como por exemplo: Operações matemáticas (adições, subtrações, multiplicação e divisão).

O professor ultimamente tem encontrado grandes reptos dentro de sala de aula, para que ele tente traçar um caminho para solucionar esse problema, o mesmo terá que realizar uma avaliação diagnóstica que deverá ser aplicada no início do processo de aprendizagem, para que o docente tenha um perfil da sua turma e como irá trabalhar com a mesma.

Esta investigação ira auxiliar no processo, pois mostrará os motivos que ela não aprende, que poderá ser por conta do seu meio, talvez por não ter uma família estruturada , ou até mesmo por não alimentos em sua casa. Desta forma, o indivíduo ira se preocupar com tudo, menos em prestar atenção na aula.

O indivíduo que tem problemas em dificuldade de aprendizagem poderá apresentar seguintes sinais:

Organizacional, coordenação motora, linguagem falada e escrita, atenção e concentração, memória e comportamento social.

Temos que levar em consideração o lado biológico do indivíduo, que por ventura não esteja preparado para absorver aquela informação.

 

De acordo com Jean Piaget (1987):

“O desenvolvimento cognitivo para Piaget, é o de equilibração, existiria uma interação entre o indivíduo e o meio, ligados com outros fatores  como experiências, genética , maturação biológica ,formando os esquemas , a assimilação, a acomodação e a adaptação.”

 

Também temos que levar em consideração a afetividade, pois por ventura, o mesmo nem tem afinidade com aquele professor. Com isso o indivíduo se sente retraído e consequentemente tendo dificuldades para aprender.

 

Segundo Snyders,1986

“A educação afetiva deveria ser a primeira preocupação dos educadores, porque é um elemento que condiciona o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva da criança.

E o amor não é contrário ao conhecimento podendo tornar-se lucidez, necessidade e alvo de aprender. Quando se ama o mundo ,esse amor ilumina e ajuda a revela-lo e a descobri-lo.”

 

O professor terá que despertar o desejo pelo saber em seu aluno, incentiva-lo a ler, escrever ,a ter um olhar diferente para o mundo , fazer com que ele compreenda que apenas pela educação que ele poderá mudar seu histórico de vida.

 

Segundo Luís de Miranda Correia (1991).

“Quanto a nós, embora possamos considerar um conjunto de factores, como são a motivação e auto-estima do aluno e o envolvimento dos pais, entre outros, será a qualidade do ensino ministrado que fará a diferença. A paciência , o apoio e o encorajamento prestado pelo professor serão com certeza os impulsionadores do sucesso escolar do aluno, abrindo – lhe novas perspectivas para o futuro.”

 

O docente terá que se atualizar e procurar melhor didática e metodologias param se adequar ao seu aluno. Podendo utilizar jogos, vídeos, músicas, rimas, cantigas, para utilizar no desenvolvimento de sua aula, fazendo com que a mesma fique mais prazerosa e proveitosa. A utilização de consciência fonológica irá fazer com que ocorram grandes evoluções, principalmente com aqueles alunos que tem mais dificuldade no processo de ensino-aprendizagem.

  • Conclusão

Em virtude dos fatos mencionados, podemos concluir que o professor tem que ter um olhar diferenciado para cada aluno, tentando entender o contexto histórico-social-cultural que cada um está inserido, para assim poder realizar o desenvolvimento do seu aluno.

Esclarecemos que existem diferenças entre a dificuldade e distúrbio de aprendizagem, que podem causar grandes complicações se não souber distinguir cada uma.

É imprescindível que todos se conscientizem, que aquele aluno que tem uma D.A tem que ter um acompanhamento diferenciado, com a realização de atividades que venha desenvolver aquela área onde ele está sentindo mais dificuldade.

Pestalozzi, “ressaltava a necessidade do educador fazer uma sondagem sistemática do interesse do educando , a fim de conhecer os interesses característicos de cada faixa etária e poder aproveitá-los na orientação do processo de aprendizagem”.

Portanto, o professor tem que motivar seus alunos, elaborar métodos que venham incentivar os mesmos, e essa motivação e estimulação deverá ocorrer durante todo período de aula e não somente no início.

Desta forma, concluiremos que cabe ao professor entender e procurar recursos que venha favorecer a aprendizagem do seu aluno, levando em consideração suas dificuldades , e lembrando dos obstáculos que terá durante todo o processo de aprendizagem.

Referências Bibliográficas

SISTO, F. F; CUNHA, C. A; MACHADO, F. Dificuldade de aprendizagem na escrita e o autoconceito no grupo de crianças. USF Universidade de São Francisco, UFU Universidade Federal de Uberlândia. Porto Alegre. dez. 2006.

Piaget, J. Seis estudos de Psicologia. Rio de Janeiro: Forense, 1987.

SYNDERS, Georges. A alegria na escola. São Paulo: Manole, 1998.

CORREIA, L. M; MARTINS, A. P. Dificuldade de aprendizagem: Que são? Como entendê-las?. Biblioteca Digital. Porto Editora.

[1] Graduanda em Pedagogia pela Faculdade de Estudos Sociais de Viana – FESAV.  Artigo publicado como avaliação na Disciplina de Didática I da Professora Doutora Monique Ferreira Monteiro Beltrão.2017