ÁgathaSthefanini Silva Ferreira

Deuzilene Santos Brito

RESUMO

Quando se falam em dificuldade de aprendizagem, vem em mente a incapacidade de realizar determinada atividade escolar. Portanto a escola deve propiciar o aluno os caminhos para que ele aprenda cada vez mais e possibilitando atuar criticamente na sociedade. O objetivo desse trabalho é analisar as dificuldades de aprendizagem no processo do desenvolvimento da leitura e escrita em turmas dos 5º anos do ensino Fundamental no Município de Uruará – Pará.A educação é direito de todos, entretanto as condições da vida humana, o controle social quanto aos aspectos formadores dos docentes, pois são essenciais e podem vir da indagação, das experiências, do compartilhar, da reflexão, do relacionamento interpessoal, da colaboração, do respeito, das atitudes, da competência, da interação abrangente e da sistematização dos saberes para um bom aprendizado.No procedimento metodológicoz\\será utilizada a abordagem qualitativa ebibliográfica.

Palavras-chave:Leitura. Escrita. Dificuldade. Aprendizagem.

INTRODUÇÃO

Inicialmente é necessário citar que escrever a ler, bem como se expressar é atos indispensáveis ao desenvolvimento do ser humano, no qual viabiliza as ações realizadas em busca de uma comunicação objetiva e clara. A necessidade da leitura e escrita vai muitomais alem em busca de conhecimento, é direito de todos ser humano. Pensando nisso e partindo do princípio de que a escola está dentro de um sistema democrático, garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Conforme a Constituição Federal, no Art. 208 o Ensino Fundamental é a etapa obrigatória da Educação Básica, sendo um direito público subjetivo, com oferta irregular a todos que a ele não tiveram acesso na idade própria, sem restrições, importando a responsabilidade da autoridade competente.

Segundo Brasil, 1996 no Art. 32 da LDB 9394/96, o Ensino Fundamental tem objetivo de:

I – Desenvolver a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno desenvolvimento da leitura, escrita e cálculo;

II – Compreender o ambiente natural e social do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III – Desenvolver a capacidade de aprendizagem tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV – Fortalecer vínculos familiares, laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.

Perante um mundo globalizado, percebe-se a variedade de textos que circulam na sociedade, são materiais de qualidade, estabelecidos e diversificados que geram objetivos e modalidades para a promoção interacionista. Acredita-se que não exista receita pronta para a leitura. O fator primordial é começar entendê-las da mesma forma que o modo de falar não incomoda a comunicação não atrapalhando o modo de entendimento. É através dos profissionais preocupados em mediação de conhecimentos que se enfoca para a mudança de ordem vigente. A escola tem sua cota contributiva para esse controle utilizando vários processos, uns mais outros menos sutis como a reprodução, a repetição, a segregação, o condicionamento, a repressão e a exclusão.

Ninguém escapa da educação, condição da vida humana, mas esta, presta-se ao controle social quanto aos aspectos formadores dos docentes, pois são essenciais e podem vir da indagação, das experiências, do compartilhar, da reflexão, do relacionamento interpessoal, da colaboração, do respeito, das atitudes, da competência, da interação abrangente e da sistematização dos saberes. Contudo, ainda se vê profissionais que atuam na educação ensinando práticas e manejos para se ler e escrever sem a preocupação com o novo que surge, seguindo apenas leis e contextos desde sempre utilizados, cometendo os mesmos erros.

Montessori (2008), conceitua o sistema educativo como a base da atividade independente onde “um indivíduo é o que é pelo que realiza por si próprio,” aplicando a percepção, intuição e cognição, para o desenvolvimento da personalidade.Ressalta que:

o primeiro passo da educação é prover a criança de um meio que lhe permita desenvolver as funções que lhes foram designadas pela natureza. Isso não significa que devemos contentá-la e deixá-la fazer tudo o que lhe agrada, mas nos dispor a colaborar com a ordem da natureza, com uma de suas leis, que quer que esse desenvolvimento se efetue por experiências próprias da criança. (MONTESSORIapudANTUNES, 2008)

Enfatizando a afirmação de Montessori, a criança aprende interagindo com o meio, passando pelas etapas construtivas da vida, mostrando-lhe os caminhos a serem seguidos, pois um depende do outro para a ocorrência da aprendizagem significativa.

Sabe-se que a letra, a fala e a expressão compõem um conjunto responsável e provedor de hábitos saudáveis, prazerosos, divertidos e lúdicos para crianças e adolescentes em desenvolvimento psicomotor e cognitivo, transformando-as em seres críticos, capazes de realizar peripécias ajustáveis ao convívio social.

A dificuldade na leitura e escrita é um grande problema nas escolas do nosso país, entretanto, cabe o professor que tenha bastante conhecimento no assunto e detectar o problema dentro da sala de aula. O mesmo precisa entender e compreender o desenvolvimento social, cognitiva e motora do aluno para que ele possa ter sucesso em seu conhecimento de aprendizado futura.Sampaio (2009 apud SISTO, 2004, p.107) coloca que os problemas de aprendizagem podem ser originados em razão de uma metodologia inadequada, privação cultural, método de alfabetização inadequada, falta de planejamento das atividades, má formação docente e falta de conhecimento da realidade cognitiva dos alunos.

Entretanto, este trabalho será execução na Escola Municipal de Ensino Fundamental Ângelo Debiase no município de Uruara\Pa, nas turmas do 5º ano matutino e vespertino, com objetivo principal de propiciar momentos de escrita, leitura e oralidade, através de práticas didáticas diferenciadas e lúdicas a fim de que os educandos participem e socializem suas experiências e conhecimentos quanto às atividades propostas no intuito de construir pontes para descobrir um mundo novo. No qual o projeto visa o encontro da escrita e da leitura como principais meios expedicionário de conhecimentos individuais e coletivos. Pois a intenção é oferecer subsídios aos profissionais da instituição, com estratégias realizáveis aos dois períodos de aula e que ao término da execução do mesmo, os educandos possa interagir, lendo e escrevendo.

Para obter-se este resultado, optou-se por Contação de histórias, exposição de fatos folclóricos, contos de fadas, fábulas, travas-língua, adivinhas, parlendas, filmes, dramatização com fantoches, leituras compartilhadas e gráficas, produção oral e escrita, instigando-os ao gosto pelo processo, sempre na busca incessante pela perfeição da linguagem gramatical e ortográfica.

Sabendo que a linguagem escrita segue os padrões gramaticais e a linguagem falada é espontânea, sem exigências de formalidade e que depende muito do meio cultural e social. De nada adianta aceitar crianças e suas especificidades em uma sala de aula se não oferecer-lhes instrumentos mediadores para enfrentarem situações em que não são aceitos pela reprodução comunicativa exigida no mundo além dos muros da escola. 

Entretanto, é preciso desde as séries iniciais ensinar o uso adequado da linguagem, destacando a oralidade e a escrita como práticas complementares, pois torna-se processos contínuos e relativos na construção e reconstrução de sentidos em relação ao que se vê, ouve e pensa. Neste sentido, o papel do professor é mostrar os meios relativos a tais processos de desenvolvimento e independência aos alunos para torná-los confiantes e desafiadores do aprender fazendo, seguindo a rotina prazerosa e original.

O ato de se criar uma abertura para o mundo é, que cada mergulho em um texto, emerge-se do universo interior e exterior à claridade dos temas. Ferreiro, 1985, diz que “é preciso compreender o que a escrita representa das palavras faladas e como vem criar essas representações”. Seguindo essa linha de pensamento, a criança constrói seu próprio conhecimento a partir da relação pessoa-objeto e frisa aos educadores uma revolução contextual sobre o que é alfabetizar; como compreender a concepção que se tem a oferecer a cerca da mesma; como identificar as dificuldades e necessidades das crianças; como seguir métodos lúdicos voltados ao interacionismo e como entender o processo da leitura e escrita, relacionando a convivência sócio-familiar na análise e na avaliação dos objetivos e metas previstas e inter-relacionadas com o meio.

Dentre os saberes contextualizados, as atividades lúdicas serão de grande valia à ao aluno na promoção de socialização e equilíbrio com o meio, trazendo afetividade pela diversão e humor, incorporados ao cotidiano, unindo “prazer e dever”, ofertando vantagens às crianças para lidar com seus limites do real ao imaginário, para aprender a respeitar as regras, para divertir, para socializar experiências, para atingir os objetivos propostos, para estimular o musical e o visual, melhorando o desempenho linguístico.

É nesse sentido que as crianças utilizam informações objetivas, como a brincadeira e o faz de conta para obter conhecimentos. Seguindo essa perspectiva, as escolas têm que se adequar às exigências da sociedade e encontrar tempo e espaço para fazer-se presente no mundo da leitura de cada criança, já dizia SOLÉ que em todos os níveis de escolaridade há de ler por ler, ler para si e sem outra finalidade que a de sentir o prazer de ler, pois a criança é ativa e desde cedo se relaciona com o meio.

Com a relação ensino-aprendizagem aprendido em sala de aula entre professor-aluno e vice-versa, cabe dizer que a criança é um ser que chega com suas experiências familiares e sociais para ser ampliadas no convívio escolar, através de uma reorganização de pensamentos e socialização. Na medida em que se reproduzem as condições da sociedade a que serve, econômica, social e cultural. A escola trabalha para obter o controle onde há diferentes níveis econômicos que prevalecem competição, autoritarismo, desrespeito a pessoa, a elite que produz o sistema e a massa que consome a cultura.

O ritual da escola consiste na repetição dos mesmos comportamentos, resultando na formação de indivíduos repletos de hábitos gerados pala ação de várias matérias e inúmeras classificações escolares, colocando os indivíduos com interesses comuns em campos opostos, um bem montado sistema de punições e recompensas, pois a educação está baseada no contexto social onde sociedade e educação deve andar junta.

O valor deve ser dado à criança para que mude seus conceitos sem impor condições sociais e culturais. Além de transmitir conhecimentos, a escola também deve estimular a criança a fazer algo proveitoso, como oferecer professores mediadores dos recursos não podendo em hipótese alguma privilegiar alguns, levando em conta a situação financeira, pois a aparência engana e as vezes uma criança pode ter tudo financeiramente e esta passando por graves problemas e aquele que é fraco de poder aquisitivo está relacionado na vida pessoal, e por essa e por outras manifestações que o controle sócio-cultural deve influenciar nos hábitos pessoais e não mudar o sistema como foi criado, tendo que levar a criança a aceitar a outra cultura dentro do seu contexto.

METODOLOGIA

Para realizar esse trabalho de forma satisfatória faz-se necessários duas utilizações de estudo; a bibliográfica e qualitativa. Utilizando as práticas inovadoras, que venha despertar o gosto de estar em uma sala de aula desfavorável à aprendizagem. Seguem algumas estratégias: Organização de recortes textuais variados; confecção de fichas, bingos e cartazes; execução de relatos vivenciados; promoção de ambientes lúdicos (jogos/brincadeiras/músicas/gincanas); leitura dramatizada; expressão corporal; pesquisas produção textual; socialização das atividades; questionário.

CONCLUSÃO

Perante relatos, as atividades propostas devem levar a criança a refletir e evoluir seus processos silábicos, pois a escola é o espaço e a fonte de formação e socialização, compromissos que serão concretizados e garantidos na medida em que a escola construa significância para o educando, de interação entre as experiências vividas dentro e fora da escola.

Entretanto, aprender a ler e escrever, tendo como objetivo o uso e as funções da escrita em diferentes contextos e a construção da compreensão é um processo pelo qual o professorado precisa entrar em consenso para avaliar suas próprias ações e transformar o ensino-aprendizagem a partir das respostas e dos produtos das crianças, levando em consideração suas especificidades, garantindo a inclusão, visto que, é direito de todos que aprendem juntos a construir em sala o respeito ao outro, a comunicação e ao diferente.

De modo geral, considera-se que a relação leitura-escrita faz parte do acompanhamento escolar e que basta apenas associar metodologias práticas aos conteúdos, trabalhando-os interdisciplinarmente para propiciar a aprendizagem adequada a cada faixa etária de nível de ensino, pois a criança como foi relatado, constrói seus conhecimentos sobre as coisas que o cerca, sobre as condições que realiza e sobre as orientações do professor, que ao longo do tempo, vai transformando, assim como o suporte lúdico possibilita de forma diferenciada e prazerosa a aprendizagem de ambos envolvidos.

Desde então, desenvolver a Ludicidade em sala de aula requer do professor todo um aparato de cuidados para abranger os conteúdos. Para isso, é preciso que o professor tenha disposição, capacidade de ouvir, de abrir espaços para a criação de novas regras, respeitando as individualidades, para então associar, mostrar e ensinar jogar sem fins competitivos, incentivá-los para aquisição de novos saberes.

Além de divertir, é agradável, é motivador, é possibilitador de habilidades mentais, cognitivas, racional e perceptiva. Contudo, sabe-se que a criança constrói sua identidade com a ajuda professor-família e que sem o intercambio de ambos e a falta de organização escolar, não há aquisição de conhecimento real dos conteúdos.

Nota-se que as práticas lúdicas interferem no aprendizado na sala e fora dela. E além de divertir, é agradável, é motivador, é possibilitador de habilidades mentais, cognitivas, racional e perceptiva. Contudo, sabe-se que a criança constrói sua identidade com a ajuda professor-família e que sem o intercâmbio de ambos e a falta de organização escolar, não há aquisição de conhecimento real dos conteúdos.

Diante desse fato, cabe-nos ser o agente transformador e colaborador desse projeto, planejando as aulas interdisciplinarmente, visando uma relação de confiança entre criança, Ludicidade e professor para enfrentar as mudanças com os objetivos facilitadores no processo de entendimento e desenvolvimento no cotidiano.

Diante desse fato, cabe-nos ser o agente transformador e colaborador desse projeto, planejando as aulas interdisciplinarmente, visando uma relação de confiança entre criança, Ludicidade e professor para enfrentar as mudanças com os objetivos facilitadores no processo de entendimento e desenvolvimento no cotidiano.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Celso, 1937- Piaget, Vygotsky, Paulo Freire e Maria Montessori em minha sala de aula / Celso Antunes. - São Paulo: Ciranda Cultural. 2008.- (Um olhar para educação).

BEISIEGEL, Celso de Rui. Paulo freire/ Celso de Rui Beisiegel (coleção educadores), 2010.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular para o Ensino Fundamental.Brasília:MEC/SEF, 1996.

FERREIRO, Emília -Psicogênese da língua escrita, 1985.

KRAMMER, Sônia -Escrita, experiência e formação, 2000.

IVIC, Ivan. Lev SemionovichVigotsky/ Ivan Ivic, Edgar Pereira Coelho, 2010- coleção educadores.

ROHRS, Hermann. Maria Montessori/ Hermann Rohrs; tradução Danilo Di Manno Almeida, Maria Leila Alves, 2010- coleção educadores.

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