Dificuldades de aprendizagem da língua Inglesa no I Ciclo do Ensino Secundário: 7ª, 8ª e 9ª classe

Autor: Alberto Mahúla Francisco (Msc.)

Mestre em Economia e Gestão de Educação, pela Northeast Normal University, Licienciado em Ciencia de Educaçao na especialidade de Pedagogia, Professor de careira desde 2005, leccionando a disciplina de Inglês no Ensino geral, Docente Universitário pelo Instituto Superior de Ciências de Educação do Uíge, professor do Primeiro Ciclo do Ensino Secundário, na Escola 1812 de Pambos de Sonhe, Município de Samba-Cajú, Província de Cuanza Norte.

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Resumo 

Esta pesquisa foi realizada com o propósito de buscar uma percepção mais cuidada e sistemática, sobre as dificuldades de aprendizagem da língua Inglesa no I Ciclo do Ensino Secundário: 7ª, 8ª e 9ª classe. Os dados foram colectados através das técnicas de observação e de busca bibliográfica. Participou na pesquisa professores e alunos que partilham conhecimentos referentes ao Inglês nas classes de 7ª, 8ª e 9ª. Na mesma participou professores de uma rica experiência de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa. Os resultados da pesquisa mostram que o défice de material didáctico específico para o ensino e aprendizagem do Inglês, baixo salário dos professores em geral, baixa qualidade na formação dos professores, pouca fluência oral na Língua Inglesa, a precariedade das escolas, pobreza extrema no meio ambiente familiar, etc. São as dificuldades mais pontuais observadas e vivenciadas pelos professores e alunos face ao processo de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa.

Palavras-chave: Dificuldades, aprendizagem, língua, Inglesa, Ensino.

  1. Introdução 

A língua inglesa a nível mundial deixou de ser um simples instrumento de comunicação, passando a assumir uma categoria de qualificação global, servindo de factor indispensável para a produção e desenvolvimento dos capitais: humano, financeiro e tecnológico.

A língua inglesa “é uma língua mundial da contemporaneidade”. É, a “língua de contacto entre povos de culturas diversas”. E, que usa uma “pedagogia intercultural” .

É, um recurso de capital importância para o desenvolvimento globalizado. Por isso, o Inglês é língua do comércio, da ciência, tecnologia, cultura e identidade social.

O Inglês é actualmente um determinante comutativo, se termos em conta a necessidade que se tem de unir cada vez mais os povos e as nações.

Com a língua inglesa, há maior probabilidade de identificar a diversidade cultural e construir uma unidade na diversidade social.

Assim, todo o desenvolvimento global é dinamizado através da língua inglesa. Por isso, a língua inglesa vem expressa nos livros do fórum internacional, é utilizada nas viagens de tradução internacional, no comércio, nas marcas de referência internacional. E, em todos os melhores programas do processo de ensino e aprendizagem.

O Inglês, é “utilizado a propósito de um conjunto de transformações socioeconómicas que vêm atravessando as sociedades contemporâneas em todos os cantos do mundo” (Campos & Canavezes, 2007, p. 1).

De facto, o inglês é hoje, a língua do amor oblativo. Neste contexto, pode-se admitir que tudo que é de bom é expressa em língua inglesa.

Apesar do interesse social que a língua inglesa detém a nível do mundo. E, do capítulo especial que vem vislumbrando no dia-a-dia das pessoas, empresas, incluindo na ciência, tecnologia, cultura e identidade, o Inglês ainda continua a ser ditado em alguns países do mundo, como sendo uma língua estrangeira.

Em Angola, por exemplo, o Inglês é uma língua estrangeira. É, considerada a língua dos Ingleses. Ou seja, o Inglês em Angola é definida como sendo a língua daquelas pessoas que nasceram na Inglaterra, Norte da América e aqueles Africanos nascidos nos países colonizados pelos ingleses.

Nesta óptica, nas escolas do ensino geral em Angola, o Inglês passa a ser uma simples língua de opção, nas classes da 7ª, 8ª, 9ª, incluindo as classes e níveis de ensino subsequentes: médio e ensino superior.

Por ser uma língua do ensino opcional, é escolhida sem muito interesse. E, em alguns casos, tem sido ensinada e aprendida sem o maior rigor, cujo, professores tendem a ser recrutados sem maior nível de qualidade, os horários de ensino e aprendizagem da língua inglesa não apresentam um privilégio para o professor e o aluno.

Em algumas escolas, o horário de ensino da língua inglesa vem desenhado em dois (2) à três (3) dias por semana. E, casos mais ridículos, os tempos para o ensino de Inglês, aparecem no fim do horário obrigatório, isto é, quarto (4º) à sexta 6º tempo consecutivamente.

  1. Dificuldade do ensino e aprendizagem da Língua inglesa

“Diversas são as dificuldades enfrentadas por professores e alunos em sala de aula de língua estrangeira e por isso faz-se necessário aprofundar no conhecimento das questões relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem de línguas” .

As dificuldades do ensino e aprendizagem da língua inglesa, servem de um impasse para o desenvolvimento cognitivo, globalização e extensão do ensino em todos os níveis.

Por isso, o estudo descritivo e a compreensão profunda deste problema exigem uma possibilidade de entrosamento do cunho de interdisciplinaridade e radicalidade do caso. Pois, trata-se de um assunto de interesse global, isto é, se termos em conta o direito que cada ser humano tem de comunicar e ser ouvido a nível global. E, a comunicação nos dias de hoje impõe as seguintes condições:

  • Aprender a usar correctamente pelo menos uma língua do nível internacional
  • Saber ouvir de forma global
  • Ser ouvido de modo global e integral

Como não bastasse, o desenvolvimento actual, exige que as pessoas aprendam a pensar de forma global e agir do modo local. Ou seja, as exigências do mundo globalizado, impõe que o homem aprenda a perceber o mundo na sua dimensão internacional, considerando que só percebendo o meio ambiente global é que se pode entender as partes que compõe o universo.

Assim, para pensar de forma global e agir de modo local, o ser humano usa a linguagem como meio de exprimir o pensamento e língua inglesa como instrumento de comunicação e de expressão oral ouvida ao nível internacional. Neste caso, para perceber o meio ambiente globalizado, é indispensável que se tenha um conhecimento mais sistematizado, sobre a língua inglesa como recurso capital para exprimir o pensamento globalizado.

O pensamento globalizado vem geralmente expresso nos recursos tecnológicos e maquinas simples, tais como: computador, meios de transportes, meios de comunicação, etc.

É, aprendo de forma melhorada a língua Inglesa que se pode desmistificar o segredo omisso nos meios tecnológicos, incluindo o capital financeiro. Por outro lado, o desenvolvimento económico, cultural e social, não se processa por meio de língua minoritária, isto é, línguas faladas por uma minoria populacional.

Assim, para primar no desenvolvimento económico e pensar colocar-se ao nível do pensamento inteligente globalizado, é necessário unir as intenções do saber, saber ser e saber fazer útil para mitigar as dificuldades no processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa.

  1. Existe dificuldades em ensinar e aprender a língua inglesa?

“O processo de ensino e aprendizagem desta disciplina tem enfrentado diversas dificuldades” (De Souza & Santana, 2020, p. 2). Há, de facto muitas dificuldades em ensinar e aprender a língua inglesa.  

Dentre as variadinhas dificuldade encontradas no processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, temos as seguintes:

  • Dificuldades do nível cultural das famílias

No nível cultural, a língua assume um pólo de identidade, onde o desenvolvimento cognitivo das pessoas é guiado através da língua. Por isso, na psicologia do desenvolvimento humano, a língua é um instrumento basilar para a construção da vida cognitiva e do caminho dialéctico do conhecimento.

Neste contexto, a língua faz parte dos elementos da psicologia e pedagogia diferencial, onde as diferenças podem ser expressas pelo meio da expressão oral, escrita e simbólica.

Assim, dentro das famílias, a língua inglesa aparece como o meio de diferença entre os membros da família, onde aquela pessoa que fala Inglês, é tida como sendo estranho, ou seja, passa a ser um par fora do conjunto.

E, deste modo, define-se o Inglês como sendo uma língua estrangeira. E, quem fala Inglês é de facto um estrangeiro colocado no núcleo familiar.

  • Dificuldades do nível didáctico

No nível didáctico, “o ensino da língua inglesa na escola pública é visto como deficiente e precário pela falta de interesse da maioria dos alunos pela disciplina”  (De Souza & Santana, 2020, p. 2) .

O processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, tem um carácter activo e interactivo. Por isso, exige o uso de recursos didácticos do carácter dinâmico e interactivo.

Os recursos didácticos no ensino da língua inglesa, devem colocar em interacção imediata entre o professor e aluno, todos unidos na diversidade.

Enquanto se ensina e aprende-se a língua inglesa; o professor e o aluno devem encontrar nesta interacção didáctica a possibilidade de desenvolver as capacidades de comunicação, audição e visão. Isto, implica dizer que ao ensinar ou aprender a língua inglesa, deve-se saber falar (pronunciar bem os vocábulos), articular bem as palavras e obedecer o léxico Inglês.

Por isso, a sala de aula onde se ensina e se aprende a língua inglesa, deve ser equipada com recursos de ensino de aplicação do saber dinâmico, tais como: Televisão, electroprodutora, rádio gravador, reprodutor de som, cartaz, mapas, incluindo laboratório de línguas, etc.

A falta ou seja o défice de recursos didácticos activos, inviabiliza o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa em varias escolas do primeiro Ciclo do ensino secundário: 7ª, 8ª e 9ª classe.

  • Dificuldades do meio ambiente comunitário e económico

No meio ambiente comunitário há dificuldades para aprender o Inglês da melhor maneira possível, visto que as comunidades têm dificuldades do nível de base, tais como: alimentação, habitação condigna, saúde, agua, etc. Como não bastasse, a aprendizagem nas comunidades, tem a condição económica e financeira, como sendo o ponto mais fraco.

Pelo que os alunos têm limitações para aprender de forma condigna e qualitativa, pois, o défice nos materiais didácticos, constitui uma arte de quebra cabeça.

Assim, os professores e alunos usam material didáctico inapropriado para a óptima aprendizagem da língua inglesa.

  1. A Língua inglesa no ápice da globalização do ensino

Após a guerra fria, surge uma nova era estabelecida pela ampliação do capitalismo, fazendo com que os sistemas de ensino, comunicação e transporte avancem gradativamente. Esta nova ordem é conceituada por muitos autores como ‘aldeia global’ para referir-se a globalização, já que este fenómeno não se limita apenas aos planos políticos e económicos, mas também nos aspectos culturais .

O ensino da língua inglesa universalizou-se no sentido de unir os povos e as nações. Obviamente que durante muito tempo, as sociedades viveram bastantes desavindas, e sobretudo desarticuladas, pois, cada povo, e cada nação sentia-se forte e seguro dentro do seu egoísmo cultural.

Dentro do egoísmo cultural, as pessoas viviam preocupadas com a protecção da sua identidade pessoal e cultural, mostrando que a única riqueza de um povo está nas suas raízes culturais.

Na verdade, só no principio do século XIX e nos vislumbrar dos outros séculos subsequentes: séculos XX e XXI que o homem passou a ganhar a consciência desenvolvimentista, achando a necessidade de viver numa inteira unidade na diversidade.

É, este principio da unidade na diversidade que levou as mentes activas, a entenderem a dialéctica da vida em comunidade, onde uma sociedade, ou um determinado grupo social. E, pessoas de forma singular, devem manter e viver de forma equidistante.

A equidistância define a razão pelo qual, neste universo, nenhuma cultura é superior que a outra. E, nenhum povo, e nenhuma nação, é tão sabia ou inferior em relação ao outrem.

A vida em sociedade ficou definida como sendo um sistema de cooperação, onde, o prólogo da existência é testemunhado pela prática do bem. E, o bem social está nos actos de ajuda de um povo para o outro.

Por outro, percebeu-se que no universo, apesar das diferenças da cor, modo de pensar e de agir entre os homens, só existe neste mundo uma e única raça: a raça humana. Logo, se todos os homens pertencem apenas a única raça, então, o universo perde a lógica de viver separado uns dos outros. Deste modo há a razão de existir hoje, o fenómeno globalização, onde o mundo vive os mesmos problemas e mesmas consequências.

Na globalização, o mundo na sua dimensão universal, passa ser uma e única aldeia global. E, para os homens viverem num mundo globalizado, é indispensável que haja um instrumento de identidade e de unidade na diversidade. Este instrumento que une o mundo na sua diversidade é a língua inglesa que deve ser estudada, lida, compreendida, falada e interpretada todo o seu conjunto de signos.

Assim, o Inglês é a língua da aldeia global. E, da identidade da pessoa humana globalizada.

  1. Globalização do ensino

A sociedade global tem discutido intensamente dois importantes desafios: inovação e sustentabilidade. Ambos são aspectos estratégicos para melhor distribuição de riquezas, entretanto, para possibilitar que habitantes do planeta possam satisfazer os Desafios da Educação num Mundo Globalizado e sem Fronteiras suas necessidades sem comprometer as necessidades das futuras gerações, há que se promover significativas mudanças comportamentais que somente podem acontecer a partir de um novo paradigma educacional e de ensino (Rodrigues, Luiza da Silva, Lopes, & Diniz, 2014).

A globalização do ensino é um bem de natureza universal, cujo, instrumento de comunicação e de exteriorização do pensamento é a língua inglesa. É, um direito universal que dá a garantia de cada ser humano aprender e a ensinar a ler e interpretar o mundo, tirando dele o proveito possível para servir a humanidade.

Por meio do ensino globalizado, transmite-se a herança cultural há todas as nações. E, daqui, surge algumas razoes, pelo qual o ensino deve ser de qualidade e optimizado em todos os ciclos, níveis e classes.

Dentre, as várias razões de relevância qualitativa do ensino globalizado, temos as seguintes:

  • O homem é uma riqueza universal

Actualmente, o homem formado constitui a maior riqueza do universo, pois, uma pessoa bem-educada, formada e moralizada, torna-se um capital humano dotado de conhecimentos sólidos, habilidades, competências, capacidades e experiências acumuladas e desenvolvidas para transformar o mundo num lugar melhor para se viver.

Por isso, o mundo na sua forma universal, age, compete não sumamente pela quantidade de dinheiro que os bancos acumulam, pelos minérios que o solo e o seu subsolo detêm. O mundo já não compete através das casas bonitas, máquinas, ou qualquer outro bem material.

Hoje o mundo age, compete e locomove-se pela quantidade do capital humano que possui.

É, de sublinhar que não basta ser pessoa para ser chamado capital humano. Pois, chama-se capital humano a aquela pessoa que tem conhecimentos sistematizados e sólidos; aquela pessoa que ao longo da sua formação acumulou experiencias, desenvolveu habilidade e capacidades úteis para criar alguma nova, inovar e organizar o meio ambiente social.

O capital humano é a pessoa formada para servir a humanidade. É, ser humano devidamente preparado para transformar o meio ambiente natural, sem toda via causar danos entre os seres vivos neste universo.

E, Isto quer dizer que um ser humano movido por ilusão, egoísmo e ambições desmedidas, por mais que exiba diploma, certificados de níveis superiores: Doutorado, pós Doutorado. Ou mais que use roupas de alto valor, carros e outros bens de caris fabulosos, isto não o qualifique como capital humano. Isto, unicamente serve para inspirar medo. E, este tipo de homem não constitui a maior riqueza do universo, na medida em que esta pessoa, não teve uma educação de qualidade e que lhe deveria transformar em capital humano útil para o bem comum.

  • Colocar a ciência, cultura e a tecnologia ao serviço da humanidade

A ciência, cultura e tecnologia, constituem as principais máquinas que comovem a globalização.

Assim, sob a luz da globalização, orienta-se que o ser humano possa ser bem formado através de um ensino de qualidade. E, que satisfaça as exigências do mundo globalizado e de constante mutação.

No ensino globalizado, a ciência tem uma abordagem de carácter universal. Por isso, os métodos de ensino, as técnicas, princípios e regras do ensino na era da globalização, devem fundarem-se no respeito a personalidade humana. E, nos princípios do direito universal que pressupõe o respeito a vida, educação de qualidade, justiça, saúde e bem-estar para todos.

E, a personalidade humana neste sentido é definida como sendo a soma ou total das qualidades humanas hereditárias e as adquiridas de forma universal através de recursos tecnológicos: televisão, computador internet e outros meios úteis para definir, o homem dentro da sua própria cultura humana.

  • O homem por natureza universal é egoísta

O ensino globalizado reconhece que o homem por natureza é um ser egoísta que vive no seu narcisismo, defendo e exigindo seus direitos e interesses.

Por natureza egoísta o homem não gosta de trabalhar. Nunca seria opção do homem ser útil para servir. Mas, que na verdade o homem gosta de ser servido, receber do outro e não para dar.

Naturalmente o homem está preparado para consumir e não para produção. Por isso, deve ter uma educação que seja de qualidade, a fim de transforma-lo em capital humano, capaz de dedicar em prol da realização feliz do outrem.

Assim, é a educação em valores que molda o homem, chegando ao ponto de salva-lo do seu próprio egoísmo.

Por isso, o ensino globalizado é fundado em valores inalienáveis: amor, justiça, trabalho, solidariedade, etc. Pelo que podemos admitir que sem o ensino de qualidade, o homem torna-se o mesmo de natureza egoísta em todos os tempos, espaços e momentos da vida.

  1. Língua Inglesa na dimensão internacional

Na dimensão internacional, “não há como refutar” a possibilidade segundo o qual o Inglês constitui uma “condição de língua mundial de comunicação dos tempos actuais”. De facto, “com o corrente processo de globalização, a partir do qual, na visão de Kumaravadivelu (2006), vivenciamos, cada vez mais, a diminuição das distâncias espacial e temporal, assim como o desaparecimento das fronteiras, o idioma, experimentando a sua quarta diáspora” (Siqueira, 2015, p. 3).

Assim, no contexto internacional, a língua inglesa, “é um instrumento de trocas, de ideias, na mesma medida em que a moeda o é, para as mercadorias” (Das Neves, 2008, p. 3).

Assim, a língua inglesa tem vindo a adquirir o estatuto de primeira língua na comunicação mundial: na comunidade negocial, nas tecnologias globais de informação, na ciência e na divulgação científica, de entre outras.

  1. Dificuldades pontuais face a aprendizagem escolar do Inglês

O ensino e a aprendizagem da língua inglesa encontra-se encerrado num circulo de dificuldades, pontuais, tais como:

  • Défice na formação de professores

A formação do professor de língua inglesa, apresenta um défice que leva a qualidade do ensino e aprendizagem deste valioso instrumento de comunicação ao caos.

  • O maior número de alunos nas salas de aula

Actualmente, a construção das escolas não obedece os ditames estabelecidos dentro dos níveis do crescimento demográfico, assim, como a distribuição e a localização da população.

E, como consequência, tem-se escola, cuja, as classes são geralmente constituídas por mais de 45-70 alunos. Isto dificulta a óptima perícia pedagógica do professor. pois, as salas de aula abarrotadas de alunos, dificultam o controlo e a orientação da aprendizagem dos alunos.

Assim, muitos professores de língua inglesa, não conseguem acompanhar o desenvolvimento da língua dos alunos.

  • Défice de material didáctico

Geralmente as escolas têm dificuldades no fornecimento do material didáctico para o ensino e aprendizagem da língua inglesa. Assim, os professores, apesar de algum défice que estes apresentam, no ponto de vista didáctico, não conseguem planificar, pesquisar, e organizar os conteúdos de ensino da língua inglesa.

  • Desinteresse dos alunos na aprendizagem da língua inglesa

Muitos alunos desinteressam-se em aprender o inglês, mostrando-se serem menos disponíveis em aprender uma segunda ou terceira língua.

 

  1. Metodologia

Esta pesquisa foi realizada através do emprego de uma metodologia qualitativa apoiada pelas técnicas de observação e bibliográfica.

A escolha desta metodologia, consistiu em identificar e viver de modo natural, as dificuldades vivenciadas pelos professores, no contexto de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa.

A observação foi feita de modo participativo, tendo por fim a aquisição directa de uma noção mais pormenorizada e sistematizada, sobre os moldes como os alunos da 7ª, 8ª e 9ª, têm aprendido a língua inglesa. E, estudar de modo natural os níveis de motivação para a aprendizagem do Inglês na sala de aula do Primeiro Ciclo do Ensino Secundário: 7ª, 8ª e 9ª classe respectivamente.

Durante a observação foi possível notar o nível de carência didáctica que os professores e alunos vivem no seu dia-a-dia didáctico.

Assim, a técnica bibliográfica exerceu um papel de busca sistemática de conhecimentos apropriados para fundamentar teoricamente os dados colectados por meio da observação participativa.

Por meio da técnica bibliografia, foi possível discutir de forma científica com os outros autores, cujo, seu saber é reconhecimento pelo interesse deles dispensado nos estudos sobre a língua inglesa no primeiro ciclo do ensino secundário: 7ª, 8ª e 9ª. Todas as abordagens pedagógicas e didáctica empregue pelos professores e alunos nas suas aulas de língua inglesa, foram sistematicamente descrito e fundamentadas através de uma bibliografia diversifica.

O uso das duas técnicas de pesquisa: observação e bibliográfica, permitiu garantir maior consistência nos resultados. E, isto, guiou-nos fazer discussão e análise dos resultados da pesquisa, até atingir ao nível de aceitação da linguagem lógica deste estudo.

E, este nível de aceitação dos resultados, coerência e consistência, permitiu tirar as ilações de conclusão de forma sucinta, permitindo, assim, elaborar as sugestões que serviram de contribuição do autor sobre o problema identificado dentro do processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa nas classes de 7ª, 8ª e 9ª.

Deste modo, os resultados desta pesquisa, incluindo as sugestões, servem de apoio sistemático útil para a melhoria do ensino e aprendizagem do Inglês como língua internacional e de unidade intercultural.

E, servem de guia de orientação para as futuras pesquisas no mesmo campo de estudo.

 

  1. Resultados da pesquisa

Os resultados desta pesquisa mostra que os professores e alunos, enfrentam varias dificuldades para ensinar e aprender a língua inglesa.

Dentre as dificuldades vivenciadas no processo de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa, nas escolas do Primeiro Ciclo de Ensino Secundário: 7ª, 8ª e 9ª, as mais pontuais são: baixa qualidade na formação de professores, falta de material de ensino para Língua Inglesa, o pouco tempo disponibilizado no horário escolar, a pobreza extrema vivenciada nas comunidades; baixa condição económico-financeira dos professores, etc. E, problemas do nível de cultura e identidade.

  1. Analise e discussão dos resultados 

A análise e a discussão dos resultados deste estudo, mostram uma certa precariedade nas condições didácticas disponíveis na escola para o ensino e aprendizagem da Língua Inglesa.

Assim:

  • Baixa qualidade na formação de professores e falta de fluência da língua inglesa 

Há problemas sérios na formação profissional dos professores. Assim, os alunos estão sendo ensinados por quem não obteve uma formação de qualidade na língua inglesa.

Esta baixa qualidade e falta de fluência na língua inglesa por parte de muitos professores, leva o ensino e aprendizagem do Inglês ao caos. E, este caos não está restrita apenas ao ensino processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, nem somente nas classes de 7ª, 8ª e 9ª das escolas públicas. Os problemas também ocorrem com outras disciplinas. E, em diversas escolas de Angola, incluindo nas escolas privadas.

  • O pouco tempo disponibilizado no horário escolar para ensinar Inglês 

Os professores do ensino geral são bastantes sub-carregados de horários de ensino, onde o professor de inglês lecciona no mínimo duas disciplinas que por vezes lhe obrigam a ocupar-se em preparar aulas para outras disciplinas, subdelegando o plano de estudo e de planificação das aulas de Inglês para o segundo momento ou seja, assim que seja possível.

E, no mínimo, o Inglês tem dois (2) à três (3) tempos por sema. E, que por muitas das vives colocados no 3º, 4º, 5º e 6º tempo.

 Assim, a elevada carga horária dos professores (em geral) dificulta nos níveis de preparação didáctica das suas respectivas aulas. Pelo que pode-se observar o baixo rendimento estudantil e a baixa qualidade de ensino em todos os níveis e ciclos de ensino escolar.

Deste modo, é importante que os gestores dos sistemas de educação e ensino, que busquem uma visão mais unânime para a revisão dos procedimentos na distribuição dos horários, visto que o professor de Inglês precisa de tempo para estudar, qualificar-se e participar de cursos de aperfeiçoamento e melhoria didáctica.

  • Défice do material didáctico para ensino e aprendizagem da Língua e Inglesa

As dificuldades para ensinar e aprender a Língua Inglesa têm causas claramente deificada, partindo na forma arquitectónica como se projecto e se constrói uma escola.

É, de observar que as salas de aula em geral apresentam uma forma tradicional que não ajuda o uso de recursos de ensino, tais como: computador, rádio, retroprojector, etc.

Esta forma tradicional de conceber e construir as escolas, devem ser substituídas por uma infra-estrutura escolar de salas de disciplina científica específica, em que o aluno vai ao ambiente do professor, servindo de um verdadeiro discípulo no campo de ensino.

E, as salas de aula devem ser devidamente equipadas com mídias digitais modernas, traduzindo em realidade o “projecto professores para o século” 21[i].

  • Baixo salário e elevada carga horária 

Os baixos salários e a elevada carga horária dos professores (em geral), dificultam os êxitos do processo de ensino e aprendizagem, traduzindo os sistemas de ensino num meio constrangedor e catastrófico, onde o professor é chamado unicamente a cumprir o programa curricular e marcar a presença na escola com a obrigatoriedade de fazer a assinatura do livro de ponto.

  • Pobreza extrema: falta e abandono escolar

A pobreza é um dos problemas que afeita do desenvolvimento social em todos os níveis. Pois, onde há pobreza vive-se todas as crises, principalmente as doenças tais como: cólera, malária diarreia, vómitos, etc.

E, isto tem provocado excessos de falta, abandono escolar e baixo aproveitamento escolar.

No geral as famílias pobres têm pouca preocupação de viver no futuro. Há nas famílias viventes em pobreza extrema, imediatismo. Por isso, para elas vale mais buscar alimentos na lavra para a sobrevivência, visto que sobrevivendo, vê-se o amanha chegar.

Assim, os alunos classes da 7ª, 8ª e 9ª classe, são constantemente levados a lavra pelos seus pais e encarregados de educação, preferindo até certa medida abandonar os estudos. E, a aprendizagem da língua inglesa em particular, pois, o pobre não tem noção da utilidade do Inglês.

Dado ao índice de dificuldades observados e vivenciadas pelos professores e alunos das classes da 7ª, 8ª e 9ª classe, pode-se crer que há muita precariedade em termos de aprender e ensinar em Inglês. Pelo que se pode reconhecer que isto, impede o processo de globalização e internacionalização do ensino.

  1. Conclusões 
  • Há, várias dificuldades que impedem o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa;
  • A elevada carga horária atribuída ao professor de Inglês, baixo salário, pobreza extrema nas famílias, défice de material didáctico específico para ensino e aprendizagem da língua inglesa, foram concebidos, como sendo as dificuldades mais pontuais que impedem os bons êxitos do ensino e aprendizagem do Inglês.
  • A baixa qualidade na formação do professor e a pouca fluência oral do inglês, são dificuldades eminentes vivenciadas no seio dos professores e alunos;
  • A tipologia tradicional das escolas de hoje, afeita bastante o ensino da Língua inglesa.
  1. Sugestões 
  • Que o estado e seus colaboradores fossem mais compassivos para compreenderem e ultrapassar as várias dificuldades que impedem o processo de ensino e aprendizagem da língua inglesa, fossem;
  • Que os gestores da educação possam reduzir a elevada carga horária atribuída ao professor de Inglês;
  • E, que fossem combatido com acções praticas a pobreza extrema nas famílias, défice de material didáctico específico para ensino e aprendizagem da língua inglesa, por serem as dificuldades mais pontuais que impedem os bons êxitos do ensino e aprendizagem do Inglês;
  • Que o estado possa melhorar o salário do professor em geral com prémios e subsídios;
  • Que seja melhorada a qualidade na formação do professor;
  • Que os prémios e subsídios do professor de inglês fossem atribuídos ao professor, a fim de passar férias e procurar intercambiar com os outros professores dos países de língua inglesa.
  • Que o Estado e seus colaboradores, parassem de construir escolas de tipologia tradicional, optando uma arquitectura mais moderna, racional e que aproxima o ensino na era da globalização.

Bibliografia

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Das Neves, S. R. (2008). A língua inglesa nas empresas: esta satisfaz todas as necessidades de comunicação internacional? (p. 97). Universidade de Aveiro.

De Paula, L. G. (2015). DIFICULDADES INERENTES AO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA: CONTRIBUIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE LÍNGUAS. Vol. 11, p. 9.

De Souza, D. S., & Santana, C. M. (1 de Março de 2020). Dificuldade da aprendizagem na disciplina Língua Inglesae sua relação com ambiênte familiar no colegio estadual São Vicente de Paulo. Obtido em 29 de Junho de 2022, de Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/disciplina-lingua-inglesa: Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/disciplina-lingua-inglesa

Nascimento, L. V., Costa de Almeida, S. P., & Oliveira da Silva, G. P. (2022). Globalização enquanto temática do ensino. (V. CONEDU, Ed.)

Rodrigues, G. M., Luiza da Silva, C., Lopes, G. A., & Diniz, J. J. (2014). Desafios da educação num mundo globalizado e sem. (C. ABMES, Ed.) Brasil, Brasília: Cecília Eugenia Rocha Horta, organizadora. – .

Siqueira, D. S. (1 de JANEIRO de 2015). INGLÊS COMO LÍNGUA INTERNACIONAL: POR UMA PEDAGOGIA INTERCULTURAL CRÍTICA. (D. S. Siqueira, Ed.) ENGLISH AS AN INTERNATIONAL LANGUAGE: FOR A CRITICAL INTERCULTURAL PEDAGOGY , p. 27.

Siqueira, S. (1 de Dezembro de 2015). Inglês como lingua Internacional: Por uma Pedagogia Intercultural Crítica. (E. L. literario, Ed.) ENGLISH AS AN INTERNATIONAL LANGUAGE: : FOR A CRITICAL INTERCULTURAL PEDAGOGY , p. 27.[i] Fonte: Agência Câmara de Notícias