PIAGET

VIGOTSKY

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Concepção de

desenvolvimento

utilizada por

Piaget e Vygotsky

 

 

 

- Para Piaget, o referencial construtivista e o onhecimento se dá a partir da ação do ujeito sobre a realidade sendo o sujeito considerado ativo;

- Piaget enfoca um desenvolvimento

infantil anistórico, isso no sentido de que os aspectos

biológicos determinavam esse desenvolvimento.

- Piaget privilegia a maturação biológica.

- Piaget, por aceitar que os fatores internos preponderam sobre os externos, postula que o desenvolvimento segue uma seqüência fixa e universal de estágios.

- Piaget acredita que os conhecimentos são elaborados espontaneamente pela criança, de acordo com o estágio de desenvolvimento em que esta se encontra. A visão particular e peculiar (egocêntrica) que as crianças mantêm sobre o mundo vai, progressivamente, aproximando-se da concepção dos adultos: torna-se socializada, objetiva.

- Para Vigotsky, esse mesmo sujeito não é apenas ativo, mas interativo, porque constitui conhecimentos e se constitui a partir de relações intra e interpessoais.

- Para Vygotsky o desenvolvimento humano é sócio-histórico, ou

seja, que, nesse caso, as características da infância mudariam de

acordo com a cultura e o momento histórico.

- Embora Vygotsky enfatize o papel da intervenção no desenvolvimento, seu objetivo é trabalhar com a importância do meio cultural e das relações entre os indivíduos na definição de um percurso de

desenvolvimento da pessoa humana, e não propor uma pedagogia diretiva, autoritária.

- Vygotsky, privilegia o ambiente social.

- Vygotsky, ao salientar o ambiente social em que a criança nasceu, reconhece que, em se variando esse ambiente, o desenvolvimento também variará. Neste sentido, não se pode aceitar uma visão única, universal, de desenvolvimento humano.

- Vygotsky discorda de que a construção do conhecimento proceda do individual para o social. Em seu entender a criança já nasce num mundo social e, desde o nascimento, vai formando uma visão desse mundo através da interação com adultos ou crianças mais experientes. A construção do real é, então, mediada pelo interpessoal antes de ser internalizada pela criança. Desta forma, procede-se do social para o individual, ao longo do desenvolvimento

 

Como é vista

aprendizagem

por Piaget e

Vygotsky? Qual

perspectiva

adotam?

 

-Enquanto para Piaget a aprendizagem depende do estágio de desenvolvimento atingido pelo sujeito;

- Piaget acredita que a aprendizagem subordina-se ao desenvolvimento e tem pouco impacto sobre ele. Com isso, ele minimiza o papel da interação social.

- Para Piaget, a aprendizagem se dá através dos processos de assimilação, acomodação e os esquemas.

  -Para Vigotsky, a aprendizagem favorece o desenvolvimento das funções mentais;

-Muito embora a aprendizagem que ocorre antes da chegada da criança à escola seja importante para o seu desenvolvimento, Vigotsky atribui um valor significativo à aprendizagem escolar que, no seu dizer, "produz algo fundamentalmente novo no desenvolvimento da criança".

- Vygotsky postula que desenvolvimento e aprendizagem são processos que se influenciam reciprocamente, de modo que, quanto mais aprendizagem, mais desenvolvimento.

Quais as

características

da primeira

infância?

(Plano Físico,

emocional e

cognitivo)

As principais características observáveis durante essa fase, que vai aproximadamente até os dois anos de idade da criança são:

a exploração manual e visual do ambiente;

a experiência obtida com ações, a imitação;

a inteligência prática (através de ações);

ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar;

a coordenação das ações irá proporcionar o surgimento do pensamento;

a centralização no próprio corpo;

a noção de permanência do objeto;

Pode-se dizer que no Período Sensório-motor a criança conquista, através da percepção e dos movimentos, o universo imediato que a cerca. Ela descobre que, se puxar a toalha da mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta do suporte).

Quais as

características

da segunda

infância? (Plano

Físico, emocional

e cognitivo) 

O segundo estágio de desenvolvimento considerado por Piaget é o estágio pré-operatório, que coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os sete anos, em média.

Nesse período, as características mais importantes são:

inteligência simbólica;

o pensamento egocênctrico, intuitivo e mágico;

a centração (apenas um aspecto de determinada situação é considerado);

a confusão entre aparência e realidade;

ausência da noção de reversibilidade;

o raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações parecidas);

a característica do animismo (vida a seres inanimados).

os cinco aspectos mais importantes do pensamento neste estágio são: Egocentrismo, Dificuldades de transformação, Reversibilidade, Não conservação.

Pré-raciocínio lógico.

1 – Inicia imagem mental → memória de reconhecimento dá lugar a memória de evocação (nomes de coisas e pessoas que ela conhece)

2 – Linguagem → criança grava a imagem das coisas com nome → simbolismo linguagem → gestos, linguagem, brincar de faz-de-conta ou jogo simbólico

3 - acontecimentos do pré-operatório:

interiorizar a palavra

socialização da ação – brinca sozinha mas a dois sem interação

desenvolve a intuição – interiorização da ação, antes perceptiva-motora, passa ao plano intuitivo das imagens e experiências mentais.

Outras características:

Intuição – conhecimento que se obtém pela percepção imediata buscada na aparência do objeto.

Imitação diferida – imitação na ausência do objeto imitado. Indica a formação de imagem mental

Ludicidade – o não comprometimento com a verdade.

Pensamento egocêntrico – sua percepção como centro. Só entende a relação numa direção (em relação a ela).

ASSIMILAÇÃO DEFORMANTE DA REALIDADE → a criança não pensa o pensamento lógico e sim, brinca com a realidade.

O pensamento egocêntrico ou intuitivo têm várias características:

justaposição – colocar coisas lado a lado sem conexão lógica

transdutivo – vai do particular para o particular

sincretismo – misturar conceitos de referenciais diferentes

ausência de reversibilidade

Quais as

características

da terceira

infância? (Plano

Físico, emocional

e cognitivo) 

No estágio operatório concreto, que dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, a criança começa a utilizar conceitos como os números e relações. Esse estágio passa a manifestar-se de modo mais evidente o que coincide (ou deve coincidir) com o início da escolarização formal é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela habilidade de solucionar problemas concretos. Neste momento, o declínio no egocentrismo passa a ser mais visível. O declínio do egocentrismo se entende a linguagem que se torna mais socializada, e a criança será capaz de levar em conta o ponto de vista do outro, assim objetos e pessoas passam a ser mais bem explorados nas interações das crianças.

Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se mais estável;

Surge a capacidade de fazer análises lógicas;

Declina o egocentrismo, ou seja, dá-se um aumento da empatia com os sentimentos e as atitudes dos outros;

Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de ordenar uma série de objetos por tamanhos e de comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas ainda não é capaz de compreender a propriedade transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo A é maior que C). No início deste estágio a criança já é capaz de compreender a propriedade transitiva, desde que aplicada a objetos concretos que ela tenha visto;

Começa sucessivamente a compreender a conservação das quantidades, do peso e do volume, etc.

Neste estágio, também algumas características das crianças começam a ser aprimoradas, como por exemplo: se concentram mais nas atividades, colaboram mais com os colegas, apresentam responsabilidade e respeito mútuo e participações em grupo.

No estágio operacional abstrato – desenvolvido a partir dos 12 anos de idade em média – o adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional. As deduções lógicas podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos. Aprende a criar conceitos e ideias.

Diferente do período anterior, agora o adolescente tem o pensamento formal abstrato. Ele não necessita mais de manipulação ou referência concreta. No lado social a vida em grupo é um aspecto significativo junto com o planejamento de ações coletivas. Reflete sobre a sociedade e quer transformá-la, mais tarde vem o equilíbrio entre pensamento e realidade.

O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante aspecto apresentado nessa fase de desenvolvimento, pois o ser humano passa a criar hipóteses para tentar explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para o "poderia ser".

As bases do pensamento científico aparecem nessa etapa do desenvolvimento.    

Ao contemplar o direito das crianças pequenas à educação, ela estabeleceu como dever do Estado a garantia do atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a cinco anos de idade. Diante disso responda: 

1) Você acredita que há uma distância entre o proclamado nas legislações e o que se efetiva na prática educacional? 

Sim, existe uma distância entre a legislação e o que efetiva a prática educacional, nem sempre as crianças ocuparam o lugar social que hoje lhes é destinado, sendo que esta nova concepção sobre quem são as crianças, de que forma elas aprendem e interagem com sua cultura, quais suas necessidades e direitos vem aos poucos sendo incorporada na sociedade brasileira. Do ponto de vista legal, evidenciamos importantes avanços na conquista do direito à educação infantil, sendo que os mesmos ainda precisam ser efetivados através de políticas públicas que materializem tais concepções. 

 

2) Diante de todo o ordenamento legal em defesa da educação infantil, quais seriam os principais desafios das famílias e dos profissionais da infância?

Os principais desafios das famílias e dos profissionais da infância é lutar e defender coletivamente a garantia do direito das crianças ao atendimento na educação infantil; pela ampliação de vagas em creches e pré-escolas; a destinação de recursos públicos adequados para a educação infantil; a melhoria da qualidade do atendimento; a formação e valorização dos profissionais da educação infantil; a implementação da proposta pedagógica elaborada de forma democrática e participativa pelas instituições de educação infantil.