Francisco Hermes Batista Alencar 

Maria Cilene Gomes Vieira 

Ao se analisar dentre esses diferentes raciocínios, com os quais as bancas examinadoras cobram nos certames dos concursos públicos e, exames de ordem em todo o país. Esses são conceitos muito usuais na disciplina de raciocínio lógico; para a concepção do professor Arthur Lima (2019, p. 31), nas lógicas de proposições temos os argumentos lógicos, quando se diz:

-Se faz sol, vai-se à praia! Hoje fez sol; logo, vai-se à praia! (Conclusão)

    Esse argumento daria margem para alguma discussão? Não dará, quando se concorda com aquelas premissas anteriores. Ao concordar-se que sempre que faz sol, vai-se à praia; ao concordar-se que hoje fez sol, obrigatoriamente concorda-se com a conclusão: Hoje foi-se à praia! Mas por que? Uma vez que hoje fez sol foi-se à praia! Então, isso é indiscutivelmente correto afirmar.

    Assim sendo, característica essa de um argumento da Lógica Formal, aquela lógica de proposições à qual muito se estuda. O raciocínio dedutivo tem esse nome pois se permite a dedução de sua conclusão; o que mostra o argumento da Lógica Formal: Não há margem para discussão, conforme Alencar (2019, p. 19).

    Enquanto que o raciocínio indutivo já induz o analisador a uma determinada conclusão. Imagine-se uma compra de carro da Ford, por exemplo, ao ser utilizado por um certo tempo deu pane no motor. Logo em seguida, comprou-se um segundo carro da Ford e, ocorre também pane no motor; após a terceira compra de um carro da Ford, ocorre o mesmo problema, consoante o professor Lima (2019, p. 43).

    Nesse momento, já se aconselha a familiares a não compra de carros da Ford, pois estes são bem problemáticos. Aqui aparece o raciocínio tipicamente indutivo, ao se partir de alguns casos particulares chega-se a uma conclusão geral, conforme Alencar (2019, p. 10). Chega-se, então, a uma conclusão de que: Carros da Ford quebram com facilidade. Aqui partiu-se de três casos particulares e, chegou-se a um caso mais geral; característica marcante do raciocínio indutivo.

    A partir dos três casos ocorridos anteriormente induziu-se daí que: Carros da Ford quebram com facilidade extrema. Então, a lógica aqui da indução é que parte-se das situações particulares para uma conclusão, ou mesmo, uma ideia mais geral. Este é o ideário do conceito indutivo. Precaução necessária ao raciocínio indutivo, o que dá margem para subjetividades, ou opiniões diferenciadas. Percebe-se que a conclusão não é completamente adequada ao problema levantado.

    Pode-se afirmar que cada um dos carros da Ford comprados havia uma marca de mais de 100.000 quilômetros rodados, em cada um. Foram comprados usados pois na época o comprador não dispunha de tantos recursos. Nesse caso era até esperado que eles quebrassem em algum momento. 

Percebe-se que no raciocínio indutivo, quando há informações adicionais, pode ser que a conclusão seja mudada. Já no raciocínio dedutivo a conclusão é imutável, o que se caracteriza como monotonia, segundo Lima (2019, p. 13). Pois, uma vez formada a conclusão, essa não se mudará.

    O raciocínio indutivo já é não monotônico, mas por que não monotônico? À medida que se apresentam informações adicionais, enfraquece-se aquele argumento. O raciocínio indutivo é muito utilizado em textos científicos. Por exemplo, na Medicina, em ratos de laboratório. No caso de testagem de certos medicamentos, como exemplo, conforme Alencar (2019, p. 18), o que se caracteriza em um padrão desejado naquela pesquisa.

    Enquanto que no raciocínio abdutivo, o que aparece muito em avaliações; raciocínio semelhante ao do famoso detetive inglês do século passado Sherlock Holmes e seu assistente Watson: Caracterizado pelo raciocínio da melhor explicação, consoante Lima (2019, p. 52). Ao se observar para uma situação do cotidiano e, imaginar-se uma explicação que seja crível, para aquela situação. 

    Portanto, ao entrar-se em determinada sala, senta-se ao sofá, percebe-se o sofá um tanto quente. Então, a partir daquela percepção, qual conclusão se chega? Alguém deveria estar sentado ali momentos antes de sua chegada, uma vez que o sofá está quente. 


Referências: 

MARIANO, Fabrício. (2012) Raciocínio Lógico para Concursos. Série Provas e Concursos. 5a ed. São Paulo: Campus.

MARIANO, F. & MENESES, A. (2011) Matemática Básica para Concursos. Série Provas e Concursos. 1a ed. São Paulo: Campus ElSevier.

LIMA, Arthur. Raciocínio lógico, visto em 15/05/2020, às 10 horas -https://www.youtube.com/watch?v=Qs7pnbLQgRY