Genildo Cavalcante Nunes

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Didática e Organização do Trabalho Pedagógico – Professa Milca Maria Cavalcanti de Paula

Resumo

Um pequeno relato de opinião do livro do escritor Claudino Piletti que faz uma analogia dos aspectos da didática geral com enfoque em diversos assuntos, tais como educação, valores aprendizagem, ensino.

Palavras-chave: Didática. Piletti. Aprendizagem.

Introdução

Como falar do Livro Didática Geral sem antes falar um pouco de seu autor Nelson Piletti, educador e historiador brasileiro muito respeitado no meio acadêmico da educação filosófica e pedagógica, autor de diversos livros na área de educação e de livros didáticos.

O Livro didática geral é composto de 12 capítulos que vai desde da educação, escola e professores, em seu capitulo I ao seu capitulo 12 com o tema “a organização e direção de uma classe escolar”.

Aqui tentamos de forma sucinta e de simples entendimento, colocar a vistas do público em geral alguns comentários inerentes a sua obra “Livro Didática Geral”, deixando claro algumas passagens título a título.

A importância da obra de Nelson Piletti deixa claro a necessidade de avaliação e estudos da didática em um contexto educacional importantíssimo e necessário ao desenvolvimento intelectual e de pesquisa do aluno de pedagogia com uma relevância em seu grau máximo para a sociedade em geral, mas principalmente a acadêmica.

O ensino e o aprendizado tem em sua essência a didática educativa com um novo olhar e uma nova ótica de observação na aprendizagem, que está ligada a aprendizagem e construção de conhecimento, está ligada a conquista de atrair a atenção do aluno, sendo considerado até uma arte especial, ou seja, a arte de ensinar tudo a todos.

Será colocado em relevo a importância da didática na formação do professor em geral, mas principalmente na formação do pedagogo em especial, tendo em vista a necessidade do ensinamento de métodos e técnicas que possibilitem o aprendizado do aluno e deem uma maior atenção a formação do docente profissional e dedicado a educação, desenvolvendo, transformando ou até aprimorando os conhecimentos em geral, dentro de um contexto educacional em um sistema educacional problemático de difícil aperfeiçoamento, mas possível e executável.

1 Educação, Escola e Professores

            A educação para o ser humano é tão importante quanto a alimentação diária, até porque sem educação o indivíduo se torna manipulável e deixa de ser conquistador para ser conquistado, daí a importância do ensinar, da profissão de professor, que se torna uma arte constante e infindável.

A formação pedagógica demonstra aos futuros docentes uma teoria que segundo Mialaret depende e se sustenta em 4 (quatro) pilares principais: São eles

  1. Uma reflexão de ordem histórico filosófico e sociológico a respeito da instituição Escolar, seu papel na sociedade e as finalidades atuais da educação.
  2. Um conjunto de conhecimentos científicos acerca da estrutura e do funcionamento psicológico dos alunos, seja como indivíduos, seja como pequeno grupo.
  3. A iniciação na pratica dos diferentes métodos e técnicas pedagógicas que permitam estabelecer a comunicação educativa eficaz.
  4. Estudo psicológico e pedagógico da didática das disciplinas escolares.

 Esses pilares estão intimamente ligados uns aos outros, onde sozinhos não terão desenvolvimento necessários para a formação dos novos docentes, o que será estudado e passado aos alunos, além de quais os programas educacionais escolhidos para tal, a problemática repassada será para quem? Qual o perfil dos alunos a receberem os novos conhecimentos, será que estão capacitados a receber? Como e por quê recebem tais conhecimentos, além de ser importante saber quais objetivos futuros. Os métodos utilizados está sendo viável e é o indicado? Que resultado queremos atingir?

A educação tem em diversas sociedades técnicas e objetivos diferentes a ser atingidos, por exemplo não podemos achar que os objetivos a serem atingidos em uma cidade no Norte do Brasil em meio a uma tribo indígena, seja a mesma na cidade de Londres na Inglaterra, a didática é em diversos aspectos diferentes, primordialmente na questão dos objetivos a serem atingidos. Mesmo dentro de um só país, tem suas divergências ambientais, econômicas com realidades totalmente diferentes umas das outras. Valores para uma região pode não ser a mesma para aquela outra, como exemplo no nordeste se faz necessário e de suma importância o ensinamento de como se faz uma cisterna para capitação da água da chuva, já no sudeste, poderia até ser um estudo interessante no ponto de vista curioso, todavia, na prática ainda não é um ensinamento necessário.

Os valores na educação são primordiais, digo valores sendo valoração, objetivos, as realidades vividas por cada parte envolvida na situação, seja ela, o professor, os alunos, a sociedade em geral ao qual se destaca as realidades de cada uma delas, em seu ambiente em particular, cidades, países, vivendo suas prioridades, dessa forma trazendo para o ensino uma realidade mais palpável.

Segundo Dermeval Saviani nós devemos substituir o termo hierarquia por prioridades, por ser um termo mais leve, simples, dinâmico e flexível, o contrário do termo hierarquia ao qual lembra um termo fixo, rígido e estável.

Particularmente observando essa colocação de Saviani, creio que o escritor foi infeliz em sua colocação de comparação da palavra hierarquia com algo fixo, estático e rígido, pois a palavra tem em seus significados uma ordem de prioridade e responsabilidades, destarte a palavra poderá ser flexível no sentido dependendo da interpretação e utilização.

 

 

Ainda segundo Saviani temos alguns objetivos da educação que podemos chamá-los de prioritários, que são: a educação para a subsistência, para a libertação, comunicação e transformação. É colocado em relevo na questão subsistência a necessidade da educação para se sobrepor a situações diversas de sobrevivência, todavia, não só isso seria o bastante, pois uma educação para subsistência é um ensinamento temporário e passageiro, mas um ensinamento voltado para um caráter mais abrangente do intelecto do sujeito, produziria muito mais frutos do que uma subsistência, o conhecimento global da situação que ele estava, que ele está e da situação que poderá estar. Essa visão é uma ótica particular de quem detém uma educação mais completa e global.

Quando se fala em educação de libertação de um homem marginalizado economicamente, culturalmente e politicamente, devemos observar que a parti do momento que ele tem uma educação completa, dando liberdade de pensamentos e ações, o homem automaticamente será preparado para exigir seus direitos inerentes a questões tais como: economia, cultura e política, todavia, alguns governos em diversas nações não têm interesse de preparar sua população dessa forma, inclusive o governo brasileiro.

Com a educação completa e não fragmentada, damos vasão ao desenvolvimento da comunicação, onde se fará presente a realidade do ensino não apenas a absorção de conhecimento através da leitura em geral, mas a produção de conhecimento com novos autores e teses de diversas áreas, transformações intelectuais que se não for a educação para concretizar essa mudança, então continuaremos nessa melancolia de reclamar sem saber nem do que estamos reclamando.

Tendo em mente que essas mudanças são para ontem, as transformações no sistema educacional devem iniciar o mais rápido possível, para que seja feita as mudanças necessárias para mudança no panorama nacional da educação brasileira.

Educação versus escola, é uma constante que todo brasileiro acha que só existi entre uma e outra, todavia, esquecemos que a educação ou doutrinação pode haver em diversos locais e sentidos, tais como imprensa em suas diversas utilidades, programas culturais, sociais, e até econômicos, tem seu grau de contribuição, seja negativamente ou positivamente.

O professor crítico John Holt afirma que se as escolas fossem abolidas a educação ainda assim continuaria, com certeza ele tem razão quanto a isso, mas quais os rumos isso poderia tomar, pois não teria um objetivo central a seguir, ou um parâmetro mínimo a ser atingido, uns seria muito desenvolvido e outros quase que nulamente educados, onde seria mais gravemente aparentados as diferenças culturais, sociais, econômicas, entre outras diferenças.

A sociedade tem que ter um sistema educacional que atenda a necessidade de cada um como homens, e não apenas a necessidade da nação, ou se permanecer dessa forma, em dado Estado seu governante tem interesse em ter sua população com intelecto desenvolvido e esclarecido a questões diversas, e em outras nações os seus gestores administrativos e políticos, desejarão que sua população seja, mal educada e tenha desconhecimento da real situação a que passa a sociedade contemporânea, para um controle mais fácil e sem objeções ou argumentações contrarias.

Uma educação sistemática, mas em níveis escolares, quando falo em nível de igreja, família, será livre, todavia, sabemos que uma educação sistemática a nível escolar, em poucos anos estaria estabilizada quase que em sua totalidade no pensamento também das famílias e consequentemente das igrejas e outros meios de educação e doutrinação, e aqueles locais que fosse sair da linha de pensamento do sistema já enraizado naquela sociedade, a própria sociedade chamaria atenção para voltar aos trilhos de antes colocados.

 

 

 

 

 

Segundo Piletti não se pode mudar  o sistema educacional sem antes haver uma mudança social, afirmação em que discordo veemente, pois ao contrário do que Piletti afirma, a educação bem elaborada que fará a grande mudança social e não o contrário, a sociedade educada que terá mudanças extremas e radicais socialmente falando, já as mudanças sociais vindo antes da educação, são mudanças dirigidas e com sentido e interesse particulares, seja de governantes ou executivos interessados em alguma situação econômica ou política.

Paulo Freire afirma que: “Uma transformação profunda e radical da educação, só é possível quando também há uma transformação radical da sociedade”, em termos ele está certo, porém, uma transformação em longas jornadas de aprendizado poderá ser feita através da educação que mudará a sociedade, claro que em seu devido tempo, a conta gotas, mas que é viável e poderá ser feito, posso dizer que seria uma teoria Gramicianista ao contrário de sua primária criação.

George Gusdorf faz a seguinte pergunta, para quê professores? Acredito que ele apenas está provocando a comunidade acadêmica, pois seria de muita falta de cuidado intelectual, fazer uma pergunta dessas no seu sentido literal.

A função dos professores é de suma importância para o desenvolvimento de uma criança e consequentemente uma sociedade até uma nação.

Gusdorf afirma que grande parte do comportamento dos alunos se dá devido o comportamento dos professores, uma espécie de para toda ação existi uma reação de maior ou igual intensidade, se essa colocação fosse verídica, as escolas hoje em dia estariam em uma paz total e tranquila, pois os professores sejam eles, primários ou secundários, tem suas ações de disciplina castradas e quase nulas, e, no entanto, os alunos mostram uma face de discentes incontroláveis no sentido disciplinar, porque não falar violentos.

Concordo quando ele fala que um professor com atitude de entusiasmo e otimismo é benéfico ao aluno, contudo, no sistema educacional brasileiro, deve-se ter além de várias atitudes como essas, deve se ter uma disciplina e hierárquica rígida, isso no sentido de respeito entre professor e aluno, já no sentido cognitivo, deve se dar liberdade total para ampliação de horizontes no aprendizado.

Gusdorf ainda diz que o professor desempenha um papel muito importante na formação dos jovens e suas transformações sociais e o professor mais que qualquer um tem a possibilidade de ser um agente transformador do social. Mas quando analisamos com mais afinco essas frases, devemos verificar que essa constante é perigosa quando pensamos em uma transformação ideológica dos jovens, pois se não houver uma padronização de limites de atuação dos professores nesse sentido, os professores acabarão por influenciar seus aprendizes de acordo com suas vontades políticas e ideológicas, e sabemos que se deve ter um certo cuidado com essas questões de influência, principalmente em meio as escolas primárias, as quais se deve ter um estudos meio que neutro, para que os próprios jovens através dos seus conhecimentos desenvolvam as características que mais lhe aprazem.

A professora Maria Tereza Nidelcoff descreve tipos de posturas possíveis para o professor:

 

Professor Policial

  1. Manter a disciplina do grupo
  2. Priorização do fator intelectual

  

  Professor Povo

  1.  Ajuda os alunos a verem a realidade com lucidez e espirito crítico
  2. Ajuda eles a serem livres de preconceitos, temos e superstições
  3. Ajuda a aprenderem e se organizarem
  4. Visão crítica da realidade

O que vejo nas colocações da Professora Maria Tereza Nidelcoff é a tentativa percussora pedagogicamente falando de propagar suas ideologias marxistas, quando tenta colocar o professor conservador na posição de um castrador de ideias altamente disciplinado, preconceituoso e racista, inclusive denegrindo a imagem dos policiais com a comparação sútil, mas direta.

As ideias da esquerda marxista de mudança dos sistemas pré-existentes chegam ao cumulo de formar professores, para mudar um meio social, através das teses gramicianistas de implantação de teorias, ideias socialistas na sociedade em geral, usando como armas, crianças, jovens e adultos manipuláveis aos seus intentos inescrupulosos.

Levando em conta toda a situação em que passamos no sistema educacional brasileiro, devemos tomar muito cuidado no que é liberdade de ensinar, pois deve se ter parâmetros de limites, até onde o professor pode influenciar ou não seus alunos.

O aluno tem o direito de questionamentos e tem o poder da voz e de suas crenças, todavia, os questionamentos devem se ter argumentos de crença ou até científicos, mas não se pode apenas dizer que o aluno pode questionar tudo, sem argumentos que aparem seus pensamentos, ideologias e etc.

A realidade é que o sistema educacional foi criado através de ideias políticas e de interesses, e não através de um sistema de aprendizado com objetivos de crescimento de uma nação, mas interesses privados e ideias socialistas.

  

 

 

 

2 Ensinar e Aprender

 

O ensino não é privilégio dos dias atuais, o ensinar e aprender se dá desde que o homem se identificou como ser humano, aprendizado de pais para filhos, entre outras maneiras correlatas de aprendizado.

Diversas situações podem ser e demonstrar o ensino-aprendizagem, seja no meio social, na natureza, no contato diário com seus semelhantes ou não, de qualquer forma o elemento estará aprendendo sempre, desde que esteja disposto a análise, o diálogo e argumentação cientifica ou empírica.

As novas ideias e conhecimentos, tendem a despertar a curiosidade dos outros, mas ao mesmo tempo que alguns que invejam ou não entendam, debochem daquele novo conhecimento, foi o que aconteceu com diversos cientistas inventores, tais como: Watt inventor da locomotiva, invenção que despertou a zombaria daqueles citados anteriormente, que a época era grotesca e pouco desenvolvida para as necessidades, mas que em pouco tempo foi aperfeiçoada e desenvolvida para o progresso da humanidade.

Saber o que é valioso ou não para o aprendizado de uma pessoa ou uma sociedade, é particularidades que serão aperfeiçoadas aos poucos e sem ser forçado nenhum interesse privado ou particular, e até político, a mudança ocorrerá naturalmente através da construção própria que o dia a dia daquela sociedade ou nação que impulsionará espontaneamente tal mutação.

Piletti traz à tona necessidade de uma reformulação na maneira de ensinar, orientar, cuja iniciativa partiria quase que especialmente dos alunos, todavia, verificamos a falta de um parâmetro mínimo a ser seguido por esses alunos, pois um teto educacional não devemos ter, porque dependerá da própria força de vontade do discente, porém, é responsabilidade nossa fixar um piso educacional no sentido intelectual ao qual todos deverão cumprir.

Temos no sistema de ensino brasileiro três fases da aprendizagem que são em primeiro lugar a síncrese a observação da realidade e uma visão global do assunto, depois verificamos a análise que é a discussão dos assuntos e por fim, a síntese que é a conclusão dos assuntos discutidos, onde o conjunto dessa fase nos leva a realidade ambiental dos alunos.

Será que os professores atualmente desenvolvem essa técnica de observação das fases do aprendizado? A resposta é de fácil análise, NÃO! Os docentes em sua maioria não sabem nem que a aprendizagem tem três fases.

 

 

3 Pedagogia e Didática

 

Pedagogia é a técnica de educação através de seus aspectos fundamentais, que são os filosóficos, científicos e o técnicos,  a didática observamos as técnicas de ensino nos sentidos práticos e operacionais, onde na didática geral verificamos o estudos primordiais para regular o ensino a qualquer tipo de aluno, já a didática especial analisa particularmente cada aluno em seus problemas e dificuldades na disciplina apresentada no momento do ensino, depois se discute e organiza com sugestões para resolvê-los  de forma tranquila ao discente e docente, formando assim o ciclo docente de planejamento, orientação e controle.

 

 

4 O Currículo e Seu Planejamento

 

O currículo é o conteúdo a ser apresentado ao aluno de acordo com suas necessidades, costumes e experiências vividas, todavia, penso que o currículo deve ser uma base muito bem estruturada através da necessidade de aprendizado dos alunos de acordo com seu dia a dia e realidade econômicas, intelectuais, psicológicas, entre outras áreas afins, mas é importante colocar em relevo a necessidade de um currículo padrão mínimo de desenvolvimento e aplicação, para um desenvolvimento básico e uníssono do País.

Conhecimento primário importantíssimo para um completo entendimento da realidade do País e o despertar de uma progressão geométrica no que concerne a vontade de aprender mais e mais, desenvolvendo assim novos cientistas, pesquisadores, dando aos alunos a oportunidade de participação no que concerne a desenvolvimento intelectual.

No currículo ainda se pode observar a necessidade de um ensinamento moral e ético, dando ao discente, limites necessários e importantes para a disciplina e respeito aos quais será de suma importância para o desenvolvimento do país, e a obediência as leis, evitando assim, o caos social e a construção de uma nação anarquista e sem rumos a seguir, isso poderia se enquadrar no chamado currículo oculto.

Segundo William Ragan o currículo existe somente das experiências das crianças, não existe em livros de texto e nem em programas de estudo. Observamos um erro crucial e perigoso nesse pensamento, devido a uma tomada de um caminho sem a direção certa a ser seguida, dessa forma, um andar sem rumo, que fatalmente ficará cansado e parará mais a frente sem ter onde ir, sendo assim, tomará qualquer rumo que lhe apraze e sendo assim poderemos ver uma nação inteira perder o rumo do desenvolvimento por falta de orientação e responsabilidade dos responsáveis para tal intuito.

 

 

5 Planejamento de Ensino

 

Planejamento é uma um conjunto de metas a atingir um certo objetivo, e no caso da aula, ensino e aprendizagem, um ensinamento de conhecimentos aproximado do ideal a uma nação, então planejar realmente é estudar uma situação ou empreendimento.

Temos hoje a necessidade de planejamento em todas as áreas das atividades humanas e assim como fala Piletti “Quanto mais complexo os problemas, mais necessidade de planejamento”.

Na área educacional, temos três tipos de planejamento, que são: Planejamento educacional, que consiste no desenvolvimento do País, onde serão tomadas diversas decisões importantíssimas para a nação em geral; planejamento de currículo é onde deixa claro as metas a serem tomadas para o alcance do planejamento educacional, planejamento de ensino é a aula propriamente dita é o planejamento para alcançar o determinado pelo planejamento curricular.

Um bom planejamento de ensino se dá se for elaborado de acordo com a realidade do aluno, claro que deve-se tomar cuidado para não fugir da grade do planejamento educacional, deve-se adaptar para o aluno da melhor forma possível, de modo a entrar na realidade do discente, colocando em relevo uma flexibilidade consciente e clara

 

 

6 Os Objetivos

 

Devemos ter em mente qual objetivo que queremos atingir, pois se não tivermos certeza do que queremos, então fatalmente você irá para onde a maré lhe levar, surgirá caminhos diversos que você não saberá ao certo quais são os melhores, no final provavelmente o objetivo não será atingido porque onde você chegar estará bom.

Os objetivos podem ser educacionais e instrucionais, ou seja, geral e especifico, mas todos voltados a realidade do homem, seja ela, física, intelectual, moral, psicológica.

 

 

7 Seleção e Organização de Conteúdos

 

O conteúdo é de suma importância para o aluno e professor, todavia, sabemos da impossibilidade de absorção de todo conhecimento, e tendo em vista esse conceito, deve-se ser selecionado os mais importantes para o desenvolvimento intelectual, moral, observando a necessidade daquele aprendizado, em junção com uma flexibilidade de adequação voltada a realidade do aluno.

Claro que a aprendizagem do alunado não deve ser restrito ao campo da aprendizagem humana, deve ter experiências, valores e atitudes voltadas a realidade do dia a dia do discente, é todo um processo de aprendizagem com meios de favorecer o desenvolvimento individual e coletivo do discente.

Os conteúdos devem ser selecionados de acordo com os objetivos propostos e metas traçadas para alcançar tal objetivo, existe segundo Piletti alguns critérios a serem seguidos na seleção dos conteúdos, que são: a validade que é o aproveitamento das informações que deverão ser atualizadas e de confiança; a Flexibilidade, ou seja, todo o conteúdo apresentado ou pronto para apresentação deve estar sujeito a modificações e aprimoramentos necessários; a significação, este critério deve estar ligado a necessidade do aprendizado do aluno e de acordo com a realidade desses; Possibilidade de elaboração Pessoal, nesse critério o aluno estará em condições de uma participação mais convicta, isso se o critério de significação for cumprido; critério de utilidade é a harmonia dos conteúdos apresentados com a realidade do aluno; a viabilidade, deve ser observado as condições essenciais para que aquele aprendizado e conhecimento seja passado de forma completa.  

 

 

 

 

8 Como Ensinar?

 

Estratégia, métodos, técnicas e procedimentos são muito importantes, é um roteiro para a atividade na educação, pode-se dizer que o método ou um caminho a levar até certo ponto.

A técnica é a operacionalização do método para atingir certo objetivo, que talvez podemos dizer que são metas operacionais para atingir o objetivo almejado.

Procedimentos é a maneira de desenvolver atividades pelo professor e atividades pelos alunos, ou seja, uma assimilação das informações pelos professores e alunos.

Os métodos tradicionais devem ser sempre aperfeiçoados ou até substituídos pelos professores, afim de proporcionar aos alunos uma variedade de aprendizado mais dinâmico, todavia, não se deve confundir o aperfeiçoamento e substituição de métodos, com liberdade total para se ensinar o que lhes aprouver, deve-se observar bem o devido acompanhamento dos conteúdos do currículo, para não ser iguais a carro desgovernado que se dirige para qualquer lugar.

O método Montessori é igualmente importante e se baseia na liberdade, atividade, vitalidade e individualidade, podem ser resumidos ao princípio da auto-educação ou autodidata, onde o aluno senti a necessidade de expansão dos aprendizados.

9 Recursos de Ensino

Os recursos de ensino são diversos, psicológicos, materiais, dentre outros, porém, quando se fala em recursos apresentados no sistema educacional brasileiro são muito variados, mas limitados e cabe aos professores uma dinâmica forte no que concerne a ideias e dinâmicas de diversas formas para complementar a aula deles, essas situações devem ser sanadas com os recursos disponíveis aos professores e alunos que tem a disposição na natureza uma infinidade de recursos que podem auxiliar no aprendizado dos alunos.

Se houver condições de fazer a junção de recursos áudio visuais em que haja a aproximação do subjetivo a realidade dos alunos, trazendo eles para mais próximo da realidade de cada um, do seu dia a dia.

10 Avaliação

As provas, os testes, os exames, dão um teor de ansiedade e medo, uma proposta quase que negativa aos olhos dos alunos, pois vem à cabeça logo a situação de reprovação e julgamento, mas sabemos que é apenas a maneira de ver do aluno preocupado com sua aprovação.

A avaliação não é o fim da lição e nem o começo dela, é um meio pelo qual o professor se utiliza para ter uma visão geral de que ponto foi atingido e se foi atingido os objetivos propostos inicialmente naquela escola, utilizando-se de uma didática certa.

Deve se ter já cogitado o que será avaliado e verificado, quais objetivos a atingir, quais êxitos e onde devemos consertar para que o aluno atinja aquela nota e seja considerado dentro dos limites de aprendizados mínimos exigidos, assim como ter a certeza que os critérios de avaliação estão corretos e certos.

11 A Motivação da Aprendizagem

Estímulos e motivação são de suma importância para o desenvolvimento do interesse pelos estudos e conhecimento em geral, um aluno desmotivado, fica abatido e contamina seus colegas, levando em conta essa situação devemos estar sempre prontos a estimular os discentes, transformar a água do conhecimento em um combustível inflamável e pronto para explodir ou pegar fogo.

Os recursos utilizados, procedimentos de ensino, conteúdo das atividades são uma fonte de estimulação muito importante que cabe aos professores a observação de tal teor, que faz uma enorme diferença se não for estimulada da forma adequada e diária.

A tarefa de motivar os alunos cabe aos professores, porém, essa tarefa é árdua e nem sempre tão fácil de ser executada, levando em conta essa árdua missão, ele deve ter em mente aspectos psicológicos do comportamento humano, para saber desenvolver a tarefa com maestria, e para isso deve se ter conhecimento da realidade ambiental dos alunos, fator muito importante para estimulação dos mesmos.

No que concerne a retirada de qualquer ideia de simetria e ordem ao qual Piletti deixa claro na página 245/256, discordo totalmente quando ele insinua que provocaria uma balburdia por parte dos alunos, verificamos que a reciproca não é verdadeira, ao contrário, deve se ter ondem e disciplina em sala de aula para um aprendizado sem perturbações da realidade ensinada, com isso não quero dizer que o aluno não terá liberdade de participação em sala de aula, todavia, até certo ponto para não provocar uma anarquia total e sem controle.

O trabalho para demonstrar autencidade não necessita de total liberdade e ausência de ordem e decência, pelo contrário, os alunos poderão ter uma liberdade sim, mas executada com ordem e decência sempre, com isso demonstrando respeito aos professores e companheiros alunos que ali estão como cumplices no aprendizado diário.

Quando ele fala que disciplina não se origina de uma pressão externa, discordo veemente, informando que os alunos devem ter de dentro de si autodisciplina, entendo até certo ponto, porém, a obrigação dos pais, professores e pessoas com mais maturidade foi, é e sempre será orientar, ensinar os mais novos ou menos experientes.

O professor deve observar maneira positivas de observar e orientar os alunos de sua classe, mas é de suma importância a preservação do respeito a ordem, disciplina e até conhecer seus limites, alunos sem conhecer seus limites, serão alunos indisciplinados e até desrespeitosos, dependendo do nível cultural a que ele teve acesso.

Referências

IENH. Manual de normas de ABNT. Disponível em www.ienh.com.br

Bibliografia Consultada

PILETTI, Claudino. Didática Geral : Campinas - SP: Editora Ática, 2004.