DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGOGICO: “ Uma rica ferramenta na busca pela superação”.
Por MARIA JOSÉ PESSOA DE ANDRADE ARAÚJO | 13/04/2020 | Saúde
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGOGICO: “ Uma rica ferramenta na busca pela superação”.
MARIA JOSÉ PESSOA DE ANDRADE ARAÚJO (Zélia Pessoa)
MESTRA PELA LUSÓFONA EM PORTUGAL
DOUTORA EM EDUCAÇÃO- PARAGUAI
RESUMO:
O diagnóstico psicopedagógico necessita ser de qualidade aplicado por profissionais devidamente habilitados segundo as normas da Lei, ou seja, um psicólogo ou psicopedagogo devidamente qualificado, para esse fim necessita que esse profissional tenha contato direto com a família da criança e com outros profissionais que participam da vida da criança. Sendo devidamente necessário que se conheça a História da criança com quem será aplicado o diagnóstico. O psicopedagogo ao aplicar esse diagnóstico deve ouvir toda trajetória da criança, sendo objetivo desse artigo trazer uma reflexão propícia quanto aos fatos relacionados ao quadro real do paciente. Sendo necessário para esse procedimento o saber institucional e o clinico, ofertando assim maior conhecimento quanto aos caminhos viáveis para se trabalhar com essa criança.
Palavras-chave: Diagnóstico. Psicopedagogo. Diagnóstico.
ABSTRACT
The psychopedagogical diagnosis needs to be of quality applied by professionals duly qualified according to the norms of the Law, in other words, a properly qualified psychologist or psychopedagogue, for this purpose it needs that this professional has direct contact with the child's family and with other professionals who participate in the child's life. It is necessary to know the history of the child with whom the diagnosis will be applied. When applying this diagnosis, the psychopedagogue must listen to the child's entire trajectory, the purpose of this article being to provide a favorable reflection on the facts related to the patient's real condition. Institutional and clinical knowledge are necessary for this procedure, thus offering greater knowledge as to the viable ways to work with this child.
Keywords: Diagnosis. Psychopedagogue. Diagnosis.
INTRODUÇÃO
O Diagnóstico institucional e clinico da área da psicopedagogia busca encontrar no indivíduo um saber mais apropriado e mais minucioso da criança em análise e assim encontrar as melhores maneiras para ajudar essa criança a poder superar com maior facilidade as superações que necessitam enfrentar. Esse procedimento necessita de profissionais capacitados para atuarem nessa área com qualidade e compromisso, sendo esse artigo dividido em três capítulos, onde o primeiro irá falar sobre A Precisão do Diagnóstico Institucional e Clinico para o Sucesso do Indivíduo, o segundo sobre a obra literária A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, de Zélia Pessoa e Algumas Intervenções de Valor, o terceiro sobre os procedimentos Metodológicos e por fim as Considerações Finais acompanhada das Referências Bibliográficas, na intensão de deixar por meio desse uma contribuição esclarecedora quanto ao fenômeno em estudo, o qual possui por tema: DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGOGICO: “ Uma rica ferramenta na busca pela superação”, consultando algumas referências Bibliográficas direcionadas ao conteúdo aqui analisado entre esses temos, Paín, (1985), Visca, (2010), Weiss, (2012), Pessoa, (2017).
I CAPÍTULO
A PRECISÃO DO DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E CLINICO PARA O SUCESSO DO INDIVÍDUO
Para Paín, (1985), no processo de aprendizagem muitas vezes se faz necessário a aplicabilidade da realização de um diagnóstico institucional ou clínico e que essa anamnese tem por objetivo nos ajudar a conhecer o indivíduo com maiores particularidades e assim tornar mais fácil a intervenção psicopedagógica.
Como alega Fernández (1991), cada ser possui uma maneira de aprender e que se faz necessário para esse indivíduo chegar ao sucesso que se use essa maneira dele aprender, o que denomina-se postura para assimilação.
Indo ao encontro das colocações de Fernandez, (1991), diagnóstico possui origem do vocábulo rotular, definir, entre outros, sendo assim compreende-se que diagnóstico consiste numa visão ocular mais minuciosa onde se envolve a família e demais comunidades que fazem parte da vida do indivíduo.
Temos dois tipos de Diagnósticos:
- O Institucional implica numa anamnese voltada para a questão de aprendizagem, onde se avalia se o indivíduo possui dislexia, dislalia, discalculia, entre outros, problemas que venham interferir no sucesso acadêmico do indivíduo.
- O Clínico implica conforme Alves, (2007), numa anamnese que possui como objeto de estudo a integração do ser em formação com o processo de aprendizagem, onde o psicopedagogo procura analisar a trajetória de aprendizagem do indivíduo em formação, sendo de suma relevância para o sucesso desse diagnóstico encontrar o que tem dificultado o processo de aprendizagem do ser.
Outro fator sumamente importante implica em saber após o diagnóstico se o indivíduo precisa de um olhar médico, e daí conversar com a família ou responsáveis para que esse indivíduo seja encaminhado ao profissional que necessita, seja psicólogo, médico psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, entre outros.
Como modelo de diagnósticos temos:
Diagnóstico Institucional |
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Quanto ao diagnóstico Clínico:
Possuímos por modelo:
Diagnóstico Clínico |
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4.Encontrar os principais obstáculos da não aprendizagem- Após detectar os possíveis obstáculos aplicar intervenções que venham ajudar no sucesso de quem atendemos. |
E assim será possível por meio do diagnóstico aplicado encontrar caminhos viáveis para ajudar o indivíduo a ser tratado com profissionais capacitados e assim serem conduzidos ao sucesso acadêmico, pessoal e social.
II CAPÍTULO
A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, DE ZÉLIA PESSOA E ALGUMAS INTERVENÇÕES DE VALOR
Na obra literária, A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, traz muitas belas Histórias que podem ser usadas nas intervenções psicopedagógicas, como por exemplo nas páginas, 14 e 15 traz:
Nesta ocasião o alto da colina brilhou tanto que todo o reinado presenciou luzes furta-cor, com raios dourados e estrelinhas azuis, marrom e amarela. Mais uma vez, a linda princesa Adalice apareceu, muito bem recebida pela família real, cumprimentou a todos da festa, se aproximando da linda princesinha AILEZ e lhe entregou um novo presente, uma caixa muito colorida, com laços de fita marrom e dourada, cheia de furinhos, ao receber seu presente a linda e doce princesa AILEZ abriu e se encantou ao ver o que tinha dentro da caixa — um lindo cachorrinho, da raça Pinscher Miniatura, na cor preta com manchas branquinhas, olhos pretos e muito vivos.
Ao ver a pequena princesa abanou o rabinho, saltitando muito animado, neste instante a pequena princesa abraçou o cachorrinho muito feliz. A princesa Adalice falou: — Minha doce princesa, você realmente soube receber seu dom, no momento em que você entregou o primeiro pedaço de bolo ao serviçal do castelo, você cresceu como pessoa, como merecedora deste dom, demonstrado sua humildade e empatia humana. — Hoje você foi merecedora de mais um presente, este animalzinho será seu grande amigo e seu ajudador para colocar em prática o dom que recebera. O cachorrinho abanando o rabinho, cheio de alegria e de ternura, não parava de saltitar em torno da doce princesa. Todos ficaram felizes, nesse instante a pequena princesa, pegou dois pedaços de bolo e deu para a princesa Adalice e para o seu cachorro, quando de repente mais uma vertente de luzes brilhou no pescoço da princesa, daí a princesa Adalice falou: — Minha doce AILEZ, toda vez que você evoluir em seu dom especial, toda vez que você praticar uma ação nobre, irás receber mais brilho em sua correntinha, receberás mais poder para alegrar todos que a rodeia. A princesinha ouvia encantada ( PESSOA, 2017, p.14 e 15).
A partir dessa História podemos trabalhar com o aluno com dificuldades o poder das suas boas ações, o cuidar consigo mesmo e com o outro, bem como a certeza de que se fizermos o bem iremos receber boas coisas de volta, pode-se pedir para que o aluno, ou os alunos possam desenhar a passagem estudada, dar nomes aos personagens, ressaltar o que aconteceu de bom e associar com a nossa vida real.
Outra História presente nessa obra literária é:
No dia seguinte, na escada do castelo real, a doce princesa AILEZ brincava com seu cachorrinho, quando de repente, ouviu uma voz chorosa vinda de baixo do castelo, a princesa ao ouvir correu junto com seu lindo animalzinho, e chegando embaixo da escada do castelo se deparou com um lindo garotinho chorando, menino de roupinhas rasgadas, olhos cheios de tristezas, a princesinha dos céus falou: — O que aconteceu meu amiguinho? O menino assustado falou: — Estou com fome, venho de longe me perdi, não sei onde estou. A princesinha falou: — Venha meu amiguinho e levou-o para dentro do castelo, onde o guarda real veio a seu encontro dando segurança aos dois. Mais que de repente a pequena princesa contou a história à cozinheira e pediu que ela servisse algo saboroso e nutritivo ao pequenino, a cozinheira serviu para o pequenino uma porção deliciosa de frutas ao mel e um copo de suco delicioso, no sabor de morango real, em seguida a doce e meiga princesa AILEZ contou tudo aos seus pais, os quais pediram para que o charreteiro do reino levasse o pequenino aos seus
pais. O menino explicou onde morava e lá se foram, o charreteiro, um dos guardas reais, a princesinha AILEZ e seu animalzinho de estimação, o cachorrinho que recebeu o nome de Lupi. Andaram por longo caminho e ao chegar numa terra, com imensos açudes avistaram uma enorme placa de madeira escrita em letras grandes TERRA DO APRAZIMENTO, neste instante o pequenino saiu correndo da carruagem e gritou: — Lá estão meus pais! A pequena princesa ao olhar viu os pais do menino assustados procurando por ele, estes vieram ao seu encontro o abraçaram e ao ouvirem a história do filho, agradeceram muito a pequena princesa com seu cãozinho Lupi, ao guarda real e ao charreteiro. O menino deu um forte abraço na princesinha e neste instante sua correntinha em formato de leão com pedras brilhantes, reluziram luzes de todas as cores envolvendo a todos numa onda de harmonia e muita energia positiva. Se despediram e saíram felizes com a atitude da linda princesa, chegando no meio da estrada próximo ao reino, ouviram um forte barulho assustador, a doce princesa pediu para que o charreteiro parrasse, o guarda real ficou a posto para proteger a princesa e olhou no canto da estrada de onde vinha o forte barulho, nesse momento a pequena e doce AILEZ falou: — Vejam é um leãozinho em perigo, eles olharam e viram:
— Um pequeno leão caindo penhasco a baixo e sua mãe leoa desesperada sem saber como fazer para salvar o seu filhote. — E assim a princesinha AILEZ, pegou a correntinha de seu pescoço, colocou em frente ao leãozinho e de repente a correntinha dourada se transformou numa forte corda que com a ajuda do seu cachorro Lupi o pequeno animal voltou para perto da sua mãe, a qual veio agradecer a pequena AILEZ com um forte e agradável rugido de agradecimento. — Neste momento, mais uma vez as luzes começaram a brilhar no pescoço da princesinha, envolvendo o seu cãozinho. O guarda real olhou assustado para o charreteiro e emocionado falou: — Minha pequena majestade você recebeu este dom magnífico da sua vó paterna, a mãe do Rei Francisco, ela era nossa protetora. Estou muito feliz em ver o quanto você é especial, estou encantado pequena majestade! A pequena princesa sorriu e olhou para o alto com sua medalhinha em formato de leão, dando graças por tão linda missão que tinha recebido — continuar a História da sua vó... Seu cãozinho latia para ela como se dissesse: — Você é muito especial! E assim seguiram rumo ao castelo do Reinado de Pedregulhos, ao chegarem no castelo todos vieram recebê-los e saber como foi a volta do pequenino, a princesinha contou, piscou para o guarda real e para o carreteiro que com olhar de cumplicidade sorriam para ela (PESSOA, 2017, p. 16, 17, 18 e 19).
A partir dessa História pode-se trabalhar a importância de cuidar dos animais, trabalhar as profissões descobrindo quais os sonhos dessa criança, a qual está atendendo, trabalhar a importância das luzes, as cores e assim por diante.
Instigando no individuo mais uma vez o poder do bem, o valor de cada atitude a nobreza presente em cada ser.
Continuando o trabalho com essa obra literária podemos citar:
A doce princesa AILEZ pegou seu cachorrinho nos braços, subiu a escada do palácio e foi descansar em seu quarto real. Seu quarto real era muito lindo, a cama em forma de uma linda leoa, com pedras de brilhantes real na cabeceira, com colcha linda marrom com detalhes vermelhos, tudo muito lindo, ao lado da sua cama ficava a caminha do pequeno Lupi, no formato de uma linda casinha de cachorro muito confortável, onde descansava o amigo fiel da princesinha AILEZ. Numa outra ocasião, a doce AILEZ caminhava com seus irmãos e seu cãozinho nos arredores do castelo, quando de repente ela olhou para o alto e viu uma senhorinha no alto da colina acima do castelo, carregando um feixe de lenha pesado. Caminhando muito lentamente a senhora seguia sem muita animação, ao ver aquela cena a pequena princesa correu para cima da colina com seu cão e chamou seus irmãos para ajudar a senhora, neste instante todos ajudaram a senhora de muita idade carregar a lenha até chegar em sua casa simples e muito bonita, no meio da colina. A senhora muito grata serviu para eles biscoito de leite com chá de canela, ao cãozinho ela deu leite na tigela, ao terminarem de lanchar, a doce princesa AILEZ, se despediu da senhora e ao lhe dar um abraço, as luzes da medalhinha em formato de leão, reluziu em brilho intenso, ao olhar esta cena os irmãos da pequena princesa a observou com muita animação e disseram: — AILEZ você é mesmo um enorme presente para nós. Amamos muito você! E assim voltaram para seu castelo feito de pedras lisas e brilhantes ( PESSOA, 2017, p. 19 e 20).
Mais uma intervenção que pode ser trabalhada aguçando a necessidade de sempre ajudar os que precisam, podendo a mesma ser aplicada com pais, alunos e todos os que fazem parte do mundo daqueles que atendemos.
Assim como essas Histórias essa obra possui muitas outras, tendo em mente que há dentro de cada psicopedagogo um leque infinito de criatividade e imaginação para se trabalhar, cores, nomes, letras, valores precisos e muito mais.
III CAPÍTULO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto aos procedimentos metodológicos como afirma, Richardson (1999) focou-se num tipo de uma interpelação de cunho qualitativo.
Sendo esse artigo possuidor de uma investigação bibliográfico qualitativo.
Nesse sentido, a pesquisa qualitativa não se dar pelo tamanho da mostra, mas pela profundeza com que o estudo foi concluído.
Portanto refere-se a um estudo conforme (GIL, 2008, p. 57), voltado o aprofundamento do fenômeno em estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desse estudo bibliográfico e analítico ficou evidente que por meio de um bom diagnóstico pode-se melhorar o caminho daqueles a quem atendemos e que por conta de alguma limitação necessita de um olhar mais específico quanto as limitações que apresenta.
Usando o diagnóstico, são levantadas hipóteses de relevância quanto as limitações apresentadas, referente ao problema de aprendizagem, a partir da queixa feita pelo paciente no sentido de avaliar o significado do sintoma apresentado.
Sendo assim fica claro que através do diagnóstico, o psicopedagogo estabelece permanentes relações entre teoria-prática, assumindo sua postura de investigador e uma atitude de respeito com o sujeito, o que influenciará positivamente no diagnóstico.
Portanto o diagnóstico possui uma grande importância para o sucesso do ser em formação, sendo por meio desse instrumento que se pode chegar mais perto da dificuldade e cuidar da sua superação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Doralice Veiga. PSICOPEDAGOGIA: AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO. Escola Superior Aberta do Brasil, 2007.
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Tradução: Iara Rodrigues. Porto Alegre, RS: Artmed, 1991.
______. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Tradução: Neusa Kern Hickel. Porto Alegre, RS: Artmed, 2001.
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Tradução: Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artmed, 1985.
______. Subjetividade e Objetividade: Relação entre Desejo e Conhecimento. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
VISCA, Jorge. Clínica Psicopedagógica: Epistemologia Convergente. 2. ed. rev. E ampl. Tradução: Laura Monte Serrat Barbosa. São José dos Campos, SP: Pulso Editorial, 2010.
WEISS, Maria Lucia Lemme. Psicopedagogia clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. 14. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Lamparina, 2012.
PESSOA, Zélia. A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS. São Paulo, LEDRIPRINT EDITORA- 2017.
DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGOGICO: “ Uma rica ferramenta na busca pela superação”.
MARIA JOSÉ PESSOA DE ANDRADE ARAÚJO (Zélia Pessoa)
MESTRA PELA LUSÓFONA EM PORTUGAL
DOUTORA EM EDUCAÇÃO- PARAGUAI
RESUMO:
O diagnóstico psicopedagógico necessita ser de qualidade aplicado por profissionais devidamente habilitados segundo as normas da Lei, ou seja, um psicólogo ou psicopedagogo devidamente qualificado, para esse fim necessita que esse profissional tenha contato direto com a família da criança e com outros profissionais que participam da vida da criança. Sendo devidamente necessário que se conheça a História da criança com quem será aplicado o diagnóstico. O psicopedagogo ao aplicar esse diagnóstico deve ouvir toda trajetória da criança, sendo objetivo desse artigo trazer uma reflexão propícia quanto aos fatos relacionados ao quadro real do paciente. Sendo necessário para esse procedimento o saber institucional e o clinico, ofertando assim maior conhecimento quanto aos caminhos viáveis para se trabalhar com essa criança.
Palavras-chave: Diagnóstico. Psicopedagogo. Diagnóstico.
ABSTRACT
The psychopedagogical diagnosis needs to be of quality applied by professionals duly qualified according to the norms of the Law, in other words, a properly qualified psychologist or psychopedagogue, for this purpose it needs that this professional has direct contact with the child's family and with other professionals who participate in the child's life. It is necessary to know the history of the child with whom the diagnosis will be applied. When applying this diagnosis, the psychopedagogue must listen to the child's entire trajectory, the purpose of this article being to provide a favorable reflection on the facts related to the patient's real condition. Institutional and clinical knowledge are necessary for this procedure, thus offering greater knowledge as to the viable ways to work with this child.
Keywords: Diagnosis. Psychopedagogue. Diagnosis.
INTRODUÇÃO
O Diagnóstico institucional e clinico da área da psicopedagogia busca encontrar no indivíduo um saber mais apropriado e mais minucioso da criança em análise e assim encontrar as melhores maneiras para ajudar essa criança a poder superar com maior facilidade as superações que necessitam enfrentar. Esse procedimento necessita de profissionais capacitados para atuarem nessa área com qualidade e compromisso, sendo esse artigo dividido em três capítulos, onde o primeiro irá falar sobre A Precisão do Diagnóstico Institucional e Clinico para o Sucesso do Indivíduo, o segundo sobre a obra literária A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, de Zélia Pessoa e Algumas Intervenções de Valor, o terceiro sobre os procedimentos Metodológicos e por fim as Considerações Finais acompanhada das Referências Bibliográficas, na intensão de deixar por meio desse uma contribuição esclarecedora quanto ao fenômeno em estudo, o qual possui por tema: DIAGNÓSTICO PSICOPEDAGOGICO: “ Uma rica ferramenta na busca pela superação”, consultando algumas referências Bibliográficas direcionadas ao conteúdo aqui analisado entre esses temos, Paín, (1985), Visca, (2010), Weiss, (2012), Pessoa, (2017).
I CAPÍTULO
A PRECISÃO DO DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL E CLINICO PARA O SUCESSO DO INDIVÍDUO
Para Paín, (1985), no processo de aprendizagem muitas vezes se faz necessário a aplicabilidade da realização de um diagnóstico institucional ou clínico e que essa anamnese tem por objetivo nos ajudar a conhecer o indivíduo com maiores particularidades e assim tornar mais fácil a intervenção psicopedagógica.
Como alega Fernández (1991), cada ser possui uma maneira de aprender e que se faz necessário para esse indivíduo chegar ao sucesso que se use essa maneira dele aprender, o que denomina-se postura para assimilação.
Indo ao encontro das colocações de Fernandez, (1991), diagnóstico possui origem do vocábulo rotular, definir, entre outros, sendo assim compreende-se que diagnóstico consiste numa visão ocular mais minuciosa onde se envolve a família e demais comunidades que fazem parte da vida do indivíduo.
Temos dois tipos de Diagnósticos:
- O Institucional implica numa anamnese voltada para a questão de aprendizagem, onde se avalia se o indivíduo possui dislexia, dislalia, discalculia, entre outros, problemas que venham interferir no sucesso acadêmico do indivíduo.
- O Clínico implica conforme Alves, (2007), numa anamnese que possui como objeto de estudo a integração do ser em formação com o processo de aprendizagem, onde o psicopedagogo procura analisar a trajetória de aprendizagem do indivíduo em formação, sendo de suma relevância para o sucesso desse diagnóstico encontrar o que tem dificultado o processo de aprendizagem do ser.
Outro fator sumamente importante implica em saber após o diagnóstico se o indivíduo precisa de um olhar médico, e daí conversar com a família ou responsáveis para que esse indivíduo seja encaminhado ao profissional que necessita, seja psicólogo, médico psiquiatra, neurologista, fonoaudiólogo, entre outros.
Como modelo de diagnósticos temos:
Diagnóstico Institucional |
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Quanto ao diagnóstico Clínico:
Possuímos por modelo:
Diagnóstico Clínico |
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4.Encontrar os principais obstáculos da não aprendizagem- Após detectar os possíveis obstáculos aplicar intervenções que venham ajudar no sucesso de quem atendemos. |
E assim será possível por meio do diagnóstico aplicado encontrar caminhos viáveis para ajudar o indivíduo a ser tratado com profissionais capacitados e assim serem conduzidos ao sucesso acadêmico, pessoal e social.
II CAPÍTULO
A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, DE ZÉLIA PESSOA E ALGUMAS INTERVENÇÕES DE VALOR
Na obra literária, A PRINCESINHA AILEZ E SUAS TRAVESSURAS NO REINADO DAS PEDRAS, traz muitas belas Histórias que podem ser usadas nas intervenções psicopedagógicas, como por exemplo nas páginas, 14 e 15 traz:
Nesta ocasião o alto da colina brilhou tanto que todo o reinado presenciou luzes furta-cor, com raios dourados e estrelinhas azuis, marrom e amarela. Mais uma vez, a linda princesa Adalice apareceu, muito bem recebida pela família real, cumprimentou a todos da festa, se aproximando da linda princesinha AILEZ e lhe entregou um novo presente, uma caixa muito colorida, com laços de fita marrom e dourada, cheia de furinhos, ao receber seu presente a linda e doce princesa AILEZ abriu e se encantou ao ver o que tinha dentro da caixa — um lindo cachorrinho, da raça Pinscher Miniatura, na cor preta com manchas branquinhas, olhos pretos e muito vivos.
Ao ver a pequena princesa abanou o rabinho, saltitando muito animado, neste instante a pequena princesa abraçou o cachorrinho muito feliz. A princesa Adalice falou: — Minha doce princesa, você realmente soube receber seu dom, no momento em que você entregou o primeiro pedaço de bolo ao serviçal do castelo, você cresceu como pessoa, como merecedora deste dom, demonstrado sua humildade e empatia humana. — Hoje você foi merecedora de mais um presente, este animalzinho será seu grande amigo e seu ajudador para colocar em prática o dom que recebera. O cachorrinho abanando o rabinho, cheio de alegria e de ternura, não parava de saltitar em torno da doce princesa. Todos ficaram felizes, nesse instante a pequena princesa, pegou dois pedaços de bolo e deu para a princesa Adalice e para o seu cachorro, quando de repente mais uma vertente de luzes brilhou no pescoço da princesa, daí a princesa Adalice falou: — Minha doce AILEZ, toda vez que você evoluir em seu dom especial, toda vez que você praticar uma ação nobre, irás receber mais brilho em sua correntinha, receberás mais poder para alegrar todos que a rodeia. A princesinha ouvia encantada ( PESSOA, 2017, p.14 e 15).
A partir dessa História podemos trabalhar com o aluno com dificuldades o poder das suas boas ações, o cuidar consigo mesmo e com o outro, bem como a certeza de que se fizermos o bem iremos receber boas coisas de volta, pode-se pedir para que o aluno, ou os alunos possam desenhar a passagem estudada, dar nomes aos personagens, ressaltar o que aconteceu de bom e associar com a nossa vida real.
Outra História presente nessa obra literária é:
No dia seguinte, na escada do castelo real, a doce princesa AILEZ brincava com seu cachorrinho, quando de repente, ouviu uma voz chorosa vinda de baixo do castelo, a princesa ao ouvir correu junto com seu lindo animalzinho, e chegando embaixo da escada do castelo se deparou com um lindo garotinho chorando, menino de roupinhas rasgadas, olhos cheios de tristezas, a princesinha dos céus falou: — O que aconteceu meu amiguinho? O menino assustado falou: — Estou com fome, venho de longe me perdi, não sei onde estou. A princesinha falou: — Venha meu amiguinho e levou-o para dentro do castelo, onde o guarda real veio a seu encontro dando segurança aos dois. Mais que de repente a pequena princesa contou a história à cozinheira e pediu que ela servisse algo saboroso e nutritivo ao pequenino, a cozinheira serviu para o pequenino uma porção deliciosa de frutas ao mel e um copo de suco delicioso, no sabor de morango real, em seguida a doce e meiga princesa AILEZ contou tudo aos seus pais, os quais pediram para que o charreteiro do reino levasse o pequenino aos seus
pais. O menino explicou onde morava e lá se foram, o charreteiro, um dos guardas reais, a princesinha AILEZ e seu animalzinho de estimação, o cachorrinho que recebeu o nome de Lupi. Andaram por longo caminho e ao chegar numa terra, com imensos açudes avistaram uma enorme placa de madeira escrita em letras grandes TERRA DO APRAZIMENTO, neste instante o pequenino saiu correndo da carruagem e gritou: — Lá estão meus pais! A pequena princesa ao olhar viu os pais do menino assustados procurando por ele, estes vieram ao seu encontro o abraçaram e ao ouvirem a história do filho, agradeceram muito a pequena princesa com seu cãozinho Lupi, ao guarda real e ao charreteiro. O menino deu um forte abraço na princesinha e neste instante sua correntinha em formato de leão com pedras brilhantes, reluziram luzes de todas as cores envolvendo a todos numa onda de harmonia e muita energia positiva. Se despediram e saíram felizes com a atitude da linda princesa, chegando no meio da estrada próximo ao reino, ouviram um forte barulho assustador, a doce princesa pediu para que o charreteiro parrasse, o guarda real ficou a posto para proteger a princesa e olhou no canto da estrada de onde vinha o forte barulho, nesse momento a pequena e doce AILEZ falou: — Vejam é um leãozinho em perigo, eles olharam e viram:
— Um pequeno leão caindo penhasco a baixo e sua mãe leoa desesperada sem saber como fazer para salvar o seu filhote. — E assim a princesinha AILEZ, pegou a correntinha de seu pescoço, colocou em frente ao leãozinho e de repente a correntinha dourada se transformou numa forte corda que com a ajuda do seu cachorro Lupi o pequeno animal voltou para perto da sua mãe, a qual veio agradecer a pequena AILEZ com um forte e agradável rugido de agradecimento. — Neste momento, mais uma vez as luzes começaram a brilhar no pescoço da princesinha, envolvendo o seu cãozinho. O guarda real olhou assustado para o charreteiro e emocionado falou: — Minha pequena majestade você recebeu este dom magnífico da sua vó paterna, a mãe do Rei Francisco, ela era nossa protetora. Estou muito feliz em ver o quanto você é especial, estou encantado pequena majestade! A pequena princesa sorriu e olhou para o alto com sua medalhinha em formato de leão, dando graças por tão linda missão que tinha recebido — continuar a História da sua vó... Seu cãozinho latia para ela como se dissesse: — Você é muito especial! E assim seguiram rumo ao castelo do Reinado de Pedregulhos, ao chegarem no castelo todos vieram recebê-los e saber como foi a volta do pequenino, a princesinha contou, piscou para o guarda real e para o carreteiro que com olhar de cumplicidade sorriam para ela (PESSOA, 2017, p. 16, 17, 18 e 19).
A partir dessa História pode-se trabalhar a importância de cuidar dos animais, trabalhar as profissões descobrindo quais os sonhos dessa criança, a qual está atendendo, trabalhar a importância das luzes, as cores e assim por diante.
Instigando no individuo mais uma vez o poder do bem, o valor de cada atitude a nobreza presente em cada ser.
Continuando o trabalho com essa obra literária podemos citar:
A doce princesa AILEZ pegou seu cachorrinho nos braços, subiu a escada do palácio e foi descansar em seu quarto real. Seu quarto real era muito lindo, a cama em forma de uma linda leoa, com pedras de brilhantes real na cabeceira, com colcha linda marrom com detalhes vermelhos, tudo muito lindo, ao lado da sua cama ficava a caminha do pequeno Lupi, no formato de uma linda casinha de cachorro muito confortável, onde descansava o amigo fiel da princesinha AILEZ. Numa outra ocasião, a doce AILEZ caminhava com seus irmãos e seu cãozinho nos arredores do castelo, quando de repente ela olhou para o alto e viu uma senhorinha no alto da colina acima do castelo, carregando um feixe de lenha pesado. Caminhando muito lentamente a senhora seguia sem muita animação, ao ver aquela cena a pequena princesa correu para cima da colina com seu cão e chamou seus irmãos para ajudar a senhora, neste instante todos ajudaram a senhora de muita idade carregar a lenha até chegar em sua casa simples e muito bonita, no meio da colina. A senhora muito grata serviu para eles biscoito de leite com chá de canela, ao cãozinho ela deu leite na tigela, ao terminarem de lanchar, a doce princesa AILEZ, se despediu da senhora e ao lhe dar um abraço, as luzes da medalhinha em formato de leão, reluziu em brilho intenso, ao olhar esta cena os irmãos da pequena princesa a observou com muita animação e disseram: — AILEZ você é mesmo um enorme presente para nós. Amamos muito você! E assim voltaram para seu castelo feito de pedras lisas e brilhantes ( PESSOA, 2017, p. 19 e 20).
Mais uma intervenção que pode ser trabalhada aguçando a necessidade de sempre ajudar os que precisam, podendo a mesma ser aplicada com pais, alunos e todos os que fazem parte do mundo daqueles que atendemos.
Assim como essas Histórias essa obra possui muitas outras, tendo em mente que há dentro de cada psicopedagogo um leque infinito de criatividade e imaginação para se trabalhar, cores, nomes, letras, valores precisos e muito mais.
III CAPÍTULO
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Quanto aos procedimentos metodológicos como afirma, Richardson (1999) focou-se num tipo de uma interpelação de cunho qualitativo.
Sendo esse artigo possuidor de uma investigação bibliográfico qualitativo.
Nesse sentido, a pesquisa qualitativa não se dar pelo tamanho da mostra, mas pela profundeza com que o estudo foi concluído.
Portanto refere-se a um estudo conforme (GIL, 2008, p. 57), voltado o aprofundamento do fenômeno em estudo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio desse estudo bibliográfico e analítico ficou evidente que por meio de um bom diagnóstico pode-se melhorar o caminho daqueles a quem atendemos e que por conta de alguma limitação necessita de um olhar mais específico quanto as limitações que apresenta.
Usando o diagnóstico, são levantadas hipóteses de relevância quanto as limitações apresentadas, referente ao problema de aprendizagem, a partir da queixa feita pelo paciente no sentido de avaliar o significado do sintoma apresentado.
Sendo assim fica claro que através do diagnóstico, o psicopedagogo estabelece permanentes relações entre teoria-prática, assumindo sua postura de investigador e uma atitude de respeito com o sujeito, o que influenciará positivamente no diagnóstico.
Portanto o diagnóstico possui uma grande importância para o sucesso do ser em formação, sendo por meio desse instrumento que se pode chegar mais perto da dificuldade e cuidar da sua superação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Doralice Veiga. PSICOPEDAGOGIA: AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO. Escola Superior Aberta do Brasil, 2007.
FERNÁNDEZ, Alicia. A inteligência aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Tradução: Iara Rodrigues. Porto Alegre, RS: Artmed, 1991.
______. O saber em jogo: a psicopedagogia propiciando autorias de pensamento. Tradução: Neusa Kern Hickel. Porto Alegre, RS: Artmed, 2001.
PAÍN, Sara. Diagnóstico e tratamento dos problemas de aprendizagem. Tradução: Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artmed, 1985.
______. Subjetividade e Objetividade: Relação entre Desejo e Conhecimento. 2. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
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