Umas das grandes disciplinas que o administrador estuda, quando está em sua caminhada pelo diploma de bacharel na universidade, atende pelo nome de Logística. Palavra essa que tem origem no verbo francês loger - alojar ou acolher, e muito utilizada pelas forças militares quando se precisa levar suprimento ao campo de batalha. Porém, nos dias atuais vemos nossos principais governantes dando ênfase especificamente na locomoção sem conseguir discernir as externalidades positivas e negativas de suas decisões que em muitas vezes são empregadas erroneamente. Decisões essas comprometidas pelas influências dos empresários que, por sua vez, visam explorar mais o mercado do que atribuir à funcionalidade e a qualidade do serviço prestado provocando transtornos para a vida das pessoas, pois muitas não conseguem nem mesmo o direito básico assegurado pelo Art. 5, inc. XV da Constituição Federal de 1988, que garante a livre locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. Se locomover pelas cidades brasileiras está se tornando cada vez mais uma via crusis para o trabalhador, que precisa ir esmagado nas conduções propostas pelo governo, até chegar ao seu local de trabalho para exercer a função contratada. As nossas metrópoles sofrem a cada dia com perdas financeiras, uma vez que, dificuldade de locomoção das nossas cidades acaba afugentando turistas e investidores que, por sua vez, procuram cidades onde possam garantir que seus funcionários consigam chegar com o mínimo de qualidade para exercer suas funções. Como desatar esse nó sem causar maiores transtornos é uma questão a ser respondida e implementada, pois o Brasil necessita urgentemente de medidas para que o nosso país não seja apenas um grande exportador de bens, mas seja considerado também um gigante do turismo. Bruno Dias