O desconhecido é temido por todos aqueles inseguros de si mesmos, jamais exploraram o corpo, e por isso, não sabem como a analogia do espírito corporal funciona. Jamais se arriscaram a explorar o intocável através da paz e harmonia psicológica. Jamais se permitiram dar uma folga para si mesmos para conhecer o próprio interior e o próprio silencio, que corrompe o som com feixes de luz quando chegam ao ápice da harmonia.

Feixes de luz que cegam àqueles que se opõem a desfrutar do quieto, cortando-os em pedaços minúsculos que se libertam, brilhando no ar, como o mar quando colide contra as pedras, gerando o mais salgado gosto natural que viaja quilômetros e quilômetros na imensidão azul; e envolvem aqueles que cativam a onda tranquilizante do sossego sonoro, como a mãe envolve o filho desorientado, dando-lhe conforto e segurança.

O grande segredo para alcançar o feixe de luz sem que ele te corrompa, é a determinação em conhecer o que não existe fora da mente. O inexistente é representado por cores jamais vistas, texturas jamais tocadas, e gostos jamais conhecidos, com odor doce. E quando o inexistente é atingido e descoberto, o campo de leitura mental se expande, fazendo com que queiramos mais, mergulhando em mares desconhecidos, viajando pelo tempo e vivendo por amor.