Resumo

A Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, acaba de ser destituída das funções para que foi eleita por 54 milhões de brasileiros. A decisão do Senado brasileiro culmina um processo de autêntico golpe de Estado institucional. Não se trata do afastamento das suas altas funções de alguém que cometeu qualquer crime que o justificasse. Antes pelo contrário. Trata-se de uma grande operação do grande capital brasileiro para pôr em causa o processo de mudanças sociais e de afirmação soberana, iniciado com a Presidência de Lula da Silva em Janeiro de 2003, e reverter avanços verificados, tirando partido da maioria nas instituições do Estado e dos problemas económicos provocados pela crise do capitalismo. Um processo que, ao mesmo tempo, constitui uma vingança por Dilma ter recusado ceder a chantagens para dar cobertura ao então Presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha e a outros elementos acusados no processo “Lava Jato”, e uma desforra política da derrota imposta ao candidato da reacção nas eleições presidenciais de Outubro de 2014.

Introdução

Caro leitor ao introduzirmos este artigo sobre a primeira mulher eleita presidente do Brasil, Dilma Vana Rousseff, destacamos que é uma mineira radicada no Rio Grande do Sul, filha de uma professora e de um imigrante búlgaro. Numa das eleições a economista conquistou o direito de exercer seu primeiro cargo electivo. À trajectória dela se misturam alguns dos episódios marcantes da história recente do Brasil, como a resistência à ditadura, a redemocratização do país e a consolidação de uma ordem política equilibrada entre dois blocos pelo PT e pelo PSDB. Dilma nasceu em 14 de Dezembro de 1947, em Belo Horizonte. Entrou na política ainda no antigo colegial, na oposição ao regime de excepção instaurado em 1964. Começou na Organização Revolucionária Marxista – Política Operária (Polop), movimento que, na sua origem, era uma espécie de coalizão de dissidentes, com quadros do PCB, do PSB e do trabalhismo, além de trotskistas e outros marxistas. Na Polop, ela conheceu o primeiro marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares. Ao lado dele, mais tarde, optou pela luta armada e se juntou ao Comando de Libertação Nacional (Colina). Foi destituída das funções para que foi eleita por milhões de brasileiros. A decisão do Senado brasileiro culmina um processo de autêntico golpe de Estado institucional. Não se trata do afastamento das suas altas funções de alguém que cometeu qualquer crime que o justificasse. Antes pelo contrário. Trata-se de uma grande operação do grande capital brasileiro para pôr em causa o processo de mudanças sociais e de afirmação soberana, iniciado com a Presidência de Lula da Silva em Janeiro de 2003, e reverter avanços verificados, tirando partido da maioria nas instituições do Estado e dos problemas económicos provocados pela crise do capitalismo. Um processo que, ao mesmo tempo, constitui uma vingança por Dilma ter recusado ceder a chantagens para dar cobertura ao então Presidente da Câmara de Deputados, Eduardo Cunha e a outros elementos acusados no processo “Lava Jato”, e uma desforra política da derrota imposta ao candidato da reacção nas eleições presidenciais de Outubro de 2014.

Personalidade superior é a nação

Essa personalidade superior é a nação, porque é Estado e por sua vez não é a nação que cria o Estado segundo o velho conceito naturalista que serviu de base à exaltação dos Estados nacionais no século XIX. Antes, a nação é criada pelo Estado, que dá ao povo consciente da própria unidade moral uma vontade e, portanto, uma existência efectiva. O direito de uma nação à independência e a liberdade deriva não de uma consciência literária e ideal do próprio ser, nem tão-pouco de uma situação de facto mais ou menos inconsciente e inerte, mas de uma consciência activa, de uma vontade política em acção e disposta a demonstrar o próprio direito, isto é, de uma espécie de Estado não de invejosos como se norteiam em alguns países capitalistas.
Há um século atrás, houve um incidente de Titanic, cujo provocou muita morte e muito luto no ocidente, que este erro raramente se repetiu, no remar ou no navegar daquele navio mais grande do mundo uma senhora afirmou e exclamou após o afundamento do Titanic: Daqui há um século há-de governar uma mulher e teremos poder porque nos emanciparemos para os homens.
Dito isto passando um século aconteceu. Vimos uma mulher trabalhista, criativa a governar o Brasil, parecia coisas do vídeo e de outro mundo, a primeira presidenta mulher a governar num continente daqueles oxfordizados como eu digo por existir a universidade mas turbulenta do mundo, isto no geral, tantos intelectuais homens tem naquele pais, mas vimos o mundo a mudar de radar quase recentemente influenciaria também nos estados unidos da América, coisas do outro mundo.
Quando falamos dos gigantes ou seja da companhia BRIC’s, a nossa presidenta não estava envolvido em este caso? Qual foi a missão da lava jato? E para quem trabalham a qual bloco pertencem, socialistas ou capitalistas? No Brasil verificasse pancadaria nas secções das câmaras, estas pancadarias e agressões onde e como tem emergido?
Destituição da presidenta brasileira
A destituição da Presidenta Dilma Rousseff cria no Brasil uma situação complexa e perigosa. Tanto mais quando o golpe agora consumado se insere numa ofensiva mais ampla do imperialismo norte-americano e das oligarquias latino-americanas visando recuperar posições perdidas, derrotar os processos progressistas em países como a Venezuela, a Bolívia, o Equador, a Nicarágua, destruir os avanços de integração solidária anti-imperialista que percorrem a América do Sul e Caraíbas.
Os regimes democráticos e trabalhistas podem ser definidos como aqueles que de vez em quando dão ao povo a ilusão de ser soberano, apesar da verdadeira soberania estar noutras forças, por vezes irresponsáveis e secretas. A democracia é um regime sem rei mas com muitíssimos reis, em muitas ocasiões mais exclusivistas, tirânicos e ruinosos que um único rei tirano, um segredo que quero deixar "em qualquer pais não se brinca com o partido no poder"
O Estado não é apenas presente, é passado e, principalmente, futuro. É o Estado que, ultrapassando o breve limite das vidas individuais, representa a consciência imanente da nação. As formas em que os Estados se manifestam mudam, mas a necessidade do Estado permanece. É o Estado que educa os cidadãos nas virtudes cívicas, os torna conscientes da sua missão, os impele à unidade leva os homens à mais elevada expressão humana de força, a autoridade, a nossa presidenta cumpriu com estas missões.
Caro leitor se juntos analisarem o motivo da destituição da Dilma veremos que alguns países não teriam razão por que o caso não é só Brasileiro a um país lambe-bota que influencia vejamos só, após a crise de 1929 até hoje, a evolução económico-política universal reforçou ainda mais algumas posições doutrinárias. É o Estado que se agiganta soque o Estado pode resolver as dramáticas contradições do capitalismo. Aquilo que se chama crise não pode ser resolvido senão pelo Estado, dentro do Estado, então será que a Dilma não resolveria este problema, agir sem pensar é o mesmo disparar sem apontar.
A luta dos trabalhadores e das massas populares brasileiras contra o processo golpista prosseguirá e ampliar-se-á perante a política anti-democrática, anti-popular e de sujeição ao imperialismo do governo reaccionário do usurpador Michel Temer. As grandes manifestações realizadas em São Paulo e noutras cidades brasileiras mostraram que os golpistas encontrarão pela frente uma forte resistência popular.
Nesta encruzilhada do Brasil, o PCP confirma a sua solidariedade aos comunistas e demais forças democráticas, patrióticas e progressistas brasileiras e reitera a sua confiança em que o povo deste grande país derrotará os mais perigosos projectos da reacção golpista e prosseguirá o caminho das transformações políticas, económicas e sociais que a sociedade brasileira reclama.
Onde estão as pessoas e os dirigentes dos que nos começos do liberalismo proclamava que "o Estado deve trabalhar para se tomar inútil e para preparar a sua demissão" se lembrarem disto não vejo porque destitui-la a Dilma Rousseff porque ela voltaria a resolver seus erros no segundo mandato, vejo que nem o primeiro mandato não terminou exoneram-na e golpeiam, queriam o poder, não assim que se governa, não é desse modo que seremos melhores nos maiores estados mundiais, se fosse África dou a minha palavra que não fariam isso por isso é África, é um continente em que os maiores partidos revolucionários fizeram desaparecer muitos reaccionários no caso da FRE em MZ, UNT em AGL e mais.
Oi meu povo e nosso povo Brasileiro saibam que o Estado não representa um partido, representa a colectividade nacional, abrange tudo, supera tudo, protege tudo e procederá contra todo aquele que atentar contra sua soberania imprescritível, mas, a nossa presidenta não tinha esta intenção e nem se quer pensou em derrubar os Estados Unidos das Américas e nem se quer com a oposição brasileira.
E que como se não bastasse esta nossa mentalidade há ainda o nosso método, a actividade quotidiana que tencionamos não esquecer, apenas, procuraremos vigiá-la, para que não haja exageros, para que não transcenda e não prejudique a Rousseff ao pronunciar estas palavras faço-o com intenção. Se a Rousseff fosse uma pessoa como todas as outras, os gestos dos indivíduos ou dos grupos seriam de importância relativa mas nós demos ao nosso movimento a flor dum sangue vermelho, muito suor dela para nos.

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