Resumo

O presente trabalho cita as vivências e os problemas encontrados dentro de sala. A língua inglesa é uma das matérias em que o aluno não dá a mínima importância, pois tem o conceito de que vivo no Brasil, não possuo obrigação nenhuma em saber outra língua a não ser a minha. Professora Tuanny cita que os professores das escolas públicas passam por uma desmotivação grande, e parte disso vem das salas de aula, alunos não compromissado com o que fazem

INTRODUÇÃO

Minhas etapas de Estágio de Língua Inglesa II foram realizadas na Escola Estadual Teotônio Vilela, localizado na Av. Souza Lima Nº 506 bairro Universitária II. A escola oferece o Ensino Fundamental 1º ao 9º ano e também o Ensino Médio (1º ao 3º ano).

DESMOTIVAÇÃO DOS ALUNOS

Durante as etapas em que realizei, observei que os alunos não possuem aquela motivação referente às aulas de língua inglesa. Mas estás observações não foram só na escola atual, mas sim em todas as escolas em que passei, com a execução da etapa de língua de inglesa. Um estudo feito pela Fundação Victor Civita em parceria com o Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, o Banco Itaú e a Fundação Telefônica Vivo, revelam quais as razões para tanto desinteresse. Segundo o estudo foi revelado que os jovens não percebem a utilidade no conteúdo ministrado na aula. As disciplinas que são consideradas mais úteis são: Língua Portuguesa e Matemática. Já geografia, história, biologia, física, língua inglesa e espanhola são consideradas descartáveis para 36% dos entrevistados. A pior avaliação foi para Literatura, apenas 19,1% dos jovens pensam que o conteúdo seja útil. A maior reclamação dos alunos são que, eles querem atividades, matérias em que sejam aplicáveis ao cotidiano, para melhor entendimento. De acordo com a pesquisa elaborada pela Fundação Victor Civita, a ansiedade dos alunos é pela colocação no mercado de trabalho, muitos querem ser inseridos neste universo antes mesmo de terminar o ensino médio, pois são pessoas de baixa renda e precisam na maioria das vezes ajudar em casa, querem matérias em que lhe possa render “dinheiro”. Por este motivo se desmotivam com a escola, não acham as aulas ministradas úteis no seu dia a dia. Mas essa desmotivação não vem só dos alunos, também dos professores. Como vamos motivar nossos alunos se não conseguimos nos manter motivados, com as condições em que professores estão vivendo dentro de sala de aula. Segundo a Professora Tuanny Kamila Braga Oliveira: “As atuais circunstâncias por que passa o professor brasileiro em sala de aula, especialmente na rede pública dos ensinos fundamentais e médios, pedem uma reflexão sobre o que causa desmotivação em sua profissão”. Um professor de língua inglesa como observei, não possui material adequado para melhor elaboração de suas aulas, e ainda sofre pressão das coordenações das escolas, que precisa cumprir cronograma. Aliás, um cronograma que já vem elaborado por eles, onde consta como matéria apenas o “Verb To Be”, o aluno passa o ensino médio todo apenas vendo uma matéria e fazendo tradução, como querem motivação de um aluno, se não possuem material suficiente para melhor elaboração de uma aula, e se o professor quiser uma coisa diferenciada precisa tirar dinheiro do próprio bolso. Libâneo (2001) “afirma que há dois componentes determinantes na atuação do professor: a profissionalização e o profissionalismo. O primeiro refere-se às condições necessárias ao exercício da profissão, tais como salários adequados, condições de trabalho (ambiente, recursos físicos e materiais), além da formação inicial e continuada responsável pelo desenvolvimento das competências, habilidades e atitudes profissionais do professor. Já o segundo refere-se à disposição do professor em exercer seus deveres e responsabilidades de maneira competente, compromissada e ética, o que envolve dedicação ao trabalho, assiduidade, respeito à pluralidade cultural, participação na construção coletiva do projeto pedagógico, além de domínio da matéria e dos métodos de ensino. O profissionalismo e a profissionalização são partes mutuamente complementares”. Focando nos professores de língua inglesa. As situações em que vivenciei são diversas, professores em que não se especializavam na matéria ministrada, mas também encontrei professores que eram super interessados, mas não havia materiais necessários para planejar uma aula motivadora, uma aula em que o aluno pudesse criar aquele interesse em aprender a língua inglesa. Irandé Antunes (2006, p. 178) “afirma que as dificuldades do ensino no Brasil se devem ao fato de a educação não ser prioridade nacional e que não se deve jogar a responsabilidade nos ombros dos professores. Segundo a autora, é imprescindível ter condições de trabalho, o que inclui o número adequado de alunos por sala, muita vez ultrapassado como estratégia de diminuir gastos e recursos”. Para melhor entendimento da língua inglesa, as salas deveriam ser menores com no máximo 10 alunos, para que o professor possa melhor atender cada um. Assim o professor se dedica mais e pode dar mais atenção a eles. Mas, o que acontece é ao contrário, salas super cheias. Portanto, para melhorar os problemas citados, será um melhor investimento na educação, a diminuição das salas. Para os professores de língua inglesa, um material adequado para que o professor possa ministrar uma aula diferenciada, uma aula para chamar a atenção dos alunos e tornar essa língua uma coisa muito importante, necessária.