Desígnio de Deus (Parte II) - Reflexão sobre a História de Paulo de Tarso

Por Ciro Toaldo | 24/01/2022 | Religião

OS DESÍGNIOS DE DEUS (PARTE II) - História de Paulo de Tarso

Professor Me. Ciro José Toaldo

 

Dando continuidade ao artigo anterior, quando mencionamos as histórias de dois nomes, dentre os pilares do cristianismo, Estevão, cujo enredo destacou como testemunho vivo de Jesus Cristo, e Saulo, do qual descreverei.

O ser humano tem dificuldades em entender os desígnios de Deus, dado as inconstâncias, percalços e desafios enfrentados no seu cotidiano. Assim, imagina que ao se ter um ‘encontro’ com o Ser Supremo, sua vida se torna um ‘mar de rosas’. Quanta enganação e falta de entendimento em relação à verdadeira religião.

Neste contexto, busque aprofundar-se na leitura do Novo Testamento, sobretudo nos livros dos Atos dos Apóstolos e nas diversas Cartas ou Epístolas de Paulo de Tarso, escritas para as primeiras comunidades cristãs, exortando a viver nos princípios da Boa Nova de Cristo.

Em cada leitura sobre Paulo, fico impressionado com este grande apóstolo de Jesus, pois, antes de cair do cavalo (At 9, 3-9), contava com as comodidades da boa vida permitida em sua época. Contudo, pelos desígnios de Deus, sua vida, por meio da conversão radical, inclusive com troca de nome, de Saulo para Paulo, fez com que fosse o maior líder do cristianismo. Por intermédio de sua sabedoria e conhecimento, este levou a humanidade conhecer com profundidade quem foi Jesus Cristo e sua doutrina.

Imagine caro leitor, a posição de Saulo e como desfrutava de regalias entre as autoridades do Império Romano, bem como usufruía o prestígio entre os judeus, estes que haviam exigido a crucificação de Jesus.

Dentro da visão materialista, como deve ser difícil o ser humano, que viveu numa posição de privilégios e repentinamente passa a viver na pobreza! E, isto ocorreu com Paulo de Tarso. Sua conversão foi sincera, onde os bens materiais e posição social perderam importância. Quando Saulo pergunta: “Senhor, que queres que eu faça?” (At 9,6), acontece a transformação de um novo relacionamento com Cristo, e torna-se um pregador da Boa Nova, não sendo mais perseguidor dos cristãos.

De fato, Paulo se torna grande missionário do Cristianismo e consegue organizar a Igreja viva de Jesus. De perseguidor, acabou sendo perseguido pelo próprio Império que tanto havia defendido.

Dentre os inúmeros escritos deste grande apóstolo, encontramos a Segunda Carta a Timóteo, onde na prisão em Roma, provavelmente no ano 67 (século I d.C.), Paulo faz sua despedida, sabendo que seria morto. Pede para que não se tenha vergonha de anunciar e testemunhar o Evangelho (2Ts 1,6-18); afirma como deve ser o bom soldado de Cristo, como louvar o martírio e de que maneira a Sagrada Escritura deve ser alimento da fé (2Ts 2 e 3).

Paulo soube como ninguém, assumir em vida os desígnios propostos por Deus. Emociono-me com seu escrito em 2Ts 4,6-8, quando descreve estes profundos versículos. Lembrei-os, em 15/02/2011, no cemitério do Ouro (SC), quando meu pai foi sepultado: “Combati o bom combate, terminei a minha corrida, conservei a fé; agora resta a coroa da justiça que o Senhor me entregará naquele Dia”.

Reflita sobre a vida de Paulo de Tarso. Espero que perceba quanto ainda somos incrédulos, principalmente a cerca dos desígnios de Deus em nossa existência.      

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