DESENVOLVIMENTO DA APRENDIZAGEM POR MEIO DA UTILIZAÇÃO DE BRINCADEIRAS E JOGOS

A Aprendizagem lúdica é um assunto que vem cada vez mais obtendo espaço no que diz respeito panorama educacional. As brincadeiras e os jogos são centro da criança e usa-las como instrumento no cotidiano escolar facilita a produção do conhecimento, desenvolvimento e da aprendizagem da criança, para isso é necessário perceber a escola como espaço para os alunos sentirem a ludicidade como meio para aprimorarem a atenção, o raciocínio, a criatividade e a aprendizagem significativa.

É por meio da brincadeira que os professores/educadores compreendem como as crianças veem e constrói seu mundo, e como elas gostariam que fosse. É importante que a criança seja observada pela professora e pela família enquanto brinca, porquanto poderão descobrir coisas que são omitidas pelas crianças, mas através da brincadeira pode ser revelado.

Os jogos e as brincadeiras são o fundamento da criança e usa-los como ferramentas no cotidiano escolar auxilia na produção do conhecimento, da aprendizagem bem como no desenvolvimento da criança. Sendo assim precisamos entender que a escola é um espaço para os alunos vivenciarem a ludicidade para desenvolverem a atenção, raciocínio e outras habilidades que auxiliará na aprendizagem por isso lúdico se faz necessário para proporcionar um aprendizado mais significativo e prazeroso, pois, o brincar é a fonte de conhecimento primário para o bom desenvolvimento da criança.

É necessário reconhecer que a escola tem como papel de orientar de maneira sistêmica metódica, planejada, organizando o tempo escolar, de forma que as crianças assumir formalmente do sistema alfabético e das práticas e letradas. Compete ao professor estimular os alunos, porquanto a motivação pelo prazer é o princípio de tudo, pois alunos que são motivados envolvem-se mais facilmente nas atividades e assim, estão mais dispostos para atender.

A motivação é relativa à faixa etária da criança, as tendências são composições das necessidades e os desejos da criança, onde tenta realizar a irrealizável, tanto por não poder atendê-la imediatamente quanto pela impossibilidade de agir um mundo real (adulto), por essa razão ela cria o brinquedo.

 

BRINCADEIRAS E JOGOS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

A palavra “jogo” em sua definição ampla apresenta uma série de sentindo, diversos exercícios podem ser empregados ao mesmo tempo, no entanto cada exercício ou cada jogo têm sua própria especificidade. Kishimoto afirma que tem uma dificuldade muito grande em colocar um único sentido ao jogo, porquanto tudo depende da cultura e da importância que lhe é atribuída, uma mesma conduta pode ser ou não um jogo. (KISHIMOTO 2011).

O movimento, o jogo, a ação corporal, e a vivência das sensações constituem um elo entre o eu e o mundo e os outros sendo este o primeiro plano de um fazer mental expressivo. No decorrer de toda infância, atividades corporais, movimentos específicos, brincadeiras constituem meios insubstituíveis para o desenvolvimento pessoal no âmbito, motor, afetivo e cognitivo. É como diz VYGOTSKY (1984, p.114):

desejos. Ensinam-na a desejar, relacionando seus desejos a um fictício, ao seu papel no jogo e suas regras. Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo; aquisições que, no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação e moralidade.

Além de toda a contribuição dos jogos e brincadeiras para o progresso psíquico de uma criança, ainda auxilia para a construção dos limites que deve ter cada ser humano, visto que os jogos apresentam regras e tempo, e assim a criança tem que desenvolver seu autocontrole para ser capaz de brincar, desse modo é de suma importância a utilização dos jogos, brincadeiras para seu desenvolvimento.

 Para Teixeira (2003) “a brincadeira é fundamental para toda criança, pois brincando se socializa e constrói seu próprio mundo, e privar a criança das brincadeiras é violar a harmonia do seu desenvolvimento”.

O ato de brincar facilita para a criança identificar o meio social em que está inserida e dessa forma o observa e espiritualmente e corporalmente.

Pozas (2011, p. 15) defende que:

 

Brincar é uma das principais atividades da criança. É por meio da brincadeira que ela revive a realidade, constrói significados e os ressignifica momentos depois. Dessa forma, aprende, cria e se desenvolve em todos os aspectos.

Usando o jogo e a brincadeira a criança aprende que nem tudo na vida se ganha e assim aprende que uns ganha enquanto outros perdem, então com os jogos se ensina fatores importantíssimos da vida que é o fato de ganhar ou perder, porque geralmente o ser humano deseja apenas as vitórias e não derrotas, entretanto as crianças precisam compreender que nem sempre saímos vitoriosos em todos as situações.

O brincar retrata a maneira como a criança ordena, organiza, desorganiza, destrói e reconstrói o universo ao seu redor. Por intermédio da brincadeira, a criança também expõe seus sentimentos, desejos, medos, suas emoções e fantasias, além de integrar novos conhecimentos que irão percorrer por toda a vida, pois, os principais hábitos que se pode formar nos ciclos podem ser destacados como: independência, asseio pessoal, economia e ordem e cuidados relacionados ao meio em que vive.

No brincar e no jogar, quanto mais papéis a criança representar, mais ampliará sua expressividade entendida como uma totalidade, a partir do brincar e jogar, ela constrói conhecimentos por meio dos papeis que representa, e ao mesmo tempo desenvolve dois vocabulários, sendo o linguístico e o psicomotor, além do ajustamento afetivo e emocional que atinge na representação dos papeis.

Segundo Leal, Albuquerque e Leite (2005) cada tipo de jogo ajuda no desenvolvimento de habilidades diferentes na criança podemos citar: Jogo de estratégia que tem foco na evolução da sabedoria e competências ligadas á construção ou administração do objeto relativo, onde a criança precisa empregar seu pensamento para solucionar o problema. Jogos de ação auxilia progresso psicomotor, desenvolvendo reflexões, coordenação motora e estimulando o pensamento rápido, diante de situações inesperada.

 

CONCLUSÃO

Conclui-se que a utilização de jogos e brincadeiras na educação escolar, é um grande aliado do professor e proporciona as crianças um aprendizado mais significativo e prazeroso e acima de tudo eficiente, pois por meio das brincadeiras a criança cria seu mundo de fantasia e faz dele um palco, onde a mesma encena fatos e atitudes que fazem parte da sua realidade cotidiana, dessa forma consegue transformar problemas que há em sua vida em momentos de diversão. Pode se dizer que a educação lúdica na alfabetização não trata apenas de ensinar a ler e escrever, mas de atender as necessidades do desenvolvimento da criança, auxiliando para total desenvolvimento da sua personalidade.

 

REFERENCIAS

ALBUQUERQUE, E, LEAL, T, Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética, Recife, Autêntica, 2005.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

KISHIMOTO, T, M. (Org.) Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 14ª ed. São Paulo. Cortez, 2011.

PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. 3. ed. (Trad. D. A. Lindoso e R. M. R. Silva). Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1976.

POZAS, D. A criança que brinca mais aprende mais: a importância da atividade lúdica para o desenvolvimento cognitivo infantil. Rio de Janeiro: Senac, 2011.

TEIXEIRA, F.E.C (orgs.); MARTINEZ, A.M; REY, F.L.G et al. Aprendendo a

aprender:guia de formação para professores das Séries Iniciais. Brasilia:

Uniceub, 2003.