Em qual esquina que foi,

neste longo tempo que se foi

e temo que se irá mais um outro;

me responde à esta pergunta que me alucina,

em que tempo, em qual esquina

que nos perdemos um do outro?...

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Era constante a tua forte presença

na casa de minha infância; que diferença

não havia entre ti e a gente que ali vivia!...

Sem de errar temer correr o risco,

eu posso até dizer e até arrisco

que tu fazias parte da família!...

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Havia entre nós dois, crianças tão inocentes,

e depois quando já adolescentes

um quê que de errar não tenho eu o temor;

um quê de "química" , sintonia

tão forte que entre nós dois havia;

que posso arriscar...era amor!...

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Em qual esquina que foi,

neste longo tempo que se foi

(e um outro tanto se irá...ah, triste sina)

em que constante era na casa da minha infância

tua presença; e hoje somente entre nós distância;

me responde: em qual que nos perdemos foi a esquina...

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Havia entre nós dois, crianças...(tanta inocência;

nossa "primeira vez", na adolescência)

um quê de sintonia; seja qualquer que for

o nome que se dá a isso...Ah, triste sina,

me responde: em qual tempo, em qual esquina

foi, em que se perdeu o nosso amor?...

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Em qual esquina daquela de nossa infância rua

em que era constante a presença tua

(corpos de criançada a brincar dando-se encontros)

em que nos perdemos um do outro?...

Espero que tempo igual aquele, há de haver um outro

em que entre nós não haja DESENCONTROS.

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(GERALDO COELHO ZACARIAS)