Desatenção com o longo prazo, dificuldades financeiras no curto prazo.
Por Ivan Postigo | 26/02/2010 | AdmConheço muitas empresas que durante décadas vêm enfrentado dificuldades, experimentam alguns bons momentos que são substancialmente superados por períodos de baixa.
Você certamente diria:- Eu também e rapidamente faria uma lista com alguns nomes.
Ao analisarmos o foco da gestão dessas organizações veremos que estes estão no curto prazo.
Qualquer gestor afirmaria:- Preciso de resultados, um mínimo que me permita pagar as contas do dia. Não estou nem mencionando o dia seguinte!
Não raro, nos depararemos com a frase: “ Estamos vendendo o almoço para comprar a janta”.
Jantar? Não, no popular mesmo: Janta!
Não seria necessário e fundamental estruturar um plano para desenvolvimento dessas organizações para que superem as dificuldades e comecem a tratar dos aspectos que determinariam seu crescimento?
Incessantemente e de forma ordenada e determinada buscar um faturamento que lhes de tranqüilidade econômica, adequando a gestão financeira para uma administração dos negócios com menores sobressaltos?
Todos nós, eu , você e os gestores dessas empresas diríamos sim!
E por que não é feito?
Sem medo de errar muitos dirão:- Cadê o tempo?
Que tal colocarmos a seguinte pergunta: Como uma empresa bem sucedida, que tem um volume muito maior de negócios, consegue tempo?
Por que tem recursos e pode contratar mais pessoas?
Por que pode atrair profissionais preparados?
Por que pode pagar melhores salários?
Isso ajuda, mas esse não é fundamento. Caso fosse não veríamos “ viradas” sensacionais de empresas, ditas falidas, onde os gestores abraçaram os projetos como a última missão e conseguiram feitos extraordinários.
Chama a atenção um aspecto: O número de horas investidas em gestão em empresas bem sucedidas são substancialmente maiores do que nas empresas mal sucedidas.
Hum, existe a motivação!
O que o motivaria mais a agir:- Garantir a sobrevivência da empresa e sua fonte de sustento ou trabalhar por uma promoção?
Fiz essa pergunta inúmeras vezes e vejo que as pessoas que respondem garantir a sobrevivência da empresa normalmente trabalham em organizações vencedoras.
Trabalhar pela sobrevivência da empresa não significa agir para apagar o fogo, mas prevenir e evitar a faísca.
Os olhos desse gestor não estarão apenas no ato, mas no fato.
O registro dos atos heróicos para superação das dificuldades diárias consomem energia e tempo preciosos nas empresas em dificuldades , enquanto os projetos vencedores pedem concentração, reflexão e um pouco de isolamento.
Quando investimos mais tempo e estes ainda são mais produtivos os resultados tendem a aparecer.
A dura realidade é a seguinte:
-Hoje, já é o amanhã, que ontem dissemos que não tínhamos tempo para cuidar.
É comum ao final do expediente juntarmos os papéis na mesa, fecharmos nossas gavetas, sairmos da empresa sem perguntar: -Que avanços fiz ou fizemos hoje no sentido de criar o futuro da nossa organização?
Isso não acontece um dia, mas centenas e milhares destes. Ligamos nosso piloto automático e vamos em frente sem maiores avaliações e reflexões.
Temos então um gestor de urgências!
Um determinado dia do ano , todos os anos isso ocorre, somos informados que temos que preparar o plano mercadológico e orçamentário para o próximo exercício.
Um frio corre pela nossa espinha e sentimos um enorme desconforto: Tudo de novo?
Realmente nesse momento só há uma frase para definir nosso conceito de futuro: Um tempo muito distante!
Ivan Postigo
Economista, Bacharel em contabilidade, pós-graduado em controladoria pela USP
Autor do livro: Por que não? Técnicas para estruturação de carreira na área de vendas
Free e-book: Prospecção de clientes e de oportunidades de negócios
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"Quando a sorte me procura ela sempre me encontra trabalhando“