Não é nenhuma novidade que o setor público brasileiro, sobretudo nos últimos anos, tornou-se insolvente em todos os seus níveis e que tal situação é indiscutivelmente insustentável. E apesar das reformas que estão em curso produzirem uma expectativa positiva para o mercado, sabe-se também, que há muito ainda a ser feito para solucionar os gargalos que limitam o setor privado e alavancar o investimento produtivo no país, de forma a conduzi-lo para um ciclo de crescimento econômico sustentável.

Destarte, diante de um cenário político caótico e com níveis menores de arrecadação devido à queda da atividade econômica, caberá ao governo buscar alternativas para melhorar a infraestrutura interna. A precariedade atual das estradas, ferrovias e portos brasileiros elevam os custos de produção das empresas. O impacto ocorre desde o recebimento dos insumos para produção até ao efetivo escoamento da mesma. Desta forma, as indústrias brasileiras tornam-se menos competitivas no cenário internacional, logo, se a retomada da economia se concretizar e nada mudar este problema ficará ainda mais evidente.

Ademais, outro ponto importante para ser solucionado refere-se ao excesso de burocracia que desencadeia no aumento do chamado custo Brasil. Em outras palavras, é necessário tornar os processos mais simples de forma que o tempo gasto para resolução desses processos seja reduzido, e consequentemente diminuindo todo o custo envolvido também.

Por último, e não menos importante é fundamental tratar da obtenção da abertura comercial do país. Os ganhos para economia nacional no longo prazo são muito maiores em relação as perdas que alguns segmentos poderão ter no curto prazo, em virtude da exposição a mercado externo. Dentre os benefícios cita-se principalmente o ganho de produtividade, que no Brasil historicamente sempre esteve em níveis baixíssimos.