Dependência

 

 

Minha alma sente frio excessivamente quando você não está aqui.

Meus olhos enxergam apenas as cores mortas com que se orna a paisagem outonal.

Como se estivesse numa câmara fria, meu pensamento vaga com vontade de dormir.

Minha mão se nega a escrever versos para brindar a vida que brinca lá fora.

 

¿Qué sucedió, después de todo, mi amor? 

 

Aos poucos vou tomando consciência dessa minha dependência!

Já não sou eu a criatura que liberta caminhou tantas estradas.

Já não sou como a ave solta nas matas que cochicham com o vento.

Vivo uma longa espera sem saber se novamente o terei aqui.

 

¿Qué sucedió, después de todo, mi amor? 

 

Minha alma sente frio excessivamente quando tudo é silêncio!

Meus olhos se fecham imaginando o teu corpo junto ao meu.

Tua voz sussurra aos meus ouvidos as nossas imoralidades mais secretas.

Minha boca sorri teu nome em vários tons e minha mão silenciosamente apaga a luz.

 

¿Qué sucedió, después de todo, mi amor?