Denguetown
Publicado em 26 de março de 2011 por André Luiz Raphael
Como pode com tanta informação que se tem hoje em dia, ocorrer alarmantes casos de dengue? Seria falta de conhecimento, instrução? Acredito que não! São tantas propagandas: fotos do mosquito com infográficos sobre os perigos e as formas de prevenção, mosquitos personalizados com cara de gangster, sendo massacrados por um sinal de proibido bem gigante, musiquinhas de conscientização, crianças vestidas de super-heróis, entrando em casas e orientando sobre o combate, artistas famosos fazendo apelos. Só falta colocar mulher seminua para falar dos perigos da água parada e da dengue, pô! (mas é aí que ninguém vai prestar atenção em nada mesmo), pois de resto tudo já foi feito.
O problema é que há pessoas que tem água parada no cérebro. Local de difícil acesso para a fiscalização. E são estes indivíduos de mente aquática que deixam vasos nadando em recipientes com água, piscinas verdejantes de musgo que não veem cloro há muito tempo, lixo em terrenos baldios e na rua, o pote de água do cachorro com água jurássica, ou seja, Araraquara deveria ser chamada de "Morada da Dengue" ou "Dengópolis", pois a cidade é um verdadeiro hotel de cinco estrelas para o mosquito. O mercado imobiliário da cidade nunca foi tão favorável ao inseto: ele tem sangue em abundância, sombra e água fresca em dezenas de residências de nosso município. As pessoas nunca foram tão solicitas com algo que nos faz tão mal. É como ser assaltado e dizer ao bandido "Obrigado, volte sempre! Agradecemos pela preferência!"
O pior é que estes seres "hidro-anencéfalos" (se me permitem o neologismo) que dão esta "sopa" ao mosquito (ou seria água?) não percebem os efeitos colaterais que geram na cidade. As pessoas infectadas vão aumentar as incidências do contágio, a isto chamamos "epidemia" (se desconhecerem a palavra, procure no dicionário, por favor!). Com mais pessoas infectadas, os hospitais e prontos-socorros vão ficar tão abarrotados, como supermercado em véspera de feriado. Logicamente, como dois e dois são quatro (joga no Google se tiver dúvida!), o atendimento e a solução do problema vão ser prejudicados no quesito qualidade e tempo. Entretanto, há casos que não podem esperar. Não dá para dizer ao infartado "espera na fila que a gente já vai te atender" ou "não vai morrer agora, espera só um pouquinho" ou ainda para o acidentado "segura as tripas que o doutor já vai costurar, tá boooooom?".
O interessante é que muitas destas pessoas em suas rodas de bate-papo espinafram o serviço público, sem reparar que a solução de um problema, para ser efetiva, não depende somente do governo ou da prefeitura municipal, depende de todos. Adianta muito alguém arrumar a bagunça para outro desfazer em seguida tudo o que foi feito. Tem graça? Não seria melhor unir forças em prol de uma mesma ação.
O pior de tudo é que tem vereador fazendo projeto para "premiar" e, assim, incentivar atitudes cidadãs no combate a Dengue. O projeto é interessante, mas a que ponto chegamos?! Isto é o mesmo que procurar razões, justificativas, argumentos pedagógicos e lógicos para que alguém utilize o papel higiênico após suas necessidades fisiológicas. A atitude dos políticos é nobre, mas a sociedade tem que se conscientizar. Senão, daqui a pouco vamos criar o "Bingão do Dengão" (com prêmios de montão!), o "Dengue Zero", o "Bolsa Dengue", sendo que a atitude de precaução e prevenção é obrigação do cidadão. Contribuir para a propagação desta doença, de uma forma ou de outra, deveria ser considerado crime. Se a dengue mata, compactuar com ela, é compactuar com uma tentativa de homicídio. Pense nisto, cidadão! E se sua cabeça anda meio "encharcada", talvez esteja na hora de uma boa limpeza e uma boa reflexão. Afinal, destruir o foco do mosquito é fácil, é questão de opinião e persistência. Não espere a Dengue entrar em sua casa e colocar em risco a vida das pessoas que você ama e a sua para depois tomar uma atitude.
Araraquara já é a morada do sol, não há espaço para a Dengue aqui! Lute por isto. Diga a Dengue "Uh, fora! Uh, fora! Uh, fora...
O problema é que há pessoas que tem água parada no cérebro. Local de difícil acesso para a fiscalização. E são estes indivíduos de mente aquática que deixam vasos nadando em recipientes com água, piscinas verdejantes de musgo que não veem cloro há muito tempo, lixo em terrenos baldios e na rua, o pote de água do cachorro com água jurássica, ou seja, Araraquara deveria ser chamada de "Morada da Dengue" ou "Dengópolis", pois a cidade é um verdadeiro hotel de cinco estrelas para o mosquito. O mercado imobiliário da cidade nunca foi tão favorável ao inseto: ele tem sangue em abundância, sombra e água fresca em dezenas de residências de nosso município. As pessoas nunca foram tão solicitas com algo que nos faz tão mal. É como ser assaltado e dizer ao bandido "Obrigado, volte sempre! Agradecemos pela preferência!"
O pior é que estes seres "hidro-anencéfalos" (se me permitem o neologismo) que dão esta "sopa" ao mosquito (ou seria água?) não percebem os efeitos colaterais que geram na cidade. As pessoas infectadas vão aumentar as incidências do contágio, a isto chamamos "epidemia" (se desconhecerem a palavra, procure no dicionário, por favor!). Com mais pessoas infectadas, os hospitais e prontos-socorros vão ficar tão abarrotados, como supermercado em véspera de feriado. Logicamente, como dois e dois são quatro (joga no Google se tiver dúvida!), o atendimento e a solução do problema vão ser prejudicados no quesito qualidade e tempo. Entretanto, há casos que não podem esperar. Não dá para dizer ao infartado "espera na fila que a gente já vai te atender" ou "não vai morrer agora, espera só um pouquinho" ou ainda para o acidentado "segura as tripas que o doutor já vai costurar, tá boooooom?".
O interessante é que muitas destas pessoas em suas rodas de bate-papo espinafram o serviço público, sem reparar que a solução de um problema, para ser efetiva, não depende somente do governo ou da prefeitura municipal, depende de todos. Adianta muito alguém arrumar a bagunça para outro desfazer em seguida tudo o que foi feito. Tem graça? Não seria melhor unir forças em prol de uma mesma ação.
O pior de tudo é que tem vereador fazendo projeto para "premiar" e, assim, incentivar atitudes cidadãs no combate a Dengue. O projeto é interessante, mas a que ponto chegamos?! Isto é o mesmo que procurar razões, justificativas, argumentos pedagógicos e lógicos para que alguém utilize o papel higiênico após suas necessidades fisiológicas. A atitude dos políticos é nobre, mas a sociedade tem que se conscientizar. Senão, daqui a pouco vamos criar o "Bingão do Dengão" (com prêmios de montão!), o "Dengue Zero", o "Bolsa Dengue", sendo que a atitude de precaução e prevenção é obrigação do cidadão. Contribuir para a propagação desta doença, de uma forma ou de outra, deveria ser considerado crime. Se a dengue mata, compactuar com ela, é compactuar com uma tentativa de homicídio. Pense nisto, cidadão! E se sua cabeça anda meio "encharcada", talvez esteja na hora de uma boa limpeza e uma boa reflexão. Afinal, destruir o foco do mosquito é fácil, é questão de opinião e persistência. Não espere a Dengue entrar em sua casa e colocar em risco a vida das pessoas que você ama e a sua para depois tomar uma atitude.
Araraquara já é a morada do sol, não há espaço para a Dengue aqui! Lute por isto. Diga a Dengue "Uh, fora! Uh, fora! Uh, fora...