DELEGADA MARIA ELISA (PARTE CLXXXIII): “O RETORNO SOB EFEITO ‘BARBARELLA-GURU’”.
Por Felipe Genovez | 04/09/2019 | HistóriaData: 08.09.08. Horário: 15:05h. Estava ainda na Delegacia Regional de Joinville e observei que havia uma ligação da Marilisa no meu celular e resolvi lhe dar um retorno. Na segunda tentativa Marilisa atendeu a ligação e com a sua simpatia irradiante de sempre foi perguntando se estava tudo bem. Relatei que naquele momento me encontrava na Delegacia Regional de Joinville e ela me interrompeu:
- “A semana que vem temos a nossa viagem, será que vai fazer frio? Não sei que roupa eu vou levar...”.
Argumentei:
- “Bom, leva roupa para frio, calor...”.
Marilisa interrompeu:
- “Tu visses na semana passada o calor que fez, depois a temperatura despencou? Tu soubestes o que aconteceu com o Iunes? Ele se matou, tu conhecia ele, não?”
Me deu um frio na barriga, mas brinquei:
- “Não, não o conhecia, ah, sim, a Veleda se matou?”
Marilisa do outro lado deu a impressão que não entendeu e questionou:
- “A Veleda? Não, ela não...”.
Expliquei melhor:
- “Bom, existem os mortos-vivos, não é?”
Marilisa parece que havia entendido:
- “Ah, isso é verdade. Liguei para ti, mas o teu celular estava desligado, liguei várias vezes, viu!”
Arrematei:
- “Sim, eu sei. Mas eu dei retorno para as tuas ligações. Eu vi as ligações, só que eu estava viajando e era fora de área, só pude ver as ligações mais tarde...”.
Marilisa deixou no ar um misto de dúvida e surpresa:
- “Ah, mas quando foi que tu me ligasses?”
Respondi:
- “Foi na semana passada, eu estava viajando. Sempre que tem ligação tua eu dou retorno, só que quando liguei tu não atendesses. Eu liguei três vezes na sexta ou sábado da semana passada...”.
Marilisa argumentou:
- “Ah, eu nem vi, tinha umas quarenta chamadas no meu celular, como é que eu...”.
Diante disso pensei: “Puxa, acho que ela nessas horas é ‘mentirosinha’, imagina, quarenta ligações, só se fosse candidata, mas deixa estar...”. A conversa estava animada e eu procurei manter o bom nível aproveitando para fazer uma revelação:
- “Ah, eu tenho uma sindicância, vou ter que te ouvir...”.
Marilisa ficou em silêncio e imediatamente questionou:
- “Sindicância? Que sindicância, por favor não vai estragar o meu dia, meu Deus...”.
Interrompi:
- “É o Zulmar e tu, foi na época que tu eras Delegada Regional”.
Marilisa, já aparentando aflição, foi perguntando:
- “Não queres vir aqui tomar um café comigo? Vem aqui agora!”
Achei graça aquela reação e tive que me controlar:
- “Marilisa, por favor, a semana que vem nós já vamos viajar a semana toda juntos. A semana que vem tu vais passar cinco dias na minha companhia, vais enjoar de me ver, de falar comigo, ah, para! Acho que queria mesmo era estar invisível na semana que vem...”.
Marilisa insistiu:
- “Eu não aguento essas coisas que ficam estourando contra mim da época que eu era ainda ‘Regional’. Vem aqui tomar um café comigo agora!”
Interrompi:
- “Ah, Marilisa, tu és fogo, não vou, não posso ir aí agora!”
Ela insistiu para saber do que se tratava a sindicância, então resolvi dar uns toques para matar a sua curiosidade:
- “Eu não vou falar por telefone, mas na semana que vem eu explico. Tu lembras daquele policial ‘Ronaldão’, lembras? Então, o Zulmar era o chefe dele e tu eras a ‘Regional’”.
Marilisa me interrompeu:
- “Sei, então ele aprontou? O Zulmar me comunicou e não foi feito nada, é isso?”
Respondi:
- “Sim senhora, foi isso mesmo. O Ministério Público agora quer saber o que aconteceu. Mas quando a gente viajar eu explico melhor, legal?”.
Marilisa me interrompeu:
- “Sim, e quem é que vai apurar isso?”
Respondi:
- “Está comigo”.
Marilisa, já mais calma, comentou:
- “Ainda bem que és tu”.
Argumentei:
- “É, mas eu vou apurar tudo, nos mínimos detalhes...”.
Marilisa:
- “Então tá, na semana que vem a gente conversa, a gente vai ter bastante tempo para conversar...”.
Ainda brinquei falando da minha tosse no nosso último contato e ela pareceu intrigada que todo ano eu tinha que pegar uma gripe e foi me aconselhando a tomar suco de laranja em razão da vitamina “c”, sem deixar de lembrar a ela que todo ano já era um ritual, pois tinha que pegar uma gripe forte e que isso já fazia parte do meu sistema imunológico. Marilisa parecia inconfortável com esse fato e insistiu que eu tomasse suco de laranja. Argumenteii que suco de acerola tinha mais vitamina “c” do que o de laranja e ela comentou:
- “Ah, eu nunca tenho isso, eu nunca fico gripada...”.
Conversamos um pouco sobre o candidato a Prefeito de Joinville Deputado Darci de Matos e Marilisa disse que há dias não conversava com o parlamentar.