Mais um encontro com a DRP/Caçador Sirlei Gustowiski:  

Data: 05.09.08. Horário: 09:10h. Havia acabado de chegar na Delegacia Regional de Caçador e fui direto para o gabinete da Delegada Sirlei Gutowiski que encontrei no .corredor do segundo andar. Quando me viu se aproximar Sirlei esbanjou um sorriso em sinal de receptividade e mútua empatia. Acabamos no seu gabinete e ela foi se revelando mais adaptada a função e a realidade policial, haja vista que mesmo sendo Delegada Substituta, anteriormente respondeu pela “DRP“  de Canoinhas e, para surpresa geral, havia sido nomeada Delegada Regional de Caçador.

Aproveitei para perguntar por onde andaria seu antecessor, no caso o Carlão e Sirlei foi relatando que estava lhe substituindo porque era candidato a vereador pelo PMDB. Fiquei intrigado porque “Carlão” sempre foi do “extinto PFL” (transformando em Democratas). Sirlei comentou que ele tinha boas chances de se eleger enquanto evitei me manifestar ou tomar partido. Na continuação fiz um relato sumário sobre o projeto que tratava da “indenização aposenttatória” (relatei que era um projeto que tinha a participação da inestimável Delegada Marilisa de Joinville e que havia sido apresentado por meio do Deputado Darci de Matos). Em razão disso, fomos para a Internet tirar uma cópia do material. Perguntei quem era o Deputado da região e Sirlei comentou que Caçador não tinha representante na Assembleia Legislativa, mas citou o nome do candidato a prefeito de Caçador Valdir Cobalchini, muito amigo de “Carlão” e bastante influente na região e no governo estadual. Pedi que Sirlei conversasse com “Carlão” para fazer os contatos com o candidato a Prefeito de Caçador que inclusive era suplente de Deputado Estadual pelo PMDB. A seguir, lamentei que tivesse que apresentar o referido projeto, quando a direção da “Adpesc”(Associação dos Delegados-SC) era quem deveria tomar essa iniciativa, apresentando emendas quando a matéria estivesse tramitando na Assembléia Legislativa. Depois lamentamos a nossa realidade institucional, a começar pelas perdas salariais dos últimos anos, também, sobre a carência de Delegados e as dificuldades para se exercer as funções de autoridade policial, tendo que acumular comarcas. Pedi que Sirlei conversasse com os demais Delegados daquela região e, também, com os policiais civis sobre o nosso projeto e ela pareceu disposta a adotar todas as providências necessárias para mobilizar o seu pessoal. No final da conversa perguntei se já tinha havido assembleia-geral da “Adpesc” na região e Sirlei comentou que ainda não, tampouco, que estivessem sabendo se isso iria se concretizar. Argumentei que por onde tinha passado nos últimos meses os Delegados estavam cobrando as promessas da Delegada Sonêia, especialmente, porque alardeou que no mês de outubro o nosso pessoal iria rir à toa com as novidades, a começar pelos aumentos salariais... Sirlei se pôs a rir de um jeito engraçado, como se quisesse me perguntar se eu também acreditava em “Papai Noel”.

Sinal daseiva de Marilisa: 

Por volta das treze horas, tinha acabado de almoçar na Churrascaria Missioneiro localizada na cidade de Canoinhas (rodovia), na companhia dos policiais Fernando e PatríciaAngélica  quando percebi que havia duas ligações da Delegada Marilisa no meu celular, acusando o horário das onze horas e quinze minutos. Imediatamente pensei: “Báh, e ela tinha dito naquela sexta (enquanto eu estava com um ataque de tosse) que estava indo um aniversário, mas que no sábado me ligaria, porém até aquele momento fiquei só esperando, depois de quase um mês ela reaparece, mas essa era a Marilisa de sempre..., com seus problemas existenciais, familiares, profissionais, políticos... nem poderia ser diferente, por isso talvez o nosso magnetismo. Resolvi deixar para ligar à noite, ansioso para saber o que queria comigo, mas fui imaginando: “Deveria ser aquela ‘lenga-lenga’, tudo para compensar sua insegurança, seus caprichos, especialmente, porque no meu caso servia para seus propósitos de arrefecimento neural, a começar porque me fazia sua presa fácil e assim  poderia se expandir, comer de mansinho e sorver toda a seiva das nossas emoções entregues.

Por volta das vinte e uma horas (aproximadamente) fiz duas ligações para o celular da Marilisa, no entanto seu aparelho estava desligado (na caixa de recado). Esperei uns trinta minutos e recebi um sinal de que seu celular já estava ligado. Passado mais uns vinte minutos resolvi fazer uma nova ligação e o celular chamou, chamou e chamou... até cair novamente na caixa postal. Desliguei o aparelho e dei como cumprida a minha missão, muito embora quisesse conversar, saber das novidades, ouvir sua voz... até porque aprendi a gostar muito da minha “Barbarella-Guru”.

Data: 08.09.08. Horário: 08:30h. Estava me preparando para sair da sede da Corregedoria da Polícia Civil com destino a Joinville na companhia da inseparável policial Patrícia Angélica quando o motorista Dílson Pacheco se aproximou para dar uma ajuda, já que nós faríamos a viagem por meio de um veículo “Gol” (locado). Logo que sai da garagem Patrícia Angélica foi comentando que Dílson teria que viajar com o Corregedor-Geral da SSP – Delegado Ricardo Feijó, porém estava chateado porque preferia viajar conosco. Fiquei curioso e Angélica fez o seguinte comentário:

- “Bom, ele diz que quando viaja com o Feijó vai o Adriano (Delegado Adriano Luz) sentando atrás, como um fiel escudeiro e faz isso só para ganhar diárias. Ele não faz nada, só viaja para pentelhar, só para ganhar... O Dílson reclama que o Adriano vai atrás enchendo a paciência e dizendo que não é para passar de oitenta quilômetros por hora. Ele fica puto da cara...”.

Interrompi:

- “Puxa, esse Adriano... Ele e o irmão, o Leonardo (Comissário e ex-marido de Patrícia Angélica) são duas figuras, nunca foram de trabalhar muito, como é que pode esse pessoal se criar assim, como é que pode gente assim passar a vida... A instituição não merecia isso. Também não entendo como é que o Feijó fica levando o Adriano por aí nessas viagens se ele não é da Corregedoria-Geral...”.

Patrícia, com o seu sotaque mineiro respondeu:

- “Claro, doutor, é só pra ganhar diárias, ué, só para ganhar diárias, o senhor não sabia?”

Por volta das onze horas e vinte minutos estava na Delegacia Regional de Polícia de Joinville e resolvi dar uma passada no gabinete do Delegado Dirceu Silveira. De imediato perguntei para sua secretária se ele estava na “Casa” e ela respondeu que estava em reunião, como era costume todas as segundas-feiras com os Delegados de Polícia da sua região.

A seguir encontrei o Investigador “Zico” da Corregedoria da Polícia Civil e logo soube que a Delegada Corregedora Veronice também se encontrava no prédio, sendo secretariada pela Escrivã Ariane, o que me fez pensar: “Bom, com tantos problemas por aí, a começar pelas denúncias de extorsão envolvendo o Delegado de Polícia Especial José Antônio Peixoto, ex-Diretor da Academia da Polícia Civil, ex-aliado do Delegado “R.T.“..., além disso, havia o flagrante do Delegado de Polícia de São Francisco (Ivan Brandt) sendo fotografado usando a viatura caracterizada da Delegacia..., entretanto, fora da sua comarca, realizando “voltas” em Joinville...”. Conversei com “Zico” sobre a situação da instituição e ele foi me perguntou:

- “Doutor, o senhor viu aquela coisa feia envolvendo o Delegado Peixoto?”

Em seguida passei a externar minha opinião sobre as eleições do “Sintrasp”, considerando que o Escrivã João Batista (irmão do Delegado Zulmar Valverde) havia sido reeleito para o cargo, muito embora já estivesse há dezesseis anos no cargo. Argumentei que a partir da reeleição de “Batista” pelos policiais civis ele poderia ficar quantos anos quisesse, pois estaria legitimado. Disse mais, que a reeleição de Batista naquelas circunstância, além de legitimar sua permanência no cargo, revelava que os policiais civis estavam satisfeitos com os encaminhamentos das reivindicações, com o governo, projetos... Cheguei a fazer uma “mea-culpa”, pois me posicionei contra “Batista”, apostando que o caminho era renovação, mas agora com recado das urnas percebi que estava errado...  “Zico” comentou que uma chapa liderada pelo Escrivão “Paulinho”, Escrevente Delci”, Escrivão Milton Sché Neves... era perigoso para o momento porque poderiam por fim ao patrimônio da entidade. Além do mais, a chapa do Escrivão Paulinho era apoiada pela cúpula da Polícia Civil. “Zico” comentou que era favorável a uma renovação, chegando a conversar com o Comissário Samir (irmão de Batista), da Corregedoria da Polícia Civil, no entanto, entre a chapa de “Paulinho” e manter o Escrivão “Batista” achava melhor continuar com a “situação”. Argumentei que “Batista” estava legitimado e se os policiais estavam contentes com sua administração que ficasse quanto tempo quisesse. No final da conversa relatei a discussão que tive com o Delegado Gentil na presença do Delegado Regional de Itajaí, quando defendi o projeto da “indenização aposentatória”. Depois,  argumentei:

- “Bom, o Gentil disse que nós precisamos é de ‘mega’ projetos e não de ‘projetinhos’ como aquele... Tudo bem, eu concordo. Imagina, eu sou favorável a ‘mega’ projetos. Vamos defender isonomia salarial dos policiais civis com os federais, claro, olha só que ‘mega’ projeto, quem não defende?”

Zico me interrompeu aos risos:

- “Mas doutor, qual é o projeto do doutor Gentil? Que projeto até hoje ele apresentou?”

Encerrei a conversa porque a policial Patrícia Angélica me fez um sinal dizendo que a testemunha já estava qualificada e que eu poderia iniciar sua ouvida.