O “alegrito” Delegado Regional Getúlio Scherer: 

Data: 21.08.08. Horário: 18:30h. Estava na Delegacia Regional de Canoinhas e tinha acabado de ouvir o “alegrito”e “faceiro” Delegado Getúlio Scherer em mais um procedimento disciplinar. Logo que passamos a conversar pude perceber que aquele “ex-Sargentão” da PM-SC, continuava esbanjando “peso-pesado”, “super abdome”, “sorrisos à vala”, “baitas simpatias”, marcas singulares desse profissional que ao mesmo tempo nos trazia alguns temores e apreensões quanto ao seu futuro profissional, nível de comprometimento com as nossas causas, em termos de boas expectações futuras... A seguir fiz uma relato sobre o nosso projeto da “indenização aposentatória” e, como sempre, citei o nome da Delegada Marilisa como uma das responsáveis pelo encaminhamento político da matéria e contatos políticos. Fiquei estarrecido porque Getúlio Scherer também desconhecia totalmente o assunto, parecia estar noutro mundo... Depois que lhe repassei a material e ele passou os olhos, solicitei que fizesse contatos com o Deputado Aguiar, inclusive, mencionei que já havia feito idêntico pedido para o “DRP” Wilson José da Silva de Porto União. Getúlio Scherer, sempre muito educado, agradeceu essa minha iniciativa e comentou que semanalmente o Deputado Aguiar se fazia presente na “DRP” de Canoinhas para pedir algum favor... Concluímos a conversa e aproveitei para reforçar que meu interlocutor teria “uma grande missão”dali para frente... Ele reiterou os seus agradecimentos e se comprometeu a fazer os contados com aquele parlamentar.

Por onde andaria “Barbarella-GURU”? “Dust in the Wind?”

Por volta das vinte e três horas estava pensando em Marilisa e me perguntei: “Onde andará a minha ‘guru’ dos pensamentos bem próximos e distantes, do modo formal e informal, do sentir o frio e o quente...? O que será que está fazendo? Que contato teria feito? Ficou de me ligar naquele dia seguinte após o meu acesso de tosse, mas até hoje nenhum sinal”. Soube que Marilisa havia conversado com a minha secretária Patrícia Angélica sobre uma viagem programada para São Paulo no mês de setembro próximo, mas até aquele momento não tive retorno algum, e dizer que ela ficou de ligar no dia seguinte? Achei que no mínimo ela se preocuparia com meu estado de saúde e que talvez se interessasse em saber se eu fiquei melhor, pois minha tosse denotava a necessidade de cuidados e o “cortado” porque passei com aquele último estado “engripante”. Mas esperar o quê de Marilisa, daquela sua cabecinha tão doce e ao mesmo tempo...? Em outras oportunidades ela teria comentado que ligaria logo em seguida ou mais tarde..., porém, passaram-se semanas sem um sinal de vida? Claro que ela sempre diz que está a mil, com mil problemas, uma hora são os filhos, outra seus pais, noutra seu irmão, depois a Delegacia da Mulher, os contatos políticos com o Deputado Darci de Matos, com o Doutor Xuxo, com seu ex-marido..., enfim, não só o nosso projeto, mas até eu me senti pequeno no seu universo, o que dirá então uma instituição tão cheia de história e tão adormecida? Bom, uma coisa era certa, dali para frente nossos contatos iriam rarear, cada vez vamos ficaríamos mais distantes e nada poderia mudar essa realidade, esse determinismo..., seria mais ou menos assim: “estava escrito nas estrelas, não mais! Chegaremos onde? Vamos conquistar o quê? Mudar alguma coisa? Hastear que bandeira?  E acabei pensando em Bob Dylan e o “blowin’ the Wind..”e me perguntei: “How many years?” ou “Dust in the wind?”

O “braquemart” Delegado Regional Lauro Langer: 

Dia 22.08.08, horário: nove horas da manhã, estava na “DRP”  de Mafra para ouvir o Delegado Regional interino (Lauro Langer). Aproveitei para fazer mais um relato sobre o nosso projeto da “indenização aposentatória para os policiais”. Lauro Langer, guardadas as devidas proporções, de certa forma se parecia com “Getúlio Scherer”, faziam parte de uma

“velha guarda” que mais parecia uma “tropa de choque” a serviço do “DGPC” Maurício Eskudlark e seus projetos políticos. Durante o curso da conversa Lauro Langer se comprometeu em fazer contatos, porém, também não senti muita firmeza..., muito embora tivesse comentado que gostou do que havia lido na minha presença.

Deputado Darci de Matos à vista: 

Por volta das vinte e três horas assisti o Deputado Darci de Matos num programa político na televisão (estava em São Francisco do Sul), cuja meta era chegar à Prefeitura de Joinville. Não pude deixar de invocar Marilisa em meus pensamentos, muito provavelmente ela estaria cheia de compromissos sociais e políticos, andanças, contatos...

“Cilião Crippa”: Uma  figura “hollywoodiana!” 

Data: 25.08.08. Horário: 11:00h. Estava na Delegacia de Polícia da Comarca de Ascurra e fui direto para o gabinete do Delegado Carlos Cilião Crippa. Ao chegar na porta do seu gabinete avistei Crippa sentado quase que meditando com aquele seu jeito misto de “Yuppie”, “Araponga”, “Verdinella”, “Quo Vadis?”...tudo, menos parecia uma autoridade policial. Sim, talvez fosse mesmo a figura mais “hollywoodiana” dentre seus pares e na própria instituição, sempre foi assim. Era “estiloso”,  sua voz grave entoava quase como um cântico melódico gregoriano, seu andar e gestos ostentavam um quê de nobiliárquico. Fiquei plantado algumas frações de segundos na porta que dava acesso ao seu gabinete e deu a impressão que ele de propósito quis me ignorar por alguns segundos. Encontrar “Cilião Crippa” era retornar aos nossos tempos de 1984 quando trabalhamos juntos em Chapecó. Acabei dando um sinal de vida porque parecia teimar de forma cênica em estar invisível... ou poderia ser que realmente estivesse fora do ar. “Cilião Crippa”finalmente percebeu minha presença e foi argumentando que não sabia que horas eu chegaria. Argumentei:

- “Sim, mas tu sabias que eu estaria aqui hoje?”

Crippa respondeu sem passar muita convicção:

- “Sim, sim, eu, eu sabia, só não sabia o horário”.

Era esquisito, mas “Cilião Crippa”parecia continuar distante e tive que mais uma vez em nossos encontros a ter que ignorar seus trejeitos. E, ignorei! Logo em seguida perguntei se ele teve acesso ao nosso projeto da “indenização aposentatória” e ele respondeu que sim, pois na última vez que estive naquele mesmo local havia lhe entregue uma cópia. Insisti e fui no seu computador e pedi que ele acessasse o sítio da Assembleia Legislativa... Na sequência questionei se ele tinha conhecimento da “Pec” que propunha a criação da “Procuradoria-Geral de Polícia”. “CiliãoCrippa”argumentouque desconhecia o assunto. Acabei fazendo um relato para ver se ele se colocava dentro..., mas pude perceber como era difícil pois meu velho conhecido parecia estar com a “faísca atrasada”, chegava a dar a  impressãoque eu estava diante de um “alien”, muito embora houvesse interação  e “feedback” nas conversas, com um toque de “reboque”, “faz-de-conta”, “é-bom-q’eu-gosto, adpois’id!” Acabei lembrando do Delegado Gentil João Ramos quando estávamos no gabinete do Delegado Regional de Itajaí Silvio Gomes e eu defendia a necessidade de ação para concretização de nossos sonhos institucionais, na saída Gentil bateu no meu ombro e vaticinou com certo ar de ironia: “Vai firme, vai firme, continua, continua, tu gostas disso...”. “CiliãoCrippa” era não seria diferente de Gentil, de modo algum , este era “manezinho”, já aquele... É claro que ambos eram do bem..., boas pessoas, bem intencionados, sérios... mas parecia faltar uma luz interior, careciam de sonhos, comprometimentos, faltavam atitudes  proativas... e, principalmente, um quê de amor a instituição num nível muito além dos jardins.