DEFICIENTE CÍVICO
Aquele que não se levanta no ônibus para um idoso ou deficiente ou gestante, não imagina que um dia envelhecerá e que poderá ficar deficiente e que sua esposa poderá sentir o peso da barriga de uma gravidez em pé num coletivo.
Aquele que deixa seus cachorros soltos, sujando vias públicas, correndo atrás de carteiros e levando perigo aos deficientes visuais, não acredita que pode sujar seu sapato de festa ou ficar sem sua correspondência importante ou causar a queda e a morte de uma pessoa com limitações visuais.
Aquele que passa jogando água nos pontos de ônibus em dias de chuva, não imagina que um dia sua mãe pode estar necessitada do transporte coletivo.
Aquele que ouve som alto em frente aos hospitais, não imagina que um dia pode estar enfermo e suplicando pela paz do silêncio que ele não fez.
Entre tantos outros desrespeitos a nação, aquele que estaciona seu carro em frente às rampas de acessos de deficiente físicos, levando-os ao risco de serem atropelados, são seres individualistas que não acreditam que o futuro sempre vem amanhã.
Desrespeitados são os deficientes físicos, ignorantes são os deficientes cívicos.