Gean karla Dias Pimentel[1]

Jucelma Lima Pereira Fernandes[2]

Raquel Rocha Drews Valadares[3]

Ruth Rocha Drews Rodrigues[4]

Sebastiana Félix da Cruz Freitas[5]

Valquíria Rodrigues Dias[6]

 

A visão é um dos sentidos mais importantes da nossa vida, pois nos ajuda a compreender o mundo que nos cerca, ao mesmo tempo em que nos oferece significados para os objetos, as teorias e as concepções. Tornando, assim geradora de todas as linguagens escritas.

 

Desse modo, a deficiência visual consiste na “perda ou redução da capacidade visual em ambos os olhos, com caráter definitivo, não sendo susceptível de ser melhorada ou corrigida com o uso de lentes e/ou tratamento clínico ou cirúrgico”.[7] Por essas razões, Gil (2000, p.6) conceitua que:

  

A expressão ‘deficiência visual’ se refere ao espectro que vai da cegueira até a visão subnormal. Chama-se visão subnormal (ou baixa visão, como preferem alguns especialistas) à alteração da capacidade funcional decorrente de fatores como rebaixamento significativo da acuidade visual, redução importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes e limitação de outras capacidades. Entre os dois extremos da capacidade visual estão situadas patologias como miopia, estrabismo, astigmatismo, ambliopia, hipermetropia, que não constituem necessariamente deficiência visual, mas que na infância devem ser identificadas e tratadas o mais rapidamente possível, pois podem interferir no processo de desenvolvimento e na aprendizagem.

 

Nesse víeis, entende-se que a visão prevalece sobre a hierarquia dos sentidos e ocupa um lugar de destaque em relação à percepção e integração de tamanhos, cores, imagens, formas, contornos que caracterizam o cenário de um ambiente ou uma paisagem, aparência e estrutura das pessoas, entre outros elementos. Com isso, a visão se torna o elo de ligação entre os demais sentidos, permitindo relacionar som e imagens, imitar um gesto ou atitudes e executar atividade exploratória circunscrita a um espaço restrito.

 

A cegueira, ou perda total da visão, pode ser congênita, oriunda da Amaurose Congênita de Leber, Malformações oculares, Glaucoma congênito, Catarata congênita. E algumas adquiridas por traumas oculares, como: catarata, degeneração senil de mácula, glaucoma, alterações relacionadas à hipertensão arterial ou diabetes.

 

Desse modo, para identificar se uma pessoa cega ou pode vim a desenvolver a cegueira, Carvalho (2000),  é preciso ficar atento aos seguintes sintomas: desvio de um dos olhos; não seguir visualmente objetos; não reconhecimento de objetos e pessoas; baixo rendimento escolar e retardamento no desenvolvimento.

 

É necessário acrescentar que os indivíduos  que nascem enxergando e mais tarde vêm perder este privilégio, guarda memórias visuais, ou seja, é capaz de lembrar-se das cores, luzes, imagens, pessoas e tudo mais que chegou conhecer, o  que seja relevante a sua readaptação. Já, aqueles sujeitos que já nascem desprovidos de visão, nunca poderá formar uma memória visual por não possui lembranças visuais. 

 

Nesse caso, a pessoa cega é aquela que apresenta acuidade visual abaixo de 0,1 com a melhor correção ou área visual inferior a 20 graus ou ao apresentar visão reduzida com acuidade visual de 6-60 e 18-60 (escala métrica) ou uma área visual entre 20 e 50 graus, não tendo como reverter por meio de tratamento cirúrgico ou clínico e nem mesmo com óculos convencionais.  

 

As dificuldades visuais em qualquer nível prejudicam a capacidade do sujeito de se orientar e de se locomover no espaço com segurança e dependência. A partir de então, a deficiência visual se classifica de acordo com o que e de onde as causas tenham surgido, impedindo a nitidez da visão.

 

As consequências podem ter sido geradas nas estruturas transparentes do olho, como as cataratas e a opacidade da córnea; na retina, como a degeneração macular e a retinose pigmentaria; no nervo óptico, como o glaucoma ou os diabetes ou no cérebro.

 

De acordo com Carvalho (2000)  existem muitos indícios sobre o inicio ou possível aparecimento das dificuldades visuais que podem ser observados a olho nu, entre eles encontram-se: olhos avermelhados, lacrimejados e inflamados frequentemente; inchamento das pálpebras com a presença de pus nas pestanas; esfregar os olhos frequentemente; colocar objetos próximos aos olhos para enxergá-los, etc.

 

Diante destas colocações acima, podemos compreender com mais clareza os graus de cegueira a partir do quadro abaixo:

 
Classificação
Acuidade Visual de Snellen
Acuidade Visual Decimal
Auxílios
Visão Normal
20-12 a 20-25
1,5 a 0,8
Bifocais comuns
Próximo do normal
20-30 a 20-60
0,6 a 0,3
Bifocais mais fortes
Lupas de baixo poder
Baixa visão moderada
20/80 a 20/150
0,25 a 0,12
Lentes esferoprismáticas
Lupas mais fortes
Baixa visão profunda
20/500 a 20/1000
0,04 a 0,02
Lupa montada telescópio
Magnificação vídeo
Bengala
Treinamento Orientação/Mobilidade
Próximo à cegueira
20/1200 a 20/2500
0,015 a 0,008
Magnificação vídeo livros falados, Braille
Aparelhos de saída de voz
Softwares com sintetizadores de voz
Bengala
Treinamento Orientação/Mobilidade
Cegueira total
Sem projeção de luz
Sem projeção de luz
Aparelhos de saída de voz
Softwares com sintetizadores de voz
Bengala
Treinamento Orientação/Mobilidade
  

                Portanto, é de grande importância estar atendo para diagnosticar a cegueira e promover meios para possibilitar melhores condições de vida aos indivíduos que por fatalidade ou não sofrem grandes desafios mediante os enfrentamentos lhe surgem na condição de seres humanos especiais.

  

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

  

GALVANI, Maria Denise da. Repórter Brasil. Disponível em: http://reporterbrasil.org.br/trabalhoinfantil/a-dura-realidade-do-trabalho-infantil-domestico/. Acesso em: 22. out. 20012.

  

MONTEIRO, Lauro. Negligência Disponível em:  http://www.observatoriodainfancia.com.br/rubrique.php3?id_rubrique=27 acessado em: 16 de out. 2012 as 22hr e 40 mn.

 

ASTORAL DA CRIANÇA. A paz começa em casa: como trabalhar as relações humanas para prevenir a violência contra a criança no ambiente familiar. 2. ed. Curitiba: Ministério da Saúde; Governo Federal, 2000.

  

SANTOS, Hélio de Oliveira. Crianças Espancadas. Campinas, SP: Papirus, 1987.

  

Tipos de violência. Disponível em: http://mapadocrime.com.sapo.pt/tipos%20de%20violencia.html. Acesso em 25 Out. 2012.

       

[1] Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[2] Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[3] Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[4] Graduada em: Letras; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Estadual de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[5] Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[6] Graduada em: Pedagogia; Especialista em Psicopedagogia e professora na Rede Municipal de Ensino Público na cidade de Rondonópolis.

   

[7] Fonte:  http://portal.mte.gov.br/fisca_trab/deficiencia-fisica.htm.