Em primeiro plano, devemos analisar o que vem a ser racionalidade, liberdade e moralidade. Racionalidade não é simplesmente um ser pensante, haja vista que muitos pensam e agem de maneira equivocada, logo a racionalidade é saber usar da razão. Vejamos um exemplo contemporâneo, que pode nos ilustrar de maneira clara sobre esse item: no ano de 2015, houve uma longa, justa e necessária greve geral dos professores da UNEB (Universidade do Estado da Bahia), após o encerramento do movimento paredista, os alunos foram sobrecarregados de tarefas, humanamente impossíveis de serem realizadas em tempo hábil, e aquelas cumpridas ao seu tempo, foram feitas às pressas, apenas no intuito de cumprir os prazos.
Há que se colocar uma dúvida aos detentores das regras: aos neófitos do saber são entregues dezenas de tarefas, um sem número de textos, diversos vídeos, clipes e filmes, outras dezenas de livros, sendo que todo esse material obrigatoriamente deve ser analisado, lido, relido e depois disso tudo, devem ser feito os comentários, os resumos e os textos dissertativos sobre todo material entregue. Notadamente, os prazos são tão rápidos que mal o aluno consegue ler ou acessar o site, as tarefas estão vencidas. Ficando uma incógnita no ar: O que o aluno deve fazer? Se esforçar para aprender e perder o prazo da postagem, ou escrever qualquer texto sem análise profunda do que se foi proposto, apenas no intuito de "cumprir a tarefa no prazo exigido"? Essas questões expõem a diferença clara na racionalidade, pois acredito que aqueles que estão fora da caverna (os detentores do saber) deveriam ter um mínimo de paciência, para nós, os que estamos ainda sob a escuridão da ignorância. Nota-se que nesse caso não houve racionalidade dos que propuseram as tarefas, pois no intuito de cumprirem seus prazos não atentaram para as dificuldades que alunos dos rincões da Bahia, que trabalham e tem famílias poderiam sequer cumpri-los.