DE PARA QUEDAS O CORONAVÍRUS CAIU EM SOBRAL - LITERATUTA POPULAR
Por Jose Wilamy Carneiro Vasconcelos | 15/05/2020 | Literatura
DE PARA QUEDAS O CORONAVÍRUS CAIU EM SOBRAL - LITERATUTA POPULAR
1
Um bichinho tão pequeno
Saiu de seu habitat
Apareceu no firmamento
Veio aqui para ficar
Caiu de paraquedas
P’ra Sobral instalar
2
O vírus é invisível
Não escolhe classe social
Pega em criança e idoso
Quer na cidade e Zona Rural
A look Down da pandemia em 2020
Caiu de paraquedas em Sobral
3
O Zé Madeira da Bodega
Soube da tal pandemia
Pregou na parede um aviso
Pra alertar sua freguesia
Primeiro chegou o Zé bode
Fazendo uma grande ironia.
4
Zé madeira se irritou
Cabra tu acha que minha invenção
A notícia tá no jornal
O vírus está em toda região
Disseram que chegou a Sobral
Veio de paraquedas e avião.
5
Enquanto isso no centro da cidade
Apareceu o primeiro caso
De um filho e ilustre político
Que pegou viajando por acaso
Andando em turnê por Portugal
E sua companheira com quem era casado.
6
Mais Deus é maior
Logo a ele curou
Foi logo medicado
Por um exímio doutor
O casal ficou de quarentena
Numa casa de veraneio isolou.
7
Uma semana depois
O caso ficou consumado
E na capital cearense
Logo foi alastrado
Em Sobral com os primeiros casos
Apareceu em nosso mercado.
8
Chico Papa Lagarta saiu de sua toca
Pegou seu chapéu e foi comprar feijão
Entrou no Mercado Público
Na Bodega de Chico Lampião
Encontrou o João de Apole
Na rua fazendo uma Declamação.
9
O grande encontro aconteceu
Na cidade de Sobral
Por causa da Pandemia
O Governador veio da Capital
Disse ao Senhor Prefeito
Homem faça logo um Decreto Municipal
10
Esse vírus chegou de mansinho
Veio de paraquedas para Sobral
Com filhos e turista chegando de ônibus
Primeiro a Rodoviária, nosso terminal.
O Decreto mandou baixar as portas
Até o Quinca do Pastel fechou com medo desse mal
11
Os comerciantes da Viriato de Medeiros
Com medo do vírus baixaram suas porta
O Liberato falou com Tadeu Tibúrcio
Homem não fique de cara torta
Essa tal pandemia veio de paraquedas
Louro do Piauí confirmou não ser lorota.
12
Curiosos da rua não se aguentaram
Na Praça da Meruoca uma rebelião
O Zé Bureta foi tirar história a limpo
Da tal pandemia na Praça São João
O Poeta Belchior parado cantou
Com Pedro Lavandeira no Bairro da Estação
13
Barreiras foram fincadas nas ruas
Igrejas de Sobral com porta fechada
No Beco do Cotovelo ficou deserto
Lojas e Livrarias com salário apertado
Os irmãos Carlos da Barbearia
Sem tomar o Café Jaibaras caprichado.
14
Na Pracinha do Siebra os bares fecharam
Equipamentos da ginastica vestido de fantasia
Cobertas com enormes panos pretos
Sobral em luto pela pandemia.
Ouviam-se cantos nos arvoredos
E os pardais com eterna sinfonia.
16
Uma reunião aconteceu
Com vereados na Câmara Municipal
O Presidente Carlos usou a palavra
Pelo Prefeito num Decreto Oficial
A imprensa Sobralense presente
Com auxílio na rua - O Guarda Municipal
17
Padres e evangélicos seguiram o Decreto
Um aviso foi lançado à risca
O Zé da Cantina cancelou o show
Avenida Dom José com seu lojista
Lojas Tem de Tudo e os comércio varejista.
18
O João do Bolo ficou irritado
Perguntou ao Rogério pipoqueiro
Machovéi como ganhar nosso pão
Concordava Manoel picolezeiro
O vendedor de água na Loteria da Praça
E o Manga da churrascaria com seu cozinheiro.
19
Essa tal pandemia
Caiu de paraquedas na região
Veio pra matar toda gente
Na cidade e no sertão
Ninguém pode sair de casa
Lascou toda a população.
20
Uma Palavra chamada de Hashtags = (hesteg)
Palavra que vem do inglês
Acompanhada com um tracinho
Veio junto com um vírus Chinês
O homem do campo não vai entender
“Ficar em casa” só escrito em português.
21
Sobral é terra de cenas fortes
Assim fala um escritor
Terra de Luzia-Homem
Qundo a pandemia aqui chegou
Terra de Visconde de Saboia
Conhecido o maior doutor.
22
Em época da Pandemia
Sobral com hospitais lotados
A Santa Casa de Sobral
Hopital HGR com grupos isolados
Vem gente de toda região
Para Sobral ser curados.
23
O vírus está solto
Instalou-se em nossa região
Sobral com vítimas fatais
No Jaibaras nossa Microrregião
A população não está ciente
Mal usa a máscara de proteção.
24
Aqui deixo meu recado
Tome cuidado com a pandemia
O Covid 19 é mortal
Primeiro veio como epidemia
Está acabando com nosso povo
Lavar a mão não lhe contagia.
NOTA:
FATO REAL QUE ESTÁ ACABANDO COM NOSSA POPULAÇÃO.
Os versos em Literatura de Cordel é um apelo para o povo brasileiro. Todo cuidado é pouco. Fiquemos em Casa. Os personagens aqui apresentados formam um grupo de cidadãos em minha cidade. Agradeço é uma forma de homenageá-los de forma carinhosa.
TEXTO E CRIAÇÃO DE WILAMY CARNEIRO
Wilamy Carneiro é cordelista, professor e escritor. Autor de inúmeras Literaturas em Cordéis de sua cidade e de seu povo. É Membro da ALMECE – Academia de letras do Município do Ceará. Patrono da Cadeira de Nº 97 do Município de Forquilha.