Por Mônica Campello

O inimigo de uma pessoa fica buscando nela um ponto fraco para poder sujar sua imagem. Ele não suporta saber que ela é de fato uma boa pessoa do bem. E tenta de tudo para arrancar-lhe esse dom dado por Deus. Ou simplesmente, pelo fato de ser mau, é naturalmente incapaz de acreditar que haja pessoas boas que podem de fato ajudar outras a serem melhores. Esse inimigo jamais vai querer lhe dar esse cartaz.

 O inimigo de uma pessoa pensa assim a respeito dela: "Gente boazinha adora acreditar que tem o poder de mudar os outros. Então, vou fingir que estou lhe dando ouvidos para que ela pense que conseguiu me transformar". Ou seja, isso é uma confissão desse inimigo de que ele sabe que é mau porque, achando-se esperto, admite que o bonzinho poderia transformá-lo de mau a bom, convertê-lo do mal ao bem, após convencê-lo da necessidade de mudança. Todavia, definitivamente esse inimigo não quer qualquer mudança; o que ele quer mesmo é continuar fazendo o mal, pensando mal, pois sendo mau, isso é o que o alimenta: acreditar que todos são como ele – mau e do mal.

 Para os inimigos das pessoas boas segue a palavra de Deus:

 "Pois consumirás a todos os povos que te der o Senhor teu Deus; os teus olhos não os poupará; e não servirás a seus deuses, pois isto te seria por laço" (Deuteronômio 7:16).

 Não dá mais para continuarmos sendo "bobinhos". Temos de parar de querer agradar as pessoas quando elas mesmas não fazem nada para nos agradar. Por exemplo, às vezes uma pessoa merece receber um fora, uma repreensão por um mal feito, mas o "bonzinho" fica sem graça de chamar a sua atenção e deixa o mal passar, como se não tivesse acontecido, como se não tivesse visto, e com isso o mal do "mauzinho" vai se agigantando, ganhando forças às nossas custas, por nossa negligência em não criticar, em não repreender, em acobertar seus erros, porque ficamos sem graça, ou porque não temos coragem, ou porque não queremos envergonhá-lo ou deixá-lo sem graça; nada disso é justo aos olhos de Deus, porque se há erro, este deve ser corrigido – assim é a lei de Deus.

 É preciso ter diante dessa gente a autoridade e sabedoria vindas de Deus para combater as suas falsidades e atos desonestos ou maldosos ou mentiras, para não ficar passando a mão na cabeça deles porque eles não entendem nosso comportamento e nossas reações. Queremos ser bons e estar em paz, mas eles não entendem e se aproveitam da nossa boa vontade. Isso não pode mais acontecer de acordo com o ensinamento divino; caso contrário, isso nos serviria de laço, pois se passarmos a mão na cabeça deles, estaremos fortalecendo-os com as suas maldades, e essas maldades que, sem querer, contribuímos para que sejam fortalecidas, se voltarão contra nós, ser-nos-ão por laço. Por isso, precisamos lembrar da advertência de Deus: "O teu olho não os poupará e não servirá aos seus deuses, pois isso te seria por laço", ou seja, há necessidade de mudança da parte do bonzinho a fim de evitar males. Continuar sendo bons, porém justos e retos porquanto ungidos do Senhor desde o ventre, sabendo agradar a Deus naquilo que ele espera de nós, respeitando e valorizando o que ele tem feito por nós; e, ainda, somos pessoas escolhidas por Deus e que recebemos dele autoridade e sabedoria para falar com propriedade contra as maldades das pessoas, que agem contra nós.

 Está na hora de rebater as ofensas que se levantam contra nós. Não dá mais para ficar protegendo pessoas más que fazem coisas ruins para não desagradá-las ou magoá-las, quando, na verdade, acabam nos desagradando, magoando, ofendendo, ultrajando, difamando, caluniando, tudo isso porque nos calamos quando deveríamos falar. Temos de lembrar de Otniel, primeiro juiz de Israel, que foi revestido do Espírito do Senhor para ser capacitado a ter coragem e forças muito mais do que uma pessoa normal.

 Precisamos ser assim: uma nova pessoa, renovada pelas forças de Deus, com um novo comportamento, como pessoas corajosas que não têm medo de perder amigos que não são amigos, sabendo lidar com as pessoas, pois sabemos com quem temos convivido. Estas gentes são os nossos inimigos que não acreditam em nós, mas, diz a palavra que "O Senhor teu Deus lançará fora estas nações pouco a pouco de diante de ti; não poderás destruí-las todas de pronto, para que as feras do campo não se multipliquem contra ti. E o Senhor tas dará diante de ti e as fará pasmar com grande pasmo, até que sejam destruídas" (Dt 7:22,23). Portanto, "Delas não tenhas temor; não deixes de te lembrar do que o Senhor, teu Deus, fez a Faraó e a todos os egípcios. Não te espantes diante deles, porque o Senhor, teu Deus, está no meio de ti, Deus grande e terrível" (Dt 7:18,21). E "Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda o concerto e a misericórdia até mil gerações aos que o amam e guardam os seus mandamentos" (Deuteronômio 7:9).