David Hume.

Todo conhecimento é apenas a degeneração da probabilidade.

Filósofo empirista, apaixonado pela Filosofia a ponto de deixar sua carreira como advogado para dedicar exclusivamente aos estudos da Filosofia, por encontrar na mesma a epistemologia dos fundamentos.

Ele vai para França onde escreveu  os dois primeiros livros a respeito do Tratado sobre o entendimento da natureza humana.  Publicado a sua obra no ano 1739, não obtendo o sucesso esperado.

Um gênio que tentou várias vezes ser professor universitário avaliado por gente inferior a ele do ponto de vista acadêmico não conseguindo aprovação, obtendo  o cargo de zelador de uma biblioteca.  

Posteriormente diante da sua imensurável cultura conseguiu fazer sucesso ocupando a função de diplomata, mas ocupava todo tempo de sua vida estudando Filosofia.

Sua tese fundamental empírica naturalmente, apenas  a experiência é fonte do conhecimento, portanto, a metafísica não tem nenhum fundamento. O que temos em nosso espírito são apenas percepções, sendo que podem ser impressões ou ideias, as impressões entendem nossas sensações, como paixões, emoções, impregnando como força em nosso espírito. As ideias imagens fracas das impressões.

O que Hume deixa claro, que nenhuma ideia inata pode constituir em fundamento epistemológico do nosso conhecimento, o espírito tem a função de associar ideias resultadas da experiência.

 Com auxílio da nossa memória, sendo que a mesma funciona com as impregnações dessas ideias. O homem é de certa forma o que é construído pelo cérebro.

 Para as pessoas ligadas ao senso comum normalmente tem dificuldades em superar as codificações das ideologias impostas à construção do pensamento.

  Só  aqueles que sabem relacionar as contradições do saber, consegue mudar o próprio comportamento. Edjar.  

O espírito só pode imaginar ideias novas graças ao fato da imaginação, o uso dela, ao associar ideias oriundas da imaginação, a natureza do pensamento é associar  as ideias resultadas da experiência.

Quanto às ideias gerais, são originadas de ideias particulares unidas por aspectos de significados comuns e ideologizados, que surgem de outras recorrências de caráter similar, não progridem na  natureza diversas das teorias complexas.  Edjar.

Quanto ao tratado da natureza humana, Hume é um nominalista, o conceito de ideia geral não existe, pelo fato de ser produto da construção da linguagem, o segredo do homem está na fala, contrariamente  agiria segundo as condicionáveis de um chimpanzé.

Na realidade a respeito do conceito, só existe o nome,  dessa  etimologia  que designa um conjunto de referencias, ou seja a realidade de um triangulo ou qualquer outra materialidade, o que não pode existir é a ideia geral abstrata.

Hume ficou famoso pela crítica desenvolvida ao principio da causabilidade, a ideologia do hábito que leva a pessoa acreditar na relação de causa e efeito das coisas existentes no mundo.

 Isso significa para ele que a causabilidade fundamenta se no costume, uma crença cultural, por isso acreditamos que determinadas coisas são o que são.

A experiência que é fundamental nos faz ver que são exatamente convenções e nada mais, a convencionalidade nem sempre tem conexões, com efeito, o hábito associado à cultura nos leva ao engano.

 Porque  a cultura comum é o resultado primário da antropologia humana. Isso significa que a causalidade é apenas uma crença.

Se o conhecimento se funda de acordo com o princípio da causabilidade, sendo seu fundamento uma ilusão, Hume demonstra seu ceticismo mitigado. Se a causalidade fundamenta em crença, com efeito, a própria ciência movimenta se por ideologias.

A razão não pode como afirma certas teorias dogmáticas conhecer a verdade absoluta, isso porque não se conhece algo que não existe, a verdade não é absoluta.

 Toda verdade é histórica, aproximativa, parcial,  fragmentária, e, sobretudo, cultural e cultura é ideologia.   Edjar.

Tentar conhecer a verdade e procurar justificar as próprias ideologias, com a finalidade de sustentar propósitos, além de a verdade ser proporcional, mistura se também com a mentira. Edjar.

Nossas crenças são mais ou menos prováveis, mas continuarão sempre sendo crenças, a única coisa que poderá não ser crença é o mundo empírico.

  O que é verdadeiro será sempre uma determinada possibilidade de proporcionalidade.  Fora dessa lógica a epistemologia é meramente uma ilusão, mesmo assim essa proporcionalidade  depende de consenso.

Sua crítica à metafísica é uma ilusão imaginar a ilimitação do poder da razão, pensar em objetos da metafísica, Deus, alma, pois são apenas ficções resultadas da imaginação.

A alma é apenas um eu identificado a ela mesma, um eu ideológico, projetada numa realidade imaginaria, sem significação empírica.

 Voltada  para o próprio eu como se fosse real, produto de uma linguagem pobre ontologicamente sem fundamento epistemológico. Edjar.

Isso significa que nada nos deve confirmar a existência de tal substrato. Hume crítica também o cogito cartesiano, por conceber a alma como uma substância simples com a identificação com o eu cartesiano.

Edjar Dias de Vasconcelos.