INTRODUÇÃO

 

Por muitos anos a análise do comportamento humano[1], foi e continua sendo, a produção mais estruturada e frequente no universo de numerosos pesquisadores. Tem-se um esforço em se manterem atualizados os programas de pesquisas referentes às constantes mutações comportamentais associadas às relações tanto sociais quanto profissionais.

A tradição de pensamento inaugurada por Skinner[2] associa as mudanças comportamentais a diferentes denominações no campo do saber, caracterizando a análise do comportamento como um campo multidimensional, estudado e praticado em todas as ciências.

Na área da Administração o paradigma do comportamento surge na Escola de Relações Humanas (Escola Behaviorista) como uma tentativa de consolidar o enfoque das relações humanas das organizações com a aplicação da Psicologia Organizacional.

Essa nova percepção (comportamental humana) teve impulso após o esgotamento do sistema Técnico-Administrativo (taylorismo, fordismo e fayolismo) que não considerava o fator humano na ótica da organização formal, problemas de administração e de gestão se avolumavam à medida que as organizações expandiam conjuntamente com demandas sociais.

Nesse cenário do comportamento humano, entende-se que o indivíduo vai ter motivação tanto pela sua estrutura social (instituições econômicas, políticas, militares, religiosas e familiares) na qual faz parte, quanto pela estrutura do seu caráter. Da mesma forma o seu desempenho aos aspectos culturais, morais, éticos e religiosos.

Pode-se perceber também que na Teoria comportamental o indivíduo tem capacidade de decidir, embora busque apenas uma maneira satisfatória de desenvolver seu trabalho e não a melhor maneira de fazê-lo; não busca o lucro máximo, mas o lucro adequado, formando a ideia do homem complexo, aquele que visualiza as necessidades sociais e afetivas dos grupos organizacionais (Pizolotto, 2012, p. 94).

 

O homem complexo na visão de Motta e Vasconcelos (2002) - “busca ativamente a realização e o autodesenvolvimento no ambiente de trabalho, tendo direito a mais autonomia, ao desenvolvimento de sua criatividade e à aprendizagem organizacional”.

Assim pode-se dizer que o paradigma comportamental reconheceu a importância dos indivíduos nas organizações, analisando variáveis específicas vinculadas aos seus comportamentos (grupos e suas dinâmicas, motivação, comunicação, liderança, poder, autoridade, conflitos e negociação).

Diante do apresentado (pertinência e oportunidade) faço a relação com os temas propostos no exercício: O conceito de liderança e sua aplicação, a teoria da expectativa (expectância), a Teoria da liderança voltada aos meios, as Necessidades humanas – Pirâmide de Maslow[3] e o Processo de negociação embaso esse trabalho.

 

[1]Behaviorismo, também chamado de Comportamentismo ou Comportamentalismo, tem como objeto de estudo o comportamento. Essa teoria psicológica defende que a psicologia humana ou animal pode ser objetivamente estudada por meio de observação de suas ações, ou seja, observando o comportamento. Disponível em < https://www.vittude.com/blog/behaviorismo/> Acesso em: 27 de mar. 2022.

[2] Burrhus Frederic Skinner, conhecido como B. F. Skinner, foi um psicólogo behaviorista, inventor e filósofo norte-americano. Foi professor na Universidade Harvard de 1958 até sua aposentadoria, em 1974. Skinner considerava o livre arbítrio uma ilusão e ação humana dependente das consequências de ações anteriores. Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Burrhus_Frederic_Skinner> Acesso em: 27 de mar. 2022.

[3] Abraham Harold Maslow (1908-1970), americano, psicólogo comportamental, concluiu seu Doutorado na Universidade de Columbia e foi professor de Psicologia Social na Universidade de Brandeis. Contribuiu para o estudo das motivações humanas e des-tacou-se com o trabalho sobre a hierarquia das necessidades, divulgado em 1943. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Abraham_Maslow> Acesso em: 28 de mar. 2022.