5.2- Manifestações culturais e artísticas

Portanto pode dizer-se que só os seres humanos podem formular crenças religiosas, manifestações culturais e artísticas.

SIMÃO, Santos (2016)[1]

5.1- CRENÇAS RELIGIOSAS

Introdução

A religião é um assunto tão vasto e emocionalmente tão carregado que pode significar toda a espécie de coisas diferentes para pessoas diferentes. Segundo Tylor citado por Titiev (2009, p.p. 294-294), a religião será «uma crença no sobrenatural» em si própria a palavra «crença» implica um elemento de fé, um desejo de aceitar qualquer coisa sem demonstração ou prova tangíveis.

Quando descrevemos algo como sobre natural, queremos dizer que isso fica além do alcance dos órgãos dos sentidos, e que portanto, nunca se poderá manifestar ao gosto, tacto, cheiro, vista, ou ouvidos humanos, mesmo com a ajuda de inventos tais como telescópios poderosos ou amplificadores de som. É a crença absoluta na existência de algo que não pode talvez e nunca possa ser alcançado pelos sentidos que constitui o cerne da religião e forma as bases em que se edificam todos os sistemas religiosos. Emily Dickinson citada por Titiev (2009) exprimiu magnificamente esta ideia nos seus famosos versos:

   «Eu nunca falei com Deus

          Nem visitei o Céu

                No entanto conheço esse lugar

                        Como se tivesse um mapa» p. 294.

5.1.1- Religião (crenças e rituais)

Todas as populações estudadas pelos antropólogos demonstram possuir um conjunto de crenças em poderes sobrenaturais de alguma espécie. As normas religiosas de comportamento baseiam-se nas incertezas da vida e variam muito de uma sociedade para a outra. Entretanto, tornam-se mais evidentes nos momentos de crise, ou seja, nascimento, adolescência, casamento, enfermidade, fome, morte etc.[2]

Por meio de cultos e rituais, públicos ou privados, os homens tentam conquistar ou dominar, pela oração, oferendas, sacrifícios, cantos, danças etc., área de seu universo não submetida à tecnologia. Segundo (Marconi & Presotto, 2009),

Os registros arqueológicos mais antigos sobre a religião datam do Paleolítico Superior, com o homem de Neandertal, que enterrava seus mortos com oferendas, demonstrando assim uma crença em algo sobre natural. (p. 150).

Porém, a primeira definição de religião foi dada por Edward Tylor: “a crença em seres espirituais” (citado por Marconi & Presotto (2009), p.150).

Beals e Hoijer (1969) citado por Marconi & Presotto (2009) conceituam a religião como a «crença em seres sobrenaturais cujas ações relativas ao homem podem ser influenciadas e até dirigidas».

Hoebel e Frost (1981) citado por Marconi & Presotto (2009) consideram a religião como a «crença em seres sobrenaturais e os subsequentes modos e comportamento, em virtude dessa crença».

Dentre os mais notáveis estudiosos que estudaram a questão destacam-se: Frazer, Durkheim, Marett, Hubert, Mauss, Spencer, Lowie, Malinowski, Radcliffe-Brown, Lévi-Strauss, Firth, Evans-Pritchard etc., realizaram estudos analíticos comparativos sobre a religião.

Uns preocupam-se com o sobrenatural, com os sistemas de relação e ação, com a função e origem da religião; outros, dando maior importância ora às crenças, ora às práticas. Para alguns, existe diferença entre religião e magia; para outros, os comportamentos são mágico-religiosos, ou seja, ligam a magia à religião[3].

As crenças em poderes sobrenaturais ou misteriosos estão sempre associadas a sentimentos de respeito e veneração, expressos em atividades públicas ou não.

Os antropólogos, em geral, concordam que a religião é formada por um sistema de crenças e práticas e que todas as sociedades possuem a sua “visão do universo”.

Algumas sociedades classificam o mundo nas categorias de sagrado e profano. Segundo Titiev (2009) o componente particular do sobrenatural que distingue o sagrado do profano pode ser descrito como «Mana». O autor prossegue,

O «Mana» pode ser compreendida como sendo uma força poderosa para além da compreensão, da observação direta, ou do controle das pessoas comum, que tem uma ilimitada capacidade para fazer com que as coisas aconteçam. […] É amoral e neutro, no sentido de que não é automaticamente bom nem mau, e que é indiferente a que os seus efeitos sejam considerados benéficos ou prejudiciais a indivíduos ou a sociedade. (p. 295).

5.1.1.1- Crenças e rituais

São dois os elementos constitutivos da religião: crença e ritual. Somente a crença não basta para formar uma religião, deve estar associada à prática.

Crença ou fé

Consiste em um sentimento de respeito, submissão, reverência, confiança e até de medo em relação ao sobrenatural, ao desconhecido. Pode se dizer que é o desejo de aceitar qualquer coisa, provocada por algo misterioso, mas sem demonstração ou prova tangível. Seria a aceitação voluntária de uma ordem de coisas que não pode ser provada pela lógica ou pelos sentidos. O indivíduo reconhece e aceita a superioridade do sobrenatural.

As crenças religiosas implicam a existência de algo superior, sobre-humano. São importantes tanto pelo seu conteúdo emocional quanto pelo intelectual.

O sobrenatural[4]

Os seres espirituais são considerados bons (anjo), maus (demônios), neutros (duendes[5]). Residem nos mais diferentes lugares: céu, inferno, montanhas, florestas etc.

As almas dos mortos ou espectros[6], liberadas do corpo após a morte, interessam-se pelos vivos e continuam sendo membros da sociedade. Podem ser benéficas ou maléficas e possuir muitas das funções e características dos espíritos, mas diferem deles quanto à origem e afinidade com os seres vivos, e assemelham-se a estes nos sentimentos, emoções, apetites e comportamentos.

Portanto, muitas sociedades temem as almas dos mortos, chegando a abandonar suas casas, porque alguém lá morreu, ou as consideram prejudiciais e até malignas (Índios americanos, os Kungs).

Oficiantes

Os rituais, os cultos, as cerimônias só podem ser realizados por determinadas pessoas: sacerdotes, reis divinos, chefes religiosos, especialistas, oráculos (peritos) etc.

  • Sacerdote: indivíduos preparados e consagrados desde a infância. Os cargos que ocupam são hereditários ou acidentais. O sacerdote é um ministro religioso cuja autoridade sobrenatural lhe foi atribuída através de um culto. Representa o intermediário entre os homens e os deuses. Mesmo havendo mulheres feiticeiras e sacerdotisas, geralmente cabe aos homens o poder religioso.
  • Reis divinos: pessoas que não só realizam cultos, mas também são objetos de culto, por serem consideradas semideuses.
  • Chefes ou ministros religiosos: indivíduos com qualificações para lidar com o sobrenatural, recebendo com preparo sobre rituais e crenças, mas que não são sacerdotes. Precisam ter aptidão e habilidades especiais e isolar-se, durante certo tempo, das atividades de produção alimentícia. Frequentemente, desenvolvem-se a auto-hipnose e a dissociação, a fim de poderem, em determinados cultos, não só evocar, mas também transformar-se em veículos de alguns espíritos. Para esse estado de “transe”, ou de “incorporação”, faz-se necessário um ambiente propício, lugar adequado, com orações, concentração, danças, cantos, movimentos rítmicos, gestos acompanhados de instrumentos musicais (atabaques, chocalhos, matracas etc.). Quando “possuído”, o chefe religioso executa atos ligados ao espírito, que são reconhecidos como tal pelos adeptos do culto. Nesse estado de possessão, ele pode orientar, dar conselhos e consultas, curar doenças, receitar remédios, ordenar sacrifícios, prever o futuro, solicitar oferendas, abençoar, amaldiçoar etc. São chefes religiosos: magos, feiticeiros, curandeiros, pais-de-santo etc.
  • Especialistas: são os peritos em algumas atividades (caça, pesca, horticultura, agricultura, construções de canoas, habitações, guerra etc.) e responsáveis pelos rituais necessários ao bom empreendimento delas.
  • Oráculos (peritos): são pessoas capacitadas para obter o conhecimento de agentes sobrenaturais. Frequentemente, estão associados a determinado culto, mas são consultados inclusive por indivíduos de outros cultos.

5.1.2- Funções da religião

A religião, para Keesing (1961) citado por Marconi & Presotto (2009), tem duas funções básicas:

  1. Explanatória: à medida que “responde sistematicamente aos porquês totais, relacionados diversamente com:
  • A existência: natureza do mundo e do homem;
  • O poder: forças dinâmicas do universo;
  • A providência: funções de manutenção do bem-estar;
  • A mortalidade: vida e morte dos indivíduos”.
    1. Interpenetrativa: dado que “ela tende a interpretar todo comportamento importante e valorizado”. Liga-se aos diferentes setores da vida humana como economia, política, família, lazer, estética, segurança etc.

Segundo Raymond Firth (1974) citado por Marconi & Presotto (2009) as funções sociais da religião são:

  1. “em elemento forte e positivo na composição e organização da vida social;
  2. No estabelecimento da autoridade para a crença e para a ação;
  3. Na provisão de significação para a ação social, fornecendo padrões e ordem (…) e permitindo a interpretação em termo de fins últimos;
  4. A expressão de conceitos de criação estética e de imaginação;
  5. Em força de ajustamento pessoal”.

5.1.3- Teorias da religião

Evans (1978) citado por Marconi & Presotto (2009), classifica as teorias em psicológicas e sociológicas.

  • Teorias psicológicas

Assim denominadas por tentarem explicar a religião tomando por base os sentimento. As principais teorias psicológicas são:

  1. Mito natural (sobrenatural): criada por Muller, cronologicamente a primeira a ser anunciada. Sustenta que o homem primitivo possuía uma tendência para personificar e venerar fenômenos naturais: Sol, Lua, estrelas, rios, estações do ano, aurora, raio, trovão, chuva etc.
  2. Animismo (alma): desenvolvida por Tylor, significa a crença em seres espirituais ou espíritos pessoais que animam a natureza. A necessidade de compreender sonhos, alucinações, sono, vida, morte levou o homem a acreditar na existência de um “eu” com propriedades espirituais e dotado de poderes sobrenaturais.
  3. Animatismo (mana, poder): Marret e outros entenderam que havia crenças na existência de um poder impessoal ou força espiritual, não oriunda de qualquer forma de ser.
  4. Manismo (manes, espírito dos mortos): para Spencer citado por Marconi & Presotto (2009), o culto aos mortos (fantasmas, sombras) e a veneração de seus espíritos é que deram origem à religião.
  5. Magia (Frazer)
  6. Totemismo (totem): Frazer, Goldenweiser e outros interpretam o totemismo como a adoração da natureza. Eram atribuídas aos animais, plantas e objetos qualidades espirituais.
    • Teorias Sociológicas

São aquelas cujo fundamento explicativo diverge do das psicológicas, uma vez que a religião é vista como um fenómeno social. A principal teoria sociológica refere-se ao sagrado e ao profano.

Segundo R. Smith e depois Durkheim refutaram o argumento de que a religião teria se originado das crenças em seres sobrenaturais. Para Durkheim citado por Andrade & Presotto (2009):

  • O sagrado: refere-se ao incomum, ao extraordinário, ao sobrenatural; gera atitudes de medo, de circunspeção, de sensação do conhecido;
  • O profano: significa o cotidiano, o natural, o comum; implica atitude de aceitação, familiaridade, do conhecido.

5.1.4- Objetos sagrados

Referem-se àqueles que fazem parte do culto. Podem ser adorados, venerados ou utilizados nos rituais. Compreendem imagens, objetos rituais, máscaras etc.

  • «Imagens

São representações de uma atividade, um espírito, um deus, através da escultura, da pintura, do desenho etc. Podem ser antropomórficas (forma humana), zoomórficas (forma animal), antropozoomórficas (forma humana e animal) ou amorfas, ou seja, sem forma determinada[7].

  • Santuários

Trata-se de uma construção considerada sagrada, onde se realizam cerimônias, cultos ou rituais, queimando-se incensos, acendendo-se velas, orando etc. Templos, casas, cidades, sepulturas, estábulos, árvores, objetos, pedras, animais e até cacos de cerâmica podem ser considerados santuários.

  • Lugares sagrados

São locais ou acidentes geográficos que constituem a morada definitiva ou temporária de espíritos ou deuses. Montes, picos de montanhas, rochas, bosques, árvores, rios, lagos podem ser considerados sagrados e, às vezes, até o caminho por onde passou um rei divino (Tibete).

5.1.5- Objetos rituais

Englobam tanto objetos de uso comum (armas, utensílios e roupas), utilizados nos cultos, quanto os especialmente confecionados para determinados rituais (tambores, bastões, vasos etc.[8]).

Máscaras

Incluem tanto as de cabeça quanto as de todo corpo, usadas como disfarce nos mais diversos rituais. Simbolizam autoridade, prestígio ou têm efeitos medicinais. Podem ser simples ou artisticamente ornamentadas, tomar diferentes formas e representar homens, animais ou seres sobrenaturais[9][10]».

Para a confeção destes elementos, são utilizados os mais diferentes materiais: metal, madeira, osso, argila, tecido, couro, conchas, cascas de árvores, fibras vegetais etc.

5.1.6- Formas de ritual

Consiste em atos religiosos como rezar, cantar, dançar aos deuses, ofertar coisas, fazer sacrifícios. Há três formas principais de ritual: oração, oferenda e manifestações. As principais são[11]:

 

 

  • Oração ou prece

Invocação oral dirigida a seres sobrenaturais, feita pelos adeptos do culto, guiada ou não pelos oficiantes. Pode ser de louvação, petição, súplica, agradecimento ou propiciatória (para apaziguar a ira dos deuses), feito da seguinte forma: ajoelhado, sentado, de pé, curvado.

  • Oferenda

Consiste em ofertar alguma coisa aos seres sobrenaturais: fruto de colheitas, parte da caça, da pesca ou da coleta; objetos de valor (jóias, armas, utensílios), flores, comidas, bebidas; animais etc.

  • Manifestações

É a série de atos ou movimentos rítmicos (danças, mímicas, dramatizações), procissões, geralmente acompanhadas de cantos e de música. Ex.: o Carnaval, a Dança do Sol (índios americanos), o Catimbó (Bahia).

5.1.7-Tipos de ritos

Os principais tipos de ritos são:

  • Propiciatório ou intensificação

Quando se suplica a benevolência dos seres espirituais. Há rituais para chover, quando a estiagem[12] se prolonga em demasia, para a preparação do plantio e da colheita, pesca e caça, defesa contra epidemias e pestes, regresso vitorioso de uma guerra.

  • De passagem ou de transição

Quando um complexo de rituais é realizado por ocasião da passagem dos indivíduos de um estado social para outro, seja, quando ocorrem importantes modificações nos status. São:

  • Nascimento: ritual realizado quando uma criança nasce, a fim de purificar mãe filho, tornando-o forte, rico, e para obter proteção dos espíritos; receber um nome.
  • Puberdade: Prática dedicada aos jovens que atingem a fase da puberdade, ou seja, quando estão aptos para a procriação. O ritual pode incluir danças, isolamento, proibições, jejuns, missões (caça). Há ritos de passagem para ambos os sexos.
  • Matrimônio: atividade socialmente aprovada, relativa ao casamento. Inclui sua promulgação e todas as festividades próprias do casamento.
  • Morte: ritual realizado por ocasião da morte de alguém. Quanto mais elevado o status de uma pessoa, mais demorada e prolongada será a cerimônia ou funeral. Há choros, danças, cantos, lamentações, escarificações no corpo (para ressuscitar o morto), comida, bebidas etc.
  • De iniciação[13]: O primeiro autor a estudar os ritos de passagem foi Van Gennep. Este tipo de manifestação e/ou cerimônia efetuada por ocasião da passagem da idade, de jovem para adulto, celebrada com festas e competições variadas. Os jovens são submetidos a provas de resistência onde devem demonstrar seu grau de maturidade: força, coragem, destreza (habilidade, aptidão) etc.

Métodos: Os métodos utilizados nestes tipos de manifestações culturais são:

  • Ordálio: método ritual para comprovar um testemunho. O mestre religioso recorre a poderes sobrenaturais a fim de saber se uma acusação é verdadeira ou falsa. Para obter uma resposta, ele submete o litigante a testes físicos (veneno, fogo), muitas vezes perigosos, que podem ferir ou matar o trapaceiro. Se ele sair ileso, está comprovada sua inocência.
  • Adivinhação: método usado pelo chefe religioso (adivinho) para conseguir um juízo, obter um conhecimento prévio sobre o desconhecido ou o futuro de alguém. Para isso, ele estuda as evidências (incompletas) apresentadas em várias manifestações ou sinais. São dois os principais métodos de adivinhação:
  1. Quando o adivinho manipula diferentes objetos, como ossos, couros, búzios, conchas, vísceras de animais ou pessoas mortas;
  2. Quando ele se transforma em veículo do ser espiritual, falando em seu nome.

Nota: Pesquisar: A magia: Tipos de magia e o Tabu[14].

 

5.2- MANIFESTAÇÕES CULTURAIS E ARTÍSTICAS

A Arte é uma das características universais da cultura

                                                   Marconi & Presotto (2009)

Conceituação

Toda a manifestação do impulso criador da beleza e do prazer é esteticamente válida e merece ser chamada de arte.

Para Beals e Hoijer (1968) relacionam qualquer atividade como arte, quando o objeto construído, além de seu valor prático e utilitário, proporciona satisfação tanto ao artista quanto aos que participam de sua obra como espectadores ou colaboradores. É portanto, a estética que distingue o objeto artístico das demais manifestações culturais.

Darcy Ribeiro (1980) citado por Marconi & Presotto (2009) considera «arte ou atividade artística todo produto de uma preocupação estética, de uma vontade de beleza, quando resulta numa obra de alta perfeição técnica» (p.196).

Toda a obra de arte pode ser observada e estudada sob duplo aspeto:

  1. Descritivo: quando considerada em relação a determinado tempo e espaço, identificada e caracterizada em seus antecedentes e de acordo com influencias internas e externas que a produziram.
  2. Simbólico: quando, ao se projetar no tempo, adquire sentido.

Origem

O nascimento da arte parece ter ocorrido por volta do ano 40.000 a.C., no Paleolítico Superior, nas regiões da Europa Sul-ocidental, Centro-setentrional, Oriental e Bacia do Mediterrâneo. Coincide com a presença do homem de Neanderthal, o chamado homem da caverna.

A Arte é uma das manifestações culturais mais antigas da humanidade. Suas origens se confundem com o estabelecimento de várias e diversificadas culturas ocidentais e orientais, sendo que, na atualidade, é impossível dissociar a relação entre arte e vida, bem como ignorar o papel vital que a Arte exerce na vida contemporânea.

As principais manifestações artísticas em suas diferentes modalidades expressivas são: Artes Visuais, Teatro, Dança, Música, Poesia, Artes plásticas etc.

 

TIPOS

 

Ritual

Trata-se da manifestação dos sentimentos por um ou vários indivíduos, em qualquer meio, através da ação. Embora de carácter religioso ou mágico, não é tão persistente quanto o culto. Consiste em um tipo de atividade padronizada, em que todos agem mais ou menos do mesmo modo, e que se volta para um ou vários deuses, para seres espirituais ou forças sobrenaturais.

Contudo, o ritual apresenta um comportamento tradicional e revela, implícita ou explicitamente, crenças, ideias, atitudes e sentimentos das pessoas que o praticam.

Cultos

O culto é uma série de atos contidos na veneração ou comunicação com seres sobrenaturais. Consiste no conjunto de crenças, rituais e divindades, associados a objetos, lugares específicos, oficiantes e crentes. Cultuam-se espíritos e antepassados.

Além das manifestações culturais apresentadas, temos a destacar também o carnaval[15].

A arte, sendo uma parte da vida dos povos, exterioriza-se nas seguintes categorias:

  1. Artes gráficas: desenho, gravura, pintura;
  2. Artes plásticas: entalhe, baixo e alto relevo, escultura;
  3. Outros: arquitetura, música, dança, narração, canto, poesia, representação.

Três elementos são fundamentais para que o artista possa expressar o seu impulso criador: forma, função e desenho.

As manifestações artísticas dos povos pré-letrados incluem formas de criação relacionadas com a utilidade prática, com a decoração, com a figuração, sendo frequentemente chamadas de arte utilitária, decorativa e figurativa. É ainda uma arte reconhecidamente naturalista, representativa, pictórica, realista, impressionista e, principalmente, simbólica.

Para Hoebel e Frost (1981), a arte desempenha funções psicológicas, no sentido de produzir reações emocionais, tanto em relação ao artista criador quanto ao espectador do objeto de arte. Essas reações podem atenuar as tensões, gerando sensações agradáveis, ou reforçar sentimentos de angústia e frustrações.

ARTE PRÉ-HISTÓRIA

«Última Era Glacial (30.000 anos atrás- atingiu o apogeu na época de Lascaux 15.000 anos até 10.000 atrás. Caracterizado por:

Pinturas em cavernas[16] (200 pinturas rupestres-5 e 3 mil anos a.C., descobertas em três cavernas no Monte San Carlos, na Região de Puno, Peru).

  • Arte do Paleolítico Superior

                                           Arte Móvel

                                           Arte Rupestre ou Parietal (Área Franco-Cantábrica; Área do Levante Espanhol).

  • Arte do Neolítico

                            Arte Pré-Histórica

  • Civilização Megalítica

                               Sítio arqueológico»[17].

Além das manifestações artísticas acima apresentadas, Titiev (2009)[18] Apresenta-nos as seguintes:

Folclore[19]

Poesia

Preces

Canções

Drama

Música instrumental; Procissões e Danças; Jogos.

TEMA 7- A ORGANIZAÇÃO ECONÓMICA

7.1- O modo de produção

7.2- Conceito de propriedade

 

Todas as sociedade, por menores que sejam, produzem, trocam e consomem bens, embora muitas delas não façam previsões para o futuro”.

Marconi & Presotto (2009)

Enquadramento

A organização econômica é um ramo da Antropologia que “trata do funcionamento e evolução dos sistemas econômicos das sociedades primitivas e rurais[1]. Refere-se ao modo como os indivíduos conseguem, utilizam e administram seus bens e recursos.

Faz parte da organização social e encontra-se em todas as sociedades, mesmo entre as mais simples. Porém, aspetos da produção e consumo variam muito de cultura para cultura, no tempo e no espaço.

De acordo com Hoebel e Frost (1981) citado por Marconi & Presotto (2009), a organização econômica é tratada ”como um liame entre a base material da cultura e a estrutura social porque ele se ocupa, de um lado, com os produtos da tecnologia e, de outro, com sua distribuição diferencial através da estrutura social”.

Morgan ao estudar os dados sobre a atividade econômica das culturas primitivas concluiu que a vida económica teria passado por três estágios:

  1. Bandos de coletores e caçadores: propriedade comum;
  2. Aldeias fixas, com agricultura e pastoreio: propriedades familiares ou clã;
  3. Unidade política com tecnologia avançada: propriedades privadas ou estatais.

Todavia, essa colocação não foi mais aceita por duas razões:

  • As informações coletadas posteriormente, por um grande número de pesquisadores de campo, sobre economias primitivas e rurais – Boas, Malinowski, Firth e outros – Revelam uma enorme variedade de sistemas econômicos, não podendo, portanto, ser enquadradas nos referidos estágios.
  • A ideia de estágios de evolução não explica o atual processo de mudança econômica.

Os antropólogos estudam os sistemas econômicos das sociedades primitivas ou ágrafas, preocupam-se com quem faz e por que faz. Interessam-se em saber:

  1. «Como essas sociedades conseguem sua subsistência;
  2. Quais as fontes de seus alimentos;
  3. Como o trabalho é organizado;
  4. Como são distribuídos os bens e serviços;
  5. Quais os bens mais apreciados;
  6. Qual o calendário das atividades sazonais;
  7. Qual o tempo dedicado aos diferentes tipos de trabalho»[2].

Definição

“A organização econômica é aquela ampla esfera da atividade humana que diz respeito aos recursos, suas limitações e usos, e à organização pela qual eles são colocados de maneira racional, em relação com as necessidades humanas” (Raymond Firth citado por Marconi e Presotto, 2009, p. 120).

7.1- O MODO DE PRODUÇÃO

Três fatores podem ser apontados como fontes de subsistência para qualquer sociedade: o meio ambiente, a população e a cultura.

A economia depende do grau de conhecimento tecnológico, que pode limitar a capacidade de produção, mas todas as sociedades desenvolvem, pelo menos, as técnicas mínimas necessárias a sua sobrevivência[3].

As comunidades primitivas ou simples, têm uma economia de subsistência que não restringe a produzir somente o necessário para a sobrevivência.

Os sistemas econômicos primitivos e agrícolas apresentam as seguintes características:

  • Divisão de trabalho

É uma prática universal e pode ser encontrada em todas as sociedades do presente e do passado. Porém, o trabalho e o esforço obedecem a um esquema relacionado com o ciclo anual de atividades, tanto de produção quanto de cerimonial. Quatro são os critérios particularmente importantes: sexo, idade, status e aptidão ou especialidade, sendo que os dois primeiros são os mais comuns.

  • Organização das Unidades de Produção

As sociedades primitivas ou ágrafas não possuem uma organização cujas tarefas sejam restritas à produção. Segundo Nash citado por Marconi & Presotto (2009), a “ unidade de produção, organização social que produz bens, depende a deriva de outras formas da vida social”.

  • Sistema e Meios de Troca

Nestas sociedades, os produtos são usados diretamente pela pessoa que os produziu; podem ocorrer, contudo, algumas trocas, no interior ou exterior do grupo. Apontam-se as seguintes funções da troca:

  1. Facilitar o processo de produção;
  2. Complementar os recursos do grupo;
  3. Valorizar as relações definidas ou laços de parentesco e de matrimônio;
  4. Apaziguar brigas;
  5. Compensar crimes;
  6. Divertir-se etc.

Segundo pesquisadores, a necessidade da troca surge em razão da divisão do trabalho, por um lado, e do direito de propriedade, por outro; ou seja, da posse de certos produtos escassos ou valiosos por diferentes indivíduos ou grupos.

As trocas podem ser:

  1. Internas ou externas
  2. Mudas ou silenciosas[4]
  3. Relações comerciais simbólicas[5]
  4. Trocas rituais[6]

Modalidades de troca

Segundo Polanyi, há três modalidades de trocas:

  1. Recíproca[7];
  2. Redistributiva[8];
  3. Comercial[9].

Nas organizações econômicas que utilizam o dinheiro, a troca sempre é livre das exigências de parentesco, vassalagem, chefes superiores, amizade pessoal etc.

  • Controle da Riqueza e do Capital

A distribuição de terras e de homens é controlada por normas convencionais e está mais relacionada com o sistema de parentesco, herança e matrimônio do que com contratos e outras transações comerciais.

O capital significa todos os bens armazenados, seja para ser consumidos, guardados ou utilizados. Incluem ferramentas, equipamentos de produção, comida, roupas, adornos, animais, pontes, celeiros, casas etc.

 

  • Distribuições e Consumo

A distribuição, ou seja, a repartição de bens ou produtos, para consumo ou redistribuição, é uma ponte entre a produção e o consumo. Em via geral, todos os membros da população recebem o suficiente para a sua sobrevivência; ninguém passa fome. O consumo pode ser:

  1. Primário: quando os produtos são consumidos pelo próprio produtor e os membros de sua família ou habitação;
  2. Secundária: quando comida e bens são utilizados também por indivíduos pertencentes a categorias de parentes secundários e até terciários.

Organização da produção

Os elementos da organização da produção são:

  • Recrutamento (o recrutamento é feita no seio da própria família ou dos parentes primários)[10].
  • Recompensa e Motivações

Técnicas de sobrevivência: Coleta (produtos vegetais- sementes, raízes, frutos, tubérculos e insetos); Caça e pesca; Forragem Intensiva[11] ; Pastoreio;

Agricultura Incipiente[12] e Agricultura Intensiva[13]

Características dos Sistemas Econômicos Primitivos

Forde e Douglas (1966) citado por Marconi & Presotto (2009) apresentam sete características básicas em uma economia primitiva:

  • Preocupação com o abastecimento diário e sazonal;
  • Frequência dos contratempos;
  • Limitações de transportes;
  • Dificuldade de armazenamento;
  • Equipamento de produção;
  • Falta de Diversificação;
  • Insegurança.

Os sistemas econômicos das sociedades primitivas ou ágrafas apresentam os seguintes traços:

  • Unidades econômicas pequenas[14];
  • Relações sociais primárias[15];
  • Forte sentimento de solidariedade[16];
  • Redução da oportunidade de especialização;
  • Distribuição da renda (apoia-se em dois fatores: generosidade, produtos perecíveis).

7.2- CONCEITO DE PROPRIEDADE

Natureza da Propriedade

Propriedade é um aspeto da cultura humana, universal, que delimita os direitos e privilégios que uma ou um grupo de pessoas têm sobre as coisas. O conceito abrange tanto coisas tangíveis, concretas, palpáveis (terra, árvores, colheitas, animais, habilitações, ferramentas, roupas etc.) quanto coisas intangíveis, não palpáveis, abstratas (canções, nomes, danças, habilidades, poesias etc.).

Os termos mais usados para indicar a natureza da propriedade são:

  1. Individual (particular ou privada): pertencente a um indivíduo. Refere-se à propriedade pessoal: indumentária, armas, instrumentos, adornos etc.
  2. Grupal (particular ou privada): pertencente a um grupo. Fala-se em propriedade conjunta: casas, ferramentas etc.
  3. Coletiva (comum): pertencente à sociedade em geral. Diz respeito à sociedade comum: terra, matas, estradas, colheitas etc.

A propriedade pode ser fixa, imóvel (bens imóveis), ou seja, terra, habilitações, poços, estradas; ou móvel (bens móveis), isto é, implementos agrícolas, gado, armas, instrumentos, equipamentos de especialidades etc.

Incluem-se ainda nos bens móveis:

  • Objetos de uso pessoal: caça, vestuários, adornos, moedas.
  • Objetos rituais: colares, alimentos, bebidas.
  • Artigos armazenados: alimentos, ferramentas etc.

Porém, a propriedade da terra e outros recursos naturais (bens imóveis) constituem o aspeto fundamental da organização econômica. De modo geral, ela envolve fatores religiosos, políticos e de parentesco.

A propriedade pode ser:

  • Transferível: por doação, intercâmbio, venda, confisco ou herança. Segundo Hoebel e Frost (1981), a herança não é a transferência de posse, mas de status, uma vez que filhos podem assumir a chefia enquanto os pais ainda vivem.
  • Inalienável: quando é intocável, ou seja, não pode ser doada, vendida, distribuída ou destruída.

Direitos de Propriedade

São três as modalidades distintas dos direitos da propriedade:

  1. Direito de uso: relativo não só à terra nua, como também a qualquer outro bem móvel ou imóvel[17].
  2. Direito de controlo: sobre pessoas e serviços[18].
  3. Direitos de Transferência: referentes a bens imóveis e móveis[19].

Posse da Terra

A posse da terra é uma rede interligada de direitos, deveres, privilégios e imunidades de indivíduos sobre recursos. Significado o direito que as pessoas ou grupos têm sobre a terra: de uso, de receber o seu fruto, direta ou indiretamente, sem contribuir no trabalho.

Há direitos de transferir, alienar[20] e conceder a outros o direito de uso. A posse da terra implica não só as formas primárias de economia (cultura, pastos, florestas), mas também os usos subsídios dela: Reservas de combustível, suprimento de água, materiais para construção e cobertura de casas, terras para edificações, reservas de caça e pesca e áreas sagradas (cemitério, templo).

Os direitos da terra baseiam-se em duas razões:

  • Economia: quando a terra é necessária à sobrevivência;
  • Mística: quando está ligada a antepassados mortos, impedindo tanto a emigração quanto a entrada de estranhos.

Entre as diversas maneiras de disposição da propriedade destacamos: individuais ou grupais; permanentes ou temporárias; pequenas ou grandes. Contudo, segundo (Marconi e Presotto, 2009, p. 134),

[…] Não há delimitação quando a terra é usada para a caça, coleta e pastoreio, entre indivíduos; um outro grupo, inclusive, pode reivindicar direitos coletivos sobre determinadas áreas. Todavia, as terras reservadas à agricultura têm limites mais demarcados. De acordo com o seu contexto, a terra pode ser: familiar, de linhagem, de clã, de aldeia, do chefe etc.

Aldeamento  

As aldeias são grupos de casas separadas, mas consideradas como unidade e colocadas de forma que seus habitantes se conheçam. Tem origem no Neolítico, talvez há 8.000 anos. Comunidade de aldeia compreende mais de uma família vivendo bem próximas, dividindo entre si as áreas de coleta, pastoreio e cultivo[21].

Com base nos estudos realizados por Hoebel e Frost (1981) sobre o padrão de aldeamento, conclui-se que “ A acomodação espacial de subgrupos de uma sociedade em relação uns com os outros, com seus recursos ambientais e com as outras sociedades é chamada Padrão de aldeamento”[22].

Padrões de Aldeamento

Bourguingnon e Greenbau, classificaram os padrões de aldeamento em cinco tipos, sendo três caracterizados pelo maior ou menor grau de nomadismo e dois pelo sedentarismo[23].

  1. Nômades
  1. Bando Migratório: constituído por grupos que mudam com certa frequência, procurando melhores locais para obtenção de produtos necessários à sobrevivência[24].
  2. Comunidade seminômade: Corresponde aos semi-sedentários, ou seja, aos grupos que mudam ocasionalmente. Residem em uma localidade enquanto usufruem a terra, durante alguns anos, e depois a abandonam[25].
  3. Aldeias compactas: É constituído por populações seminômades, que permanecem poucos anos em determinado local e depois se mudam[26].
    1. Sedentários
  4. Vizinhança dispersa: Formado por grupos que vivem da agricultura: preparo, plantio, irrigação e colheita[27].
  5. Aldeias permanentes: É onde o tipo de atividade leva os habitantes a se fixarem em determinada localidade[28].

 LEITURA RECOMENDADA

Armindo, dos Santos (2002). Antropologia Geral: Etnografia, Etnologia, Antropologia Social. Lisboa: Universidade Aberta.

  • Beals, Alan R. (1971). Antropologia Cultural. México: Pax-RTAC.
  • Beals, Ralph L.; Hoijer, Harry. (1960). Introducción a la antropologia.

Madri: Aguilar.

Copans, J. et al. (1971). Antropologia: ciência das sociedades primitivas? Lisboa: Edições 70.

Chielde, Gordon V. (1966). A evolução cultural do homem. Rio de Janeiro:

  • Capítulos: 4, 5 e 6.

Hoebel, E. Adamson; Frost, Everett L. (1981). Antropologia cultural e social. São Paulo: Cultrix.

Marconi, Maria de A; Presotto, Zelia Maria N. (2009). Antropologia uma Introdução. 7ª Edição. São Paulo: Editora Atlas.

 

Titiev, Mischa. (1963). Introdução à antropologia cultural. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 10ª Edição. Capítulos 6, 7 e 10.

 

[1] Marconi & Presotto (2009). Antropologia uma Introdução…p. 119.

[2] Ibid. Ibidem. p. 120.

[3] Ibid.

[4] Trocas feitas entre grupos hostis, não havendo contatos pessoais.

[5] Quando duas sociedades, relativamente independentes, estabelecem relação comercial particular. Uma sociedade maior, economicamente mais avançada, troca produtos com outra mais simples (tecnologia rudimentar, não possui divisão de trabalho e não produz excedentes).

[6] Realizada com elementos de um mesmo grupo.

[7] É a troca direta de bens e serviços entre pessoas e grupos, de determinado status, sem uso do dinheiro. Quando não se usa a moeda pode-se ter os seguintes tipos de troca:

  1. Produtos por produtos;
  2. Produtos por serviços;
  3. Serviços por serviços.

[8] Acontece quando um chefe político exige bens ou serviços como tributos. E o excedente deste tributo é distribuída à população.

[9] Baseada no comércio direto, ou seja, na compra e venda através do dinheiro.

[10] Uma família pode receber ajuda de um pretendente. Nesse caso, o jovem forma uma equipe com seus companheiros de idade e oferece seus serviços ao provável sogro.

[11] Pesquisar o significado.

[12] Agricultura iniciante ou elementar é chamada cultura da enxada ou da lavoura (horticultura) …

[13] É a agricultura que utiliza o arado e os animais de tração.

[14] Populações reduzidas, produzindo praticamente o necessário para a sobrevivência.

[15] Os contatos são pessoais, face a face.

[16] Resultante da proximidade física, identificação de objetivos.

[17] Exemplo: Direito de cultivar a terra de outro; de usar ama ferramenta alheia…

[18] Decisões sobre quem deve plantar ou colher em primeiro lugar; o preço da noiva etc.

[19] Exemplo: direito de disposição de determinados objetos, vendendo, doando ou destruindo (cereais, cobertores, inhames).

[20] Vender ou doar.

[21] Marconi e Presotto (2009).

[22] Idem, ibidem, p. 135.

[23] Idem, ibidem, p. 135.

[24] Exemplos: Coletores, caçadores, pescadores etc.

[25] Exemplos: Horticultores.

[26] Exemplo: Pastoreadores: lapões.

[27] Exemplo: Agricultores: Xavante aculturado.

[28] Exemplos: Agricultores e artesãos: Astecas e Incas.

 

[1] Pensamentos espontâneo…

[2] Marconi & Presotto (2009).

[3] Marconi & Presotto (2009).

[4][4] A variedade dos seres sobrenaturais imaginados pelo homem varia em:

  1. Seres: deuses, anjos, santos, demônios, fadas etc.;
  2. Entidades: espirito santo, mana;
  3. Almas dos mortos: ou espectros (fantasma, aparição fantástica).

[5] Fantasma. Espírito sobrenatural.

[6] Pesquisar o significado da palavra.

[7] Exemplos: deuses egípcios, orixás de Candomblé.

[8] Exemplos: atabaques, colares, trajes de Umbanda; indumentária etc.

[9] Exemplos: Muana pó (Angola); Diablada (Peru); Dança do Cervo (México); Palhaços de Folia de Reis (Brasil).

[10] Marconi & Presotto (2009).

[11] Ibid. Ibidem, pp. 154-155.

[12] Período de tempo seco, sem chuva.

[13] Exercício: aponte pelo menos 6 exemplos de ritual de iniciação feminina e masculina que conheces.

[14] Ler na obra de Marconi & Presotto (2009). Antropologia uma Introdução… pp. 162-165.

[15] Pesquisar.

[16] Pesquisar.

[17] Ler na obra de Marconi & Presotto (2009). Antropologia uma Introdução… pp. 195-206.

[18] Ler esta temática na obra de Titiev, Mischa. (1963). Introdução à antropologia cultural. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 10ª Edição. Capítulos XVII e XVIII, p.p. 320-352.

[19] Conjunto das tradições, crenças populares e canções de uma época ou religião.