CULTIVANDO MORTE
Existem pessoas com a incrível capacidade de esquecer problemas coletivos. Pessoas que se imaginam inatingíveis, que acham que as coisas nunca acontecerão com elas. Por algumas dessas razões, a DENGUE está sempre ceifando vidas.
Esse tema já está bastante batido é fato e somente tentando é que vamos nos fortalecer na luta.
Existem aqueles que lutam pela sua vida e aqueles que lutam pela vida de todos, aliás, um princípio cristão básico.
As flores deveriam enfeitar a vida, porém as coroa de flores estão enfeitando a morte por causa da água parada.
Os pneus deveriam transportar pessoas para passeios turísticos, apenas estão conduzindo-nos ao cemitério.
Por pura falta de educação as cidades estão enfeitadas com copos descartáveis, latas de cervejas e tantos outros recipientes acumuladores de água, criando o ambiente perfeito para o vetor da doença.
Os lixões espalhados pelos municípios contribuem diretamente para essa triste estatística.
Talvez o mais indicado fosse falar com uma linguagem mais técnica sobre o assunto, contudo acredito que mais importante do que ser um sanitarista ou epidemiologista é ter boa vontade e fazer minha parte, e por acreditar nisso continuo tentando com minhas palavras simples.
Não é questão saúde pública somente, trata-se de educação, de informação, de fiscalização e acima de tudo respeito à vida alheia.
É uma epidemia perfeitamente controlável, só depende de esforço coletivo da sociedade, mas a sociedade egoísta e individualista não é capaz de agir em conjunto.
Quando você abre a porta da sua casa para o mosquito da dengue, você está assumindo a responsabilidade sobre a morte do filho dos outros, dos seus filhos e de todo ser humano, seria cruel imaginar o homem exterminado por um ser tão pequeno.
É o mesmo que descer ao salão de festa do inferno, tirar o diabo para dançar e em gratidão oferecer sua vida também.
Nada técnico, só que a idéia é justamente tentar ver de outra forma para melhorar nossas medidas de controles.