IVANILDA ALVES DE SOUZA GOMES

ANA DE SOUSA CELESTINO SILVA SANTOS

A educação infantil é o primeiro contato da criança com a escola, até pouco tempo cabia à responsabilidade dos pais ou responsável de matricular a criança na educação infantil oferecida pelas instituições públicas ou privadas, isso era facultativo. Mas, de acordo com a Lei nº12. 796 que torna obrigatório a matrícula das crianças a partir dos 4 anos de idade na educação básica, onde o município e o Estado têm até 2016, para fazer adequações necessárias para o cumprimento da lei.

Para a sociedade a educação infantil era vista como um lugar para os pais deixarem seus filhos e poderem trabalhar, onde o único objetivo era meramente o do Cuidar, sendo ignorado o seu papel de educar.

O fato é que ouve transformação e estudos apontam que a educação infantil, apesar de ter no currículo o Brincar – a brincadeira, também se desenvolve o social, cognitivo e o emocional.

Assim, percebeu-se que a criança necessita de um olhar diferenciado nesta fase, para estimular o desenvolvimento integral, é necessário mais do que cuidar, não pode ser voltada para uma visão assistencial, onde se prioriza os cuidados de higiene e alimentação.

Portanto, a visão de cuidar e educar, por muitos profissionais não se distingue, geralmente realizam poucas atividades que desenvolvem o emocional, social e o cognitivo. E a diferença entre o cuidar e o educar fica restrita por estudiosos que regem a Educação Infantil, não está presente no cotidiano das instituições. Pois os mesmos interpretam essa fase como apenas o da infância, compreende que o componente principal do currículo nesta faixa etária diz respeito ao brincar e cuidar.      

Considerando que a Educação Infantil, desperta indagações a respeito da sua importância, tanto por parte do poder público como pela sociedade. A junção do cuidar e o educar, com objetivo compreender melhor os estudos produzidos na área da Educação Infantil, no que diz respeito a não separação entre o cuidar e o educar, possibilitando uma reflexão, de modo particular, aos docentes que trabalham com as crianças de 3 a 4 anos.

Diante dos fatos apresentados e na busca de compreender e aprofundar um pouco mais sobre a temática escolhida buscando  o entendimento dos conceitos centrais deste artigo , baseando-me em autores que buscam conhecer como indissociável, deixando claro que a relação entre o cuidar e o educar não podem ocorrer separadamente, e que através das brincadeiras as crianças aprende a se conhecer e atuar no mundo que a rodeia.

A concepção do cuidar e o educar, pode-se dizer que são ações entrelaçadas na educação infantil, pois ora são distintos, ora estão juntos e ora se conflitam, mas ambas fazem parte do processo de desenvolvimento, e uma reflexão da importância da brincadeira na Educação Infantil, pois o brincar/lúdico é uma parte indispensável ao processo de ensino e de aprendizagem nesta faixa etária. No que concerne ao binômio indissociável do cuidar/educar, na Educação Infantil, revelou e apresentou-se o entendimento da ação conjunta; contudo, há indícios de ênfase no cuidado corporal ao se referirem ao cuidar e necessidade de melhor perceber esta, como uma ação intrínseca ao ato educativo com crianças.

Nesta perspectiva, ressalta-se o quanto é importante a formação adequada do profissional infantil, pois esta deve ser pautada na junção do binômio cuidar e educar. Pois, “[...] ao trabalhar com as crianças da educação infantil, é preciso considerá-las como seres afetivos com necessidades físicas e emocionais de fortalecimento da autoestima, de vínculos afetivos, de toques corporais, de agrados, de 'colo' e de muitas atenções para que se sintam especiais e possam desenvolver plenamente sua personalidade” (PROENÇA, 2004, p. 14).

No decorrer da leitura, foi possível entender que a apropriação da base dos conhecimentos docentes para o ensino é também uma construção e esses conhecimentos são necessários para que as professoras se apropriem do processo do aprender e do ensinar. Barbosa (2009) aponta para a necessidade de que as professoras da Educação Infantil construam suas “experiências docentes”. Para Redin (2012), o perfil da professora da Educação Infantil é múltiplo, uno, multidimensional.


 

REFERÊNCIAS 

BARBOSA, Maria Carmen Silveira. (Consultora). Práticas Cotidianas na Educação Infantil - Bases para a reflexão sobre as Orientações Curriculares. Projeto de Cooperação Técnica MEC e UFRGS para construção de Orientações Curriculares para a Educação Infantil. Brasília, 2009. Ministério da Educação - Secretaria de Educação Básica e Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

PROENÇA, Maria Alice de Rezende. A rotina como âncora do cotidiano na educação infantil. Pátio Educação Infantil, Porto Alegre, 2004, p. 14. 

REDIN, E. O Espaço e o Tempo da Criança: se der tempo a gente brinca. Porto Alegre: Mediação, 1998.