CRÔNICA - MEU OLHAR CERTEIRO EM UMA UTOPIA FUTURA
Publicado em 26 de junho de 2018 por Layane Stefani Silva
MEU OLHAR CERTEIRO EM UMA UTOPIA FUTURA.
Os bandeirões tremulavam, as faixas abertas, os sinalizadores acesos, as baterias ecoavam, os cânticos se misturavam e a bancada pulsava. Era a final do campeonato, estádio lotado, torcidas meio a meio, a bola rolava entre o maior dos clássicos paulista, o derby estava pegando fogo!
O jogo se encaminhava para o término, placar empatado 2x2, as torcidas em aflição e mesmo assim não paravam de cantar e empurrar, os pênaltis já era algo esperado a essa altura. Atrás do gol corinthiano eu tinha a visão exata de um menino por volta de seus 7 anos ao lado de seu pai, os dois com as mãos entrelaçadas, os dois com os olhos cheios d’água, eu não poderia perder aquele clique.
Após fotografar aquele momento, virei-me de volta para acompanhar o jogo e como que em resposta ao grito de “Vamos, Vamos Corinthians, esse jogo, teremos que ganhar...” o gol saiu, o gol finalmente saiu, sofrido, chorado, um bate rebate dentro da área, o camisa 9 deu um peixinho certeiro, sem chances para o goleiro Jailson... Tendo filmado toda a jogada, desde o seu inicio, puis-me a olhar a torcida, em êxtase, efervescida, enlouquecida, como de costume. Reparei novamente em pai e filho abraçados, chorando copiosamente, cheguei a conclusão de que Renato Essenfelder estava certo, “O futebol é a paixão mais singela, talvez a mais bela” e ainda acrescento: passada de pai para filho é ainda mais graciosa.