Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

CRISES DIPLOMATICAS: NACIONALISMO DAS CORÉIAS

Ana Flavia Jorine de Paula, Estevam Greco Eugenio, Isabel Cristina Barbosa Pereira, Larissa Oliveira da Silva, Vitoria Aparecida Justiniano Costa.

 Resumo

O presente artigo tem como objetivo discorrer sobre o Nacionalismo das Coreia, dando ênfase na crise diplomática causada pela separação da Coreia. Esse trabalho se caracteriza como uma pesquisa acadêmica e bibliográfica, que visa contextualizar a história da Coreia, demonstrar como a diplomacia atuou durante a guerra, diferenciar as duas Coreias, elucidar o papel da Organização das Nações Unidas (ONU) perante esse conflito. Diante disso também visa esclarecer a atuação do Direito Internacional Público, e por fim fazer entender o que foi a crise diplomática.

Palavras-chaves: Nacionalismo das Coreia, crise diplomática, Coreia, Organização das Nações Unidas (ONU).

Summary

The objective as objective is to discuss the Nationalism of the Korean article crisis, separation from Korea. This work is characterized as academic and theoretical, which aims to contextualize Korea, how diplomacy changed history during the war, differentiate how this work of the United Nations (UN) in the face of conflict. In view of this, it also aims at the performance of Public International Law and, finally, to understand what the crisis was.

Keywords: Korean nationalism, diplomatic crisis, Korea, United Nations (UN).

Contexto histórico

Coreia é um território localizado na península homônima do Nordeste Asiático que é dividido entre dois Estados soberanos distintos: a Coreia do Norte, oficialmente República Popular Democrática da Coreia (RPDC), e Coreia do Sul, oficialmente República da Coreia (ROK). No final do século XIX, o país tornou-se objeto do projeto de dominação do Império do Japão. A Coreia foi anexada como colônia pelo Japão e permaneceu uma parte do Império Japonês até o final da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Até hoje o governo japonês se recusa a admitir a colonização de fato. Em 1945, a União Soviética e os Estados Unidos concordaram com a rendição das forças japonesas na Coreia, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, deixando a Coreia dividida ao longo do paralelo 38, com o Norte sob ocupação soviética e o sul sob ocupação estadunidense. Estas circunstâncias logo se tornaram a base para a divisão da Coreia pelas duas superpotências, que foi agravada pela incapacidade de chegar a um acordo sobre os termos de independência do país. O governo de inspiração comunista no Norte recebeu o apoio da União Soviética, em oposição ao governo pró-ocidental no Sul, o que levou a divisão da Coreia em duas entidades políticas Em 1948, foram instaurados novos governos nos dois países. Porém, nenhum dos territórios estava feliz com a divisão e ambos queriam controle sobre o país.

A Guerra

A Guerra da Coreia é conhecida como a guerra que nunca acabou, já que desde 1953 a Coreia do Sul e a Coreia do Norte estão em trégua, mas ainda não formalizaram o fim do conflito. Este confronto traz consequências até aos dias atuais

A Guerra da Coreia foi um conflito armado que aconteceu entre 1950 e 1953 entre a República da Coreia, ou Coreia do Sul, e a República Popular Democrática da Coreia, ou Coreia do Norte. A guerra começou quando soldados da Coreia do Norte, com o apoio da União Soviética e da China, invadiram o território da Coreia do Sul, numa tentativa de unificar a península.

A Guerra da Coreia apresentou três fases distintas. A primeira fase desse conflito ocorreu entre junho e setembro de 1950, quando o predomínio das forças foi exercido pelos norte-coreanos, o exército de Kim Il-sung contava com armamentos financiados pela União Soviética e veteranos coreanos do Exército de Libertação Popular da China, conseguindo encurralar as tropas sul-coreanas em um estreito espaço de terra conhecido como Perímetro de Pusan.

A segunda fase ocorreu entre setembro e outubro de 1950 e foi caracterizada pelo predomínio das forças sul-coreanas e das tropas americanas. A interferência americana no conflito iniciou-se após a Batalha de Pusan, que garantiu a defesa desse perímetro. A partir do desembarque de tropas americanas em Inchon, os exércitos norte-coreanos foram obrigados a recuar.

O recuo das tropas norte-coreanas levou as forças aliadas a ultrapassar a fronteira do Paralelo 38 e encurralar as forças norte-coreanas no norte da Península. A possibilidade de derrota dos norte-coreanos resultou no envio de tropas pela China. A interferência chinesa nesse conflito ocorreu pelo temor do governo chinês de que uma vitória dos americanos levasse a uma invasão do território chinês.

Por fim, a terceira – e maior – fase da guerra iniciou-se quando os chineses entraram no conflito em outubro de 1950. A entrada dos chineses permitiu que as forças se colocassem em situação de equilíbrio. Os norte-coreanos conseguiram empurrar os aliados para as proximidades do Paralelo 38 e, nos anos seguintes, a guerra foi travada sem grandes alterações de cenário.

A longa extensão, a quantidade de mortos e a indefinição do cenário resultaram em negociações por um armistício em Panmunjom. Uma trégua foi assinada em 27 de julho de 1953. Essa trégua deu fim ao conflito, apesar de as duas nações nunca terem assinado um acordo de paz que colocasse um fim oficial na guerra. Passados mais de 60 anos desde a guerra, a relação entre as Coreias ainda é bastante tensa.

As Diferenças Entre a Coreia do Sul e Coreia do Norte

Coréia do Norte e Coréia do Sul são como dois mundos totalmente diferentes.

 A Coréia do Norte é o país mais fechado do mundo, por sua vez, é governada desde a sua fundação, em 1948, pela dinastia Kim. Trata-se de um regime comunista altamente autoritário que mantém rígido controle sob os mais diversos aspectos da vida da população, é considerado um dos países mais fechados do mundo.

Já a Coreia do Sul se desenvolveu economicamente com apoio financeiro dos EUA, sendo berço de companhias altamente tecnológicas como Samsung e Hyundai. Depois de ter passado por governos militares e autocráticos, é hoje considerada uma jovem democracia com espaço para mobilizações populares pacíficas - o que não significa, entretanto, que o país não tenha insatisfações sociais ou desafios políticos. É país símbolo do liberalismo, é um país moderno, industrializado e com uma economia próspera.

Atuação da Organização das Nações Unidas (ONU)

Antes de entendermos o que o conselho nacional de segurança da ONU fez para cessar esse conflito precisamos entender o que foi o paralelo de 38N e a primeira resolução feita para esse conflito do conselho de segurança da ONU que foi o conselho 82.

Mas afinal o que foi paralelo de 38N e a resolução 82?

O Paralelo 38N seria o marco divisor, ou seja, foi a divisão entre as coreias que durante a Conferência de Potsdam, feita após a guerra fria, foi realizada em julho de 1945, americanos e soviéticos determinaram que a Península da Coreia seria dividida em duas zonas de influência. O Paralelo 38N seria o marco divisor. A parte norte foi entregue à influência soviética, e a parte sul foi entregue à influência americana, já a Resolução 82 do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi uma medida aprovada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em 25 de junho de 1950. A resolução exigia que a Coreia do Norte retirasse imediatamente as suas forças armadas da fronteira com a Coreia do Sul e cessasse as hostilidades contra esta.

Uma vez iniciada a invasão da Coreia do Sul pelas tropas norte-coreanas, a reação internacional foi quase imediata. No dia 27 de junho de 1950, foi divulgada a Resolução 83 do Conselho de Segurança da ONU que determinou que o ataque contra a República da Coreia (sul) por forças da Coreia do Norte constituiu uma violação da paz. O Conselho apelou para um cessar-fogo imediato das hostilidades e para que as autoridades da Coreia do Norte retirarem as suas forças armadas para o paralelo 38. Também observaram o relatório da Comissão das Nações Unidas sobre a Coreia que declarou o fracasso da Coreia do Norte em cumprir a Resolução 82 do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que medidas militares urgentes eram necessárias para restaurar a paz e a segurança internacional.

O Conselho recomendou, então, que "Membros das Nações Unidas fornecerem tal assistência para a República da Coreia que possam ser necessários para repelir o ataque armado e para restaurar a paz e a segurança internacional na área".

Foi aprovada com 7 votos a um contra da Iugoslávia. Egito e a Índia estavam presentes, mas não participaram na votação e a União Soviética estava ausente.

A intervenção estrangeira mobilizou, principalmente, forças americanas.

A separação das Coreias

A separação das Coreias ainda é recente, e para a população civil, o sonho é de um pais unificado, muitas famílias foram separadas com essa divisão, e há um interesse das pessoas em se reaproximar. Desde 2002 os governos fizeram um acordo de viagens onde se permite o encontro de algumas pessoas entre os dois países para se reencontrarem, conta Alexandre Uehara, professor de relações Internacionais da faculdade Integradas Rio Branco. Apesar da vontade popular, está cada vez mais distante essa unificação devido ao grande conflito que ameaça toda a comunidade internacional com seus testes de armas nucleares e misseis balísticos que a Coreia do Norte vem realizando. A Coreia do Norte é um pais muito pobre e tenta barganhar por privilégios e poder usando seu arsenal bélico, tentando assim exigir mais regalias nas negociações com outros países. Diante dessa situação, hoje não há indícios de uma unificação, conforme explica Alexandre Uehara, na conjuntura atual, se a divisão das duas Coreias chegasse ao fim, traria vantagem para os dois países, quem sairia ganhando seria o Norte porque se aliaria a economia emergente, poderia ser a salvação, para os sul-coreanos a unificação significaria paz e maior representatividade na região. Se Seul conseguisse eliminar essa ameaça, conquistaria um status mais interessante frente à comunidade internacional", afirma o professor.

Atuação do Direito Internacional Publico

O direito internacional público é a disciplina jurídica que regula as relações entre os Estados, Organizações Internacionais e indivíduos dentro da ordem mundial estabelecida. É notória sua constante evolução e contribuição para a humanidade, dentre elas a descolonização, fruto do trabalho inicial da liga das nações e, posteriormente da ONU. O objetivo principal da carta da ONU é desenvolver o direito internacional. Isso significa que os países-membros dialogam sobre questões internacionais para criar leis e tratados – acordos firmados para garantir interesses em comum, como paz, segurança, preservação ambiental ou desenvolvimento social. Tendo em vista que as coreias foram descolonizadas, e logo após os conflitos entre as coreias foi firmado o acordo de armistício entre elas, podemos afirmar que o direito internacional público está sim atuando de forma correta.

A crise diplomática

Uma crise diplomática ou crise internacional é uma situação grave nas relações internacionais, mais importante que um affaire ou incidente diplomático, posto que ameaça gravemente a paz e pode conduzir a uma guerra, como aconteceu entre as coreias. No final da segunda guerra mundial em 1945, a coreia, que já havia sido um grande império unificado, se liberta do Japão que era até então seu colonizador.

 Sendo ocupada pela união soviética que ocupou o norte e os estados unidos que ocupou o sul, sendo assim fundados dois estados, a república da coreia (coreia do sul) e a república popular democrática da coreia (coreia do norte).

Por terem fortes influencias de duas grandes potências mundiais (Estados Unidos e Rússia), a coreia se tornou o primeiro grande campo de batalha da guerra fria, a partir daí as coreias travaram intensas batalhas pela disputa de território. Tendo fim em 1953, com a assinatura do Acordo de Armistício Coreano.

Referencia Bibliográfica

• https://brasilescola.uol.com.br/geografia/as-duas-coreias.htm

• https://www.politize.com.br/legislacao-internacional-da-onu/#:~:text=A%20Carta%20da%20ONU%20determinou,preserva%C3%A7%C3%A3o%20ambiental%20ou%20desenvolvimento%20social.

• https://geografiavisual.com.br/videos/de-onde-vem-os-conflitos-na-coreia

• https://www.aurum.com.br/blog/direito-internacional-publico/

• https://pt.wikipedia.org/wiki/Acordo_de_Armist%C3%ADcio_Coreano