CRENÇAS BASAIS DAS CIÊNCIAS EMPÍRICAS E TEÓRICAS. Os cientistas das ciências experimentais acreditam que as experiências sempre terão os mesmos resultados se forem realizadas sob as mesmas condições. Isso quer dizer que se não houver interferência de algo a mais ou a menos numa experiência ela sempre terá a mesma consequência. Por exemplo, toda vez que eu misturasse vermelho e amarelo sempre deveria resultar em laranja se a mistura fosse feita sempre sob as mesmas condições. Essa crença é a crença na falta de alternativa, que se baseia na crença de que tudo acontece por necessidade ou que toda causa tem um efeito necessário. Na Filosofia essa ideia se chama determinismo e na ciência de mecanicismo. Essa ideia não pode ser comprovada pela experiência, pois toda observação humana é parcial e a ideia do mecanicismo pressupõe que tudo é controlado por regras, mas os cientistas não podem observar tudo para concluir isso, logo a ideia de que as experiências sempre terão os mesmos resultados se forem realizadas sob as mesmas condições é uma crença. Para comprovar o determinismo seria preciso chegar a um critério lógico que funcionasse para tudo, pois esse critério teria que ser capaz de deduzir que tudo segue regras necessárias. Para deduzir algo sobre tudo é preciso demonstrar que o método de dedução usado segue princípios que também são regras para tudo, pois se algo não segue as regras dos princípios de uma lógica essa lógica não pode decifrar essa coisa. Por exemplo, se algo fosse paradoxal, então uma lógica que seguisse o princípio de não contradição nunca conseguiria demonstrar essa coisa, pois uma lógica que possui como princípio a não contradição nunca chegará a conclusões contraditórias. Como veremos o Homem não pode chegar a um critério Universal. Imagine se nenhuma regra fosse necessária, então nenhum princípio lógico teria que ser cumprido de forma inevitável e se nenhum princípio lógico fosse inquebrável, então nada teria que ser lógico. Portanto nenhum artifício lógico poderia provar que alguma coisa necessita ser lógica, pois mesmo que num dilema fosse demonstrado que sem saída deve existir lógica nas coisas, como as coisas não teriam que seguir as regras de nenhuma lógica a lógica desse dilema estaria errada sobre todas as coisas. Enfim o Homem nem mesmo pode provar que alguma coisa necessita obedecer às regras de uma lógica, pois como podemos provar que as coisas necessitam obedecer alguma regra lógica se não sabemos se elas necessitam disso, pois se não necessitam, então nenhuma lógica pode deduzir nada sobre as coisas já que as coisas não necessitariam obedecer às regras de nenhuma lógica. Eu não tenho certeza, mas se Deus pode tudo, inclusive desobedecer a toda regra lógica, então todas as lógicas dos Homens ou qualquer outra lógica, são teorias sobre repetições que obedecem a regras sustentadas voluntariamente por Deus, mas não regras necessárias que limitam o poder de Deus! Todas as Ciências da Humanidade possuem algum critério de demonstração e como nenhum critério é capaz de provar, nenhuma dessas ciências são mais do que crenças. Meu método de demonstração nesse texto não é um critério, mas apenas a exposição de incertezas e de limitações, como a limitação do tempo das observações humanas e a limitação espacial dessas observações. Minha conclusão não é que as coisas não obedeçam a regras lógicas necessárias, mas que não se pode provar que não podem ser quebrados todos os princípios lógicos. O que agora vemos é como uma imagem imperfeita num espelho embaçado, mas depois veremos face a face. Agora o meu conhecimento é imperfeito, mas depois conhecerei perfeitamente, assim como sou conhecido por Deus. (1 CORÍNTIOS 13: 12)