CRÉDITO NA CRISE

 

Por Welinton dos Santos é economista e psicopedagogo

 

           Em momentos de crise o crédito fica mais difícil e as exigências maiores, porém, existem algumas alternativas para busca de recursos no mercado.

           O segredo de obter recursos é um bom plano de negócios para caracterizar o crédito e sua aplicabilidade. Em sites como o do SEBRAE, eles orientam como montar estratégias de obtenção de capital. Outro site interessante sobre o assunto é o site da ENDEAVOR, que têm vídeos, textos e artigos de orientação.

           Na Região Centro-Oeste do Brasil, existe o FCO – Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste, que libera recursos para o produtor rural do mini ao grande e para empresas de micro a grandes empresas. As taxas de juros são maiores que os praticados anteriormente pelo mercado internacional, mas é uma opção em momentos de crise, sabendo-se que as tradings não estão tendo recursos o suficiente para financiar o escoamento e produção dos produtos agrícolas da região. Estes recursos podem ser obtidos através de solicitação ao Banco do Brasil.

           Na CEF, existem vários tipos de recursos, desde PROFARMA, financiamento a pequenos e micros empresários do ramo farmacêutico ou outros como PROGER (máquinas e equipamentos), Caixa Hospitais e outras linhas de crédito.

           Outra linha de crédito interessante é buscar os bancos do povo, espalhados por várias cidades brasileiras, com crédito de pequenos valores com taxas de juros baixos, para pessoas que queiram montar mini negócios em sua comunidade.

           O Banco do Brasil têm linhas de crédito para APL’s – Arranjos Produtivos Locais, que podem ser uma boa alternativa para sanar gargalos municipais de recursos para produção de pequenos grupos de empresas e seguimentos de negócios.

           Outra alternativa para empresários é estabelecer sistemas de facilitadores, um exemplo como no caso a FENACON que conta com parceria dos contadores com o Banco do Brasil, que podem integrar portfólio de serviços com capital de giro e estabelecer ações mútuas de cooperação e de aumento de credibilidade na busca de capitais.

           A busca de viabilidade técnica e financeira pode ser buscada através de serviços dos economistas, que estão espalhados pelos Conselhos em todo o Brasil e que podem auxiliar também na estruturação empresarial para busca de recursos no mercado nacional e internacional.

          O governo aprovou no último dia 03 de dezembro o PRIME – Programa Primeira Empresa Inovadora, que liberará recurso da ordem de R$ 249 milhões para até 5.400 empresas, sendo que serão liberados recursos de R$ 120.000,00 a fundo não-reembolsável, nos primeiros 12 meses da apresentação da proposta e mais R$ 120.000,00 para os outros 12 meses seguintes com taxa de juros zero. Com este programa a FINEP, órgão financiador tentará desenvolver novas cadeias produtivas inovadoras em todo o território brasileiro e incentivar o desenvolvimento. O vídeo do programa está disponível no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=ujOQhhtbVWQ, ou no site da FINEP http://www.finep.gov.br/.

           Outra linha de crédito disponível para empresas que estão iniciando suas atividades ou tenham no máximo até dois anos de existência, está no edital da Subvenção econômica que financia projetos inovadores, com valores de R$ 500 mil, para micros e pequenas empresas, de R$ 1 milhão até R$ 10 milhões para médias empresas com prazo máximo de conclusão de 36 meses com contrapartida de 5% a 20% do total do empreendimento.

         Existe ainda outra alternativa que é o cartão BNDES, da qual, a taxa de juros é de 1,29% ao mês, com até 36 meses para pagar. No site do BNDES, existe uma cartilha explicativa para cada tipo de linha de crédito que está sendo incentivada pelo governo brasileiro para provocar o crescimento desejado da economia em 2009, algumas destas linhas de crédito são interessantes como fonte de recursos adicional. Devo ressaltar que apesar da burocracia do processo, a linhas de crédito deste órgão são reais e estão disponíveis a empreendimento ou plano de negócios com viabilidade econômica, em todos os processos são exigidos garantias de praxe. Consulte a cartilha que está no site WWW.bndes.gov.br/.

         A construção civil será beneficiada pelos recursos do FGTS em 2009, este seguimento terá o apoio do Governo Federal. Existe o Construgiro na CEF para pequenos construtores. Como podemos observar, o Brasil começa a acordar para a crise.