COVID – 19 X ÁLCOOL: O que não pode se fazer no período vacinal em razão de se prevenir?

Texto produzido e divulgado em abril de 2021 em Santa Maria do Uruará – Pará.

 

Por: Sydney Pinto dos Santos[1]

 

Alguns grupos de pessoas, às vezes têm velhas manias, de que quando vão doar sangue ou tomar vacinas, em períodos específicos, ingerem álcool, ou antes ou depois do processo, ou mesmo se dirigem aos centros com aquela ressaca que ultrapassava os limites. Muitos usam destes expedientes por medo ou encararem a situação de uma forma diferenciada, por causa da agulhada ou para controlar a ansiedade existente.

Porém, devemos lembrar que, esta é uma prática complemente condenada pelos especialistas e pelos profissionais da saúde, pelo simples fato de que o álcool, em sua “essência” pode debilitar o organismo, às vezes tornando o sistema imunológico do indivíduo, fraco; e assim provocando mais danos do que benefícios, após estes procedimentos elencados anteriormente.

Mas vamos lembrar o caminho que o álcool percorre em nosso corpo, e quais são os órgãos do organismo atingido por ele e quais os sintomas. Primeiro, e evidentemente que ele tem que passar pelo esôfago, e assim, dependendo do grau alcóolico da bebida, já ocasiona um belo estrago, como se o álcool funcionasse como uma ‘lixa” nesta região; o que faz com exista uma suposta rouquidão, pós bebedeira. Em seguida, claro, tem que cair no estômago, onde já devido a sua acidez, pelo ácido clorídrico, soma-se a acidez da bebida, o que causa muitas vezes desconfortos já “na entrada”; em seguida caminha para o intestino delgado, onde é absorvido pela corrente sanguínea e indo para o cérebro, onde começa a sua ação no cerebelo, e seus efeitos variam; em seguida, dirige-se para o fígado, onde é metabolizado, transformando-se em acetaldeído, o que sugere que deverá ser eliminado pela urina, suor, transpiração, saliva. Mas dependendo de uns copos a mais, o estrago já está feito.

Assim, voltando a questão das vacinas em relação ao álcool antes ou depois do processo, assim como da doação de sangue, não se recomenda em hipótese alguma; porém se você é um degustador habitual, precisa-se proceder da seguinte forma: três dias antes não ingerir e nem antes de inteirar três dias depois; pois, pode fazer com que, no caso das vacinas, não fazer o efeito esperado, e desta forma de nada adiantou entrar na fila e receber o imunizante, já que o organismo não reagirá da forma esperada, já que o sistema imunológico, por isto, não estará habilitado para ajudar a completar os processos dentro do organismo humano: criando anti-corpos para combater a possível doença. Neste caso, em especifico, o COVID – 19.

Desta forma, precisamos entender, que nestes tempos tão difíceis, onde as alternativas de cura da doença, que assolou o mundo através de uma pandemia, estão ligadas aos cuidados, e principalmente na responsabilidade de cada um indivíduo fazer sua parte, inclusive quando se trata da inoculação do imunizante, independentemente da marca ou laboratório. E, assim talvez estejamos livres para fazermos o que antes era de puro e agradável hábito: a aproximação sem medo aos nossos pares. Portanto, somos seres de calor, afago e contato, e assim, precisamos que nossos hábitos, atitudes e comportamentos sejam os mais precisos para ficarmos bem, conosco e com os outros.

 

[1] Professor e pedagogo da rede Pública de Ensino de Prainha – Pará desde 1998.

Mestrado em Educação (Formação de Professores) pela UNINI/FUNIBER - 2021