Atualmente a Europa é liderada por um conjunto de hipócritas e desleais que procuram apenas o seu bem-estar e comodidade. A corrupção é uma realidade e nós temos de saber lidar com ela. Este problema que aflige a maior parte dos cidadãos civilizados retrata a podridão em que os organismos europeus se encontram. Portugal, um país onde devia privar a honestidade, encontra-se repleto de corruptos que roubam aos mais pobres para benefício próprio. São muitos os casos de viciação que afetam a nossa sociedade, desde do caso BPN; na área desportiva o Apito Dourado; o caso dos submarinos que tem como protagonista o nosso atual vice primeiro-ministro; o processo Face Oculta; o caso Freeport que se baseia no tráfico de influências, em que o Ex primeiro-ministro é interveniente. O nosso país vive afastado da razão. Os nossos diplomatas e políticos causam graves problemas à nossa nação.

Transversalmente não é só no continente europeu que existem problemas desta gravidade, em que a corrupção e os interesses dos mais endinheirados são enigmas para as populações. O povo limita-se a protestar e a repudiar as ações negativas e intolerantes destes senhores que se julgam donos da razão. Países como o Egito ou Líbia viveram durante muitos anos sob a alçada de verdadeiros regimes ditatoriais e autoritários, e o que vimos recentemente nestas nações africanas foi o destronar destes governos déspotas e a tentativa de implementação de uma Constituição menos severa para com os cidadãos destes países. Surgiram imensos confrontos no Cairo. A população egípcia procurou por fim à Era Mubarak porque o sofrimento em que aquela nação vivera era tenebroso e lamentável. Foi a força da comunidade egípcia que fomentou a onda revolucionária que depôs Hosni Mubarak. Este liderava o seu país desde de 1981. Tal como o Egito, a Líbia viveu uma situação semelhante. As manifestações que ocorreram naquele país provocaram a quebra do governo de Khaddafi e o surgimento de uma República parlamentarista.  Estes dois líderes africanos sofreram as consequências dos seus atos pois não impuseram limites às suas políticas repressivas e opressivas. Eram regimes onde a corrupção existia e não era combatida.

A meu ver o que ocorreu durante a Primavera Árabe e que afetou vários países africanos poderá e deverá servir de exemplo aos políticos e estadistas ocidentais porque apesar da população europeia ser mais calma e serena, vai demonstrando alguma inquietude face à ignorância democrática dos líderes europeus.

As revoltas ocorrem quando o povo desespera e não encontra outra saída. Dessa forma e apesar de nós vivermos perante uma grave crise financeira, os políticos e os líderes governamentais devem impedir o avançar da corrupção, da má gestão financeira e económica e principalmente devem ser homens de luta, que procuram o melhor para o seu povo.  Em Portugal existe uma pseudodemocracia logo quem lidera o nosso país tem, obrigatoriamente, de lutar contra os lobbies existentes, não ver na tecnocracia uma alternativa e promover princípios ideológicos que estejam de acordo com as bases da democracia primitiva. 

Finalmente e segundo John F.Kennedy, “Não pergunte o que é que o seu país pode fazer por si. Pergunte o que você pode fazer pelo seu país”. Desta forma e após este depoimento posso depreender que o verdeiro estadista, o deputado, o governante, o presidente ou o simples votante deve preocupar-se com o bem-estar da sua pátria, sem estar à espera de nada em troca.