Corredores da Alma


Nos corredores da alma alguém caminha

Entre fotos e pintura, esculturas empoeiradas

Querem decifrar o enigma absudo da solidão.

Alma cansada, de portas trancadas, não permite visita

Observa-se o abandono

Muitos anos que ninguém passa por ali

O cheiro não está agradável

Animais mortos, teias de aranha, úmido e escuro

Assim está o corredor da alma

No chão as marcas de grandes batalhas

Vestígios de sangue e pedaços de corpos

Marcas de grandes vitórias

Marcas de grandes derrotas

Marcas de risos

Marca de dor

Algumas lágrimas

Em um canto de uma sala muita cinza

Papéis queimados

Impossível ler aquelas palavras

Apenas uma frase não foi queimada

Ela dizia: Morra!A culpa é sua!

Assassinado foi a última pessoa que visitou os corredores daquela alma.