CORONA, DOENÇA MALVADA
Publicado em 15 de maio de 2020 por FRANCISCO SILVA JÚNIOR
CORONA, DOÊNÇA MALVADA
Autor: Francisco Silva Júnior
@juniordocordel
Meu cumpade sou da roça
Tenho uma vida campeira.
Eu sou matuto e não nego.
Comigo não tem besteira.
Almoço arroz com feijão,
O Cuscuz é o meu pão,
Preparado na peneira.
Amanso cavalo brabo
Pego até boi na mão.
Já andei em todo canto
Nunca vi assombração.
Mas se aparecesse um dia,
Aqui num tem covardia,
Eu sentava um bofetão.
Trabalho de sol a sol
Fico até sem beber.
Ferida, unha encravada,
Num atrapalha eu viver.
Mas esse tal de Corona,
Pode me levar pra lona,
É melhor se precaver.
Essa doença malvada
Que lá na China iniciou
Não respeita as fronteiras
Se analfabeto ou doutor.
Quem tem plano de saúde,
Ou só o Deus nos acude!
O malvado já pegou.
Sendo assim seu Dôto
É melhor eu me acalmar
Ficar em casa trancado
Pra com saúde voltar.
Aqui minha valentia
Não tem nenhuma serventia,
Pois num vejo com quem brigar!
Esse vírus está presente
No chão, na pele, no ar.
Infectando qualquer um
Que perto possa chegar.
Dois metros é a distância,
Para se ter segurança,
E o corona não pegar.
As cidades tão desertas
Pra todo canto que olhar
É gente usando máscaras
E sem se cumprimentar
Ninguém pode dar a mão
Devido à contaminação
Que está em todo lugar.
Empresas foram fechadas
Só abrem as essenciais.
Os Bancos particulares
E também os federais.
Farmácias e mercantil,
Parou o mundo o Brasil,
Isso pra mim é demais!
Pois nunca na minha vida
Eu Tinha visto esta cena.
Todas as ruas vazias
Pessoas em quarentena.
Para os desobedientes,
Que da doença são discrentes,
Peço que Deus tenha pena.
Pois no mundo já mostrou
Que não veio pra brincar!
Na Europa e nos Estates
Ele botou pra quebrar.
Não importa a nação,
Se vacilar meu irmão,
O bicho vai te pegar.
O vírus não quer saber
Se tens dinheiro ou não.
Se tu moras na favela
Num castelo ou mansão.
Se estás no grupo de risco,
Então fique mais arisco,
Se proteja meu irmão.
Pois a cura ainda não tem
Só testes em andamento.
Os leitos dos hospitais
Tão em desenvolvimento.
Então manter-se distante,
Nos deixa mais confiante,
É o melhor nesse momento.
Essa doença seu moço
Deixa o sujeito quebrado.
É tosse, febre, murrinha,
Os folego prejudicado.
O cabra morre sem ar!
Então não vamos brincar,
Com o que tá do nosso lado.
Somos um povo valente
E tudo isso vai passar.
Vamos vencer essa praga
Para a vida continuar.
Pois isso é que importa,
Pra depois abrir a porta,
E de novo nos abraçar.