CONTRIBUIÇÕES DA DANÇA COMO ATIVIDADE FÍSICA NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS

Por Debbie Carolaine Silva Santos | 19/04/2017 | Saúde

Aluna do curso de Licenciatura em Educação Física, do Instituto Luterano de ensino superior de Itumbiara, GO.

          Debbie Carolaine Silva Santos. 

O envelhecimento populacional é uma realidade inegável. Com isso, aumenta a participação dos idosos em todas as esferas sociais, multiplicando-se as iniciativas para atendê-los. De fato, pessoas idosas há algum tempo constituem grupos, cujas demandas não se pode mais negligenciar. Nesse contexto destaca-se o acesso às práticas corporais, às atividades físicas de forma geral, reconhecidas amplamente como fator de socialização, preservação da autonomia funcional, prevenção de doenças crônico-degenerativas e realização pessoal. (ZIMERMAN, 2000).

A diminuição da tolerância ao esforço físico faz com que um grande número de pessoas idosas viva abaixo do limiar da sua capacidade física, necessitando somente de uma mínima intercorrência na saúde para tornarem-se completamente dependentes. A atividade física regular tem sido descrita como um excelente meio de atenuar a degeneração provocada pelo envelhecimento dentro dos vários domínios físico, psicológico e social (SALVADOR, 2004)

Sendo a dança, um exercício indicado para todas as faixas-etárias, a idade não é mais um fator impeditivo para quem deseja ingressar no maravilhoso universo da dança. Tanto os jovens como os idosos, podem e devem se render a essa prática (CHARION, 2007)

O presente estudo tem como tema, as contribuições da dança como atividade física na qualidade de vida de idosos. Será analisado o que é a dança, sua história, seus estilos, e como a mesma traz benefícios para idosos. Tem-se como problema principal desta pesquisa: A dança pode proporcionar uma melhora na qualidade de vida de idosos?

A música se torna então, um elemento de grande valor, em se tratando de atividade física aeróbia, principalmente para os indivíduos idosos. A música pode levá-los a afastarem as sensações desagradáveis produzidas pelo exercício prolongado, repetitivo, mas necessário para manter os níveis funcionais em atividade e proporcionar uma vida saudável e ativa (FERREIRA; AMORIN, 2003).

Ao procurar estabelecer uma relação entre dança e envelhecimento, nota-se que a dança melhora aspectos da qualidade de vida, sendo elas, a integração do idoso na sociedade, sua aptidão funcional e ainda a adaptação em uma atividade física prazerosa. Neste sentido, praticar atividades físicas, tem muitas vantagens, e a realização destas, depende em grande parte da adequação do idoso com a atividade e rotina praticada (CHARION, 2007)

Uma atividade física voltada para idosos, deve priorizar sua flexibilidade, resistência aeróbica e força para que a massa muscular seja mantida. Se ocorrerem intervenções, estas devem ser ajustadas conforme suas necessidades, de modo que possa auxiliar a manutenção desta atividade para idosos sedentários e ativos (SALVADOR, 2004).

Este estudo tem como objetivo geral apresentar os principais benefícios existentes na dança como atividade física para os idosos.  

E como objetivos específicos, averiguar como ocorre o processo de envelhecimento e suas alterações físicas, psicológicas e sociais, verificar qual a importância da atividade física para os idosos, e identificar como a dança pode promover qualidade de vida e ainda ser prazerosa aos idosos.    

No primeiro capítulo desta pesquisa, será realizado um resgate histórico sobre a dança e a sua evolução em várias épocas, passando pelos primórdios, até chegar aos dias atuais. Já no segundo capítulo, serão abordados o processo de envelhecimento em seus mais diferentes aspectos, e também como a dança pode auxiliar para amenizar os efeitos do processo de envelhecimento em pessoas idosas.

Os procedimentos metodológicos adotados neste trabalho consistiram em levantamentos bibliográficos em bases de dados da Medline, Scielo e Lilacs,  além de livros-texto de renomados autores na área de Envelhecimento, dança e movimento, na tentativa de explanar a hipótese teórica que responde sobre os benefícios da dança na terceira idade. Com o presente trabalho, foi possível obter conhecimento amplo e detalhado, sobre o envelhecimento e suas alterações, assim como os benefícios da dança para pessoas idosas.

A presente pesquisa justifica-se por contribuir para futuros professores e outros profissionais que desenvolvem atividades com essas pessoas ou utilizam como base para o trabalho com idosos, compreendendo assim um pouco sobre os fatores que influenciam no processo de envelhecimento e os benefícios que atividade física pode proporcionar para as pessoas desta faixa etária.

Já para a sociedade almejamos que comecem a ver os idosos como cidadãos comuns e produtivos, deixando assim de isolá¬-los do convívio com a sociedade e a família, comprovando que os idosos podem dançar como qualquer pessoa de outras idades, deixando de trata-¬los como pessoas inúteis.

Referencias Bibliográficas

Shape, 2003. Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. 2. ed. Barucri, São Paulo: Manoele, 2006. 

ACHOUR JUNIOR, A. Bases para exercícios de alongamento, 1. ed. Londrina: thort, 1999. 

BALESTRA, C.M.A. Imagem Corporal de Idosos Praticantes e não Praticantes de Atividade Físicas, Campinas [s/n], 2002. Disponível em: http://libdigi.unicamp.br/document/? code=vtls000284873 Acesso em: 12 de maio de 2016. 

BANDEIRA, K.M. Discutindo a Qualidade do Idoso. Revista A terceira idade, São Paulo, S.P vol.16, nº. 35, p.50 – 61, out.2005. 

BARBANTI, V. J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 5. ed. São Paulo: Edgard Bucher, 1979.

 BOMPA, T. O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4. ed. São Paulo: Phorte, 2002. 

BOURCIER, P. Historia da Dança no Ocidente. 1ª edição, São Paulo: ed.Martins Fontes.