Nas últimas décadas as escolas têm tido encargos bem maiores que o simples domínio da cultura escrita ou numérica. Esperava-se que os professores moldassem comportamentos adequados, bem como assegurassem que os educandos dominassem regras importantes. Com a sobrecarga de informação, o aumento da importância de ter um povoado informado, as instituições assumiram responsabilidades maiores. Um forte emaranhado de emoções acompanha interações no mundo pessoal, um conjunto de sentimentos que pode ser diferente, uma razão básica para levar em conta a relação da criança com outros seres humanos, salientando a medida na qual o pequeno é um ser de sentimentos e os mesmos, são centrados em torno do mundo social.

          Toda comunidade escolar, conta com o papel do professor nesse processo, desde a educação infantil, fase inicial da vida, sendo fundamental para a formação da cidadania do indivíduo, ensinando valores ao aluno, apresentando um conhecimento crítico, muita reflexão, trabalhos em grupos, práticas de acolhimento, empatia, questionamentos, de tal maneira que contribua na práxis pedagógica. Essa construção de valores é por toda vida, juntamente com a criação familiar, sendo embasada na infância, havendo papéis distintos entre a família e a escola, embora ambas contribuam na formação do indivíduo. Os pais devem participar da vida escolar de seus filhos, participando ativamente nesse processo de construção, acompanhando presencialmente a vida moral, cultural e educacional dos mesmos.

          Logo, família e a escola são os responsáveis pela humanização do ser humano, precisando acreditar que o exemplo é a melhor prática educativa. A instituição que prepara seus educandos para compreender o mundo da cultura, da política e do trabalho, com gestores e professores, sensíveis, humildes, críticos e humanizados, aprendendo juntos, na realidade contemporânea cultural e social.   É de grande valia que todo educador tenha a plenitude de repassar princípios e valores para os alunos, vendo que estes se darão como nortes de sua própria existência de vida, apontando seu ponto de vista diante de denominadas situações, participando deste processo de construção da cidadania, preocupando-se com a educação e com seus deveres prévios.

          Vygotsky afirma que:

[...] a mediação feita por um parceiro mais experiente é de grande influência na construção do pensamento e da consciência de si, que vai emergindo do confronto com os parceiros nas situações cotidianas, via imitação do outro ou oposição a este. E algo, pois, em constante modificação. O indivíduo assim forma sua conduta e sua personalidade a partir dos conflitos que estabelece com o meio a cada momento. (OLIVEIRA, 1995, p. 53)

         A instituição de ensino, para ser um agente humanizador, tem que ter uma relação de parceria com a família, tecendo uma experiência gratuita de acolhimento, diálogo, limites, debates, carinho, fortalecendo o trabalho iniciado pelos familiares, dando ênfase nas condutas, solidificando valores, incentivando às práticas de responsabilidade, sustentabilidade e solidariedade, sem ter um fim em si mesmos.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Marques, Vera Regina Beltrão. História da Educação - 1. ed., rev. - Curitiba, PR: IESDE Brasil, 2012.

Paula, Ercília Maria Angeli Teixeira de; Mendonca, Fernando Wolff. Psicologia do Desenvolvimento – 3. ed. - Curitiba, PR: IESDE Brasil S.A. , 2009.

 

Artigo escrito pelas professoras das escolas de São Marcos.

Escola Municipal de Educação Infantil Amor Perfeito

- Aline Madruga Sganzerla

- Cristine Machado Gomes

- Fabieli Trevisol

- Luciana Bugança Perozzo

Escola Municipal de Educação Infantil Ternura

- Caroline Machado Gomes